Histórias positivas. 

Faça um grande favor a si mesmo (vale para mim também).
Ao longo de uma semana (sugiro que você inicie imediatamente, comece hoje) anote, todos os dias, uma história positiva a respeito de você mesmo. Não seja tímido ou modesto, não subestime as coisas positivas que você fez. Se você tiver dificuldade em pensar em alguma coisa, lembre-se: ninguém é tão mal que nunca tenha feito nada de bom e ninguém é tão bom que nunca tenha feito nada de ruim. Se esforce e encontre histórias de coisas boas que você fez. Depois, anote essas história em um caderno, uma por dia. Ao final de uma semana releia todas elas e escreva quais foram as suas qualidades pessoais que apareceram nestes relatos.

Vou fazer do meu primeiro, um exemplo público.
Recentemente o Tom, meu gato, chegou aqui em casa depois de ter sido resgatado pelo meu tio. Tom chegou há mais ou menos duas semanas. Antes dele chegar e também depois que ele chegou, eu fiz tudo que foi possível, além do que era necessário, para que ele tenha uma boa vida de gato. E tenho me empenhado para que ele viva bem e feliz.

Viu? Também não precisa ser nenhum milagre ou fato espetacular que você precisa narrar nas suas experiências. Podem ser coisas simples e boas a respeito das suas qualidades. Depois me conta!

Não pensa, só vai lá e faz.

Há dois meses a minha rotina ficou tão pesada que eu parei de ir nas aulas de pole dance. Passei um mês só estudando e trabalhando. Quase pirei. Eu fiz isso por anos e anos no passado, mas de uns tempos para cá, como eu já falei com vocês, comecei a mudar muitas coisas na minha vida e hoje em dia já não saberia viver só de obrigações. Então, depois de um mês de massacre eu comecei o curso de desenho. E hoje eu fico muito feliz em dizer que voltei para o pole dance!

Sabe o que me fez sair em primeiro lugar? O horário. Com meus novos compromissos, eu só conseguiria ir na dança oito da manhã! E eu tenho aquela dificuldade para dormir.

Hoje o despertador tocou… Eu cochilei mais dez minutos… Ele tocou de novo e eu fiquei pensando… ponderando… ponderando… os prós e contras de fazer aula de dança considerando como estou sobrecarregada… eu assumiria um compromisso oito horas da manhã… e se eu não conseguir dormir direito ainda por cima…

Aí eu resolvi não ir para a aula.

Imediatamente, contudo, eu pulei da cama. Lembrei do meu marido falando: “Não pensa! Só levanta e vai!” E foi isso que eu fiz. Estavam na minha cabeça as imagens de mim zumbizando (semi-morta de sono) no trabalho, do esforço físico que teria que fazer na aula, das obrigações que eu talvez não conseguisse cumprir depois, mas eu fiquei cantando em voz alta como uma estratégias par anão me prender a nenhum desses pensamentos. Eles estavam ali pairando, mas eu não estava pensando ativamente em nenhum deles. É como quando uma pessoa babaca fica te enchendo o saco e você tem que fingir que ela não existe, sabe? Uma hora ela desiste. É assim que temos que tratar nossos pensamentos quando eles querem nos atrapalhar. Quando tem algo que você tem que fazer, que você sabe que é bom para você, seja levantar para fazer exercícios, seja se declarar para aquela pessoa que você está afim, simplesmente não pense! Só vai lá e faz. Você já está preparada, certamente já pensou o suficiente sobre o assunto, o que falta é fazer. E na hora do “vamos ver” os pensamentos, muitas vezes, nos paralisam.

O importante é que você faça aquilo que vai te fazer bem. 

Quantas pessoas estão me dizendo que têm vontade de criar um blog! Crie!!! É maravilhoso. Eu sei que a gente têm vergonha de se expor oi de não ter nada de interessante para dizer, mas hoje, novamente, uma pessoa me disse: “A vida é muito curta para a gente ter medo de fazer o que deseja”. E é verdade. Para se reprimir e não seguir os nossos sonhos e para não colocar os nossos desejos em prática a vida é muito curta mesmo. A gente não tem tempo para desperdiçar se privando de certas coisas com medo do que as outras pessoas vão pensar. E, sinceramente, sempre vai ter alguém reclamando da gente e alguém aplaudindo. Independentemente do que a gente faça, a gente vai sempre agradar algumas pessoas e desagradar a outras. É aquilo que o povo fala: “Se nem Jesus agradou todo mundo…” Pois, então.
Ok. Se você me dissesse: “Ah, não sei…. Hoje eu estou com vontade de ter um filho”. Eu te diria para segurar a onda e pensar um pouco melhor no assusto, porque filho a gente não deleta depois que tem, mas um blog? Pintar o cabelo? Essas coisas você pode fazer sem nem mesmo pensar duas vezes! Mergulha de cabeça e se não gostar corta ou deleta.

Você pode substituir ações negativas e destrutivas por ações positivas e construtivas. 

“É uma loucura fazer sempre as mesmas coisas e esperar obter resultados diferentes”.

Parece óbvio, não é mesmo? Talvez ninguém discordasse dessa frase se você a dissesse assim desta maneira. Mas se você parar para observar com cuidado e atenção a vida de certas pessoas, você vai perceber que é difícil para muita gente transformar esta verdade preciosa em ações.
Algumas pessoas, se tivessem consciência de suas ações, te diriam o seguinte: “Não! Discordo! Eu acho que a gente pode ficar fazendo senpre exatamente a mesma coisa e obtendo a cada repetição um resultado diferente. Veja lá em casa, por exemplo, eu chegava da rua e brigava com a minha mulher todo dia e ela ficava falando para eu me acalmar, queria sentar conversar e entender qual era o problema, mas não adiantou de nada, eu continuei chegando em casa e brigando com ela todo dia. Até que chegou uma época em que ela no lugar de querer conversar para tentar resolver o problema, passou a brigar comigo de volta. Mas isso também não adiantou de nada, claro. Ela sabe gritar e eu sei gritar também, ora! Então eu continuei chegando em casa da rua, do trabalho, todo dia e brigando e brigando com ela até que veio o tempo em que ela simplesmente passou a me receber calada e me ouvir esbravejar sem esboçar nenhum tipo de reação e depois ir para a cozinha terminar de aprontar o jantar sem me encher a paciência. Portanto não venha você me dizer que se a gente fizer sempre a mesma coisa vai obter sempre o mesmo resultado, porque eu acabei de te provar que isso não é verdade”.
Bom, parabéns para o asno que conseguir pensar desse jeito, ele merece certamente uma medalha porque para ser estúpido assim é preciso se esforçar bastante, não é verdade?
Não.
Não é difícil encontrar quem esteja mergulhado nesse tipo de rotina sem se dar conta. A gente não pode olhar para este exemplo, para a vida do amigo, e julgar o que está acontecendo com ele como se fosse algo que nunca vai acontecer conosco, porque olhar para o outro e críticar é mole, mas olhar para a nossa própria vida e ver o que estamos fazendo de errado não é tão fácil assim. Não existe vacina contra estupidez, todos estamos sujeitos a ela.
Você nunca se pegou repetindo a mesma maneira prejudicial e doentia de lidar com alguma pessoa ao seu redor? Mesmo que se trate de uma pessoa que você ama? Adicione a isso o nosso medo da mudança e você tem a receita da miséria.
Então, se nós quiséssemos destrinchar a frase lá do início do texto para entender seu significado profundo teríamos algo do tipo: ” Se você ficar sempre repetindo as mesmas ações negativas, as coisas vão entrar num processo de mudança continua, mas sempre para pior. O que não adianta é fazer sempre a mesma coisa ruim e querer que as coisas ao seu redor comecem a melhorar”. O que tem que acontecer é que você tem que abraçar a mudança e começar a substituir as ações negativas por ações positivas e construtivas e então coisas boas poderão acontecer na sua vida.

A ação precede a motivação.

Um dos nossos maiores pecados é achar que temos que esperar a motivação (ou a inspiração) para agir ou realizar projetos.
Aí a gente fica sentado no sofá… e a motivação não vem. Nós acabamos não fazendo nada como consequência.
Se eu tivesse esperado a motivação aparecer para assumir o empreendimento do blog, eu não teria começado a escrever. Até hoje sofro antes de começar os textos. Depois que começo a escrever, aí sim, vem aquele sentimento bom de “é só isso que eu quero fazer da vida”.
Mas para começar é sempre muito sofrido.
A chave, então, é conseguir se determinar a cumprir uma tarefa ou a assumir um compromisso sem ter que depender da motivação para tal.
No caso do blog, me ajudou muito tornar este compromisso público. É o empurrão do qual eu preciso todos os dias: saber que este projeto pode estar sendo controlado por outras pessoas.
(Talvez, se você tem uma meta ou projeto, seja legal para ajudar a manter o ritmo, tornar essa meta pública. Não precisa se expor na internet se você não quiser. Mas que tal contar para um ou dois amigos que vão acompanhar o seu progresso)?

Isso serve para os estudos, para a dieta, a academia… Ignore sua indisposição. Deixe-a falando sozinha! Não ouça quando ela te mandar ficar em casa.

Apenas fique atento para fazer coisas que, de fato, te fazem se sentir bem! Aí tudo vai funcionar!

O pecado é esperar a motivação aparecer. Quando começamos a agir, a motivação acompanha.

Minha primeira aquarela (decente). 

Desde que voltei a escrever tenho sentido uma forte inclinação para diversas áreas artísticas. Tenho feito dança, estou com muita vontade de fazer teatro e tenho me aventurado na pintura com aquarela.
Escrevi um texto recentemente sobre uma pintura que eu gostaria de ter tido habilidade para realizar. Todas as pinturas que eu fiz nesses últimos tempos, infelizmente, me deixaram frustrada.
Com a caneta na mão eu me sinto livre. O pintor se sente livre com o pincel, imagino. Eu com o pincel na mão me sinto uma prisioneira.
Tenho uma imagem na cabeça, uma idéia, mas lá ela fica enclausurada, o pincel e as tintas não me deixam expressá-la.
Ontem, contudo, eu tive o primeiro sentimento de realização com a pintura. Fiz numa oficina com a artista Martha Guevara, a experiência foi maravilhosa!
Ela nos trouxe a proposta de um tema: liberdade. Perguntou o que cada um dos participantes pensava sobre a liberdade, que imagem representava este conceito. As respostas variaram: eu já sou livre, voar, vento, para mim, é andar à cavalo em um campo aberto.
Então, ela pediu que fizéssemos um desenho a partir do que tínhamos conversado. Nossa, meu estômago embrulhou pensando no desastre que seria o meu desenho de um cavalo.
Mas encontrei uma solução recorrendo a técnicas de escrita (que vale também para o cinema e a fotografia) que aprendi nos últimos tempos.
Eis o meu desenho:

A técnica diz respeito ao destaque que o escritor, diretor ou fotógrafo quer dar a um determinado objeto, para onde está voltado o olhar dele e para onde ele quer direcionar o olhar do leitor.

Se eu desenhasse o cavalo, bem aparente, com mais detalhes, no centro do meu desenho, que foi a primeira coisa que me ocorreu, você olharia para o cavalo. O que eu fiz foi simplesmente direcionar a sua atenção para outro ponto da cena. Eu quis te mostrar o cabelo rosa da menina que cavalga voando com o vento em contraste com o céu azul e a xuxinha amarela que o prende. Assim, eu te falo mais alguma coisa da liberdade dessa menina. Ora, ela tem o cabelo rosa. Não é pouca coisa. E, nesse cabelo rosa, ela coloca uma xuxinha amarela, o que chama bastante atenção. Se eu fosse abrindo a cena, você veria o cavalo. Se eu desse para você a cena como um todo, esses detalhes ficariam todos brigando entre si pela atenção do apreciador da obra, alguma coisa importante do que eu quero dizer talvez passasse despercebida.

Bom, mesmo que eu não execute isso tão bem na pintura, fica a dica em relação à narrativa. Quando você for descrever uma cena, é você que orienta o olhar do leitor, você tem que saber o que você quer que ele veja na cena que você está decrevendo.

Ou isso sou só eu racionalizando a minha incapacidade de pintar.  

Para onde vai o seu tempo?

Vira e mexe todos nós paramos para fazer uma limpeza em nossa vida. Arrumar o quarto, fazer uma faxina geral na casa, colocar as contas em dia etc. Seria muito bom que adquiríssemos o hábito de fazer revisões, organizações e faxinas mentais também.

Eu tenho a impressão de que o estresse e a correria do dia a dia vão bagunçando a minha mente. Eu vou perdendo noção de quais são as minhas prioridades, do que eu tenho que fazer para me sentir bem quando estou mal, quais são os desejos que eu ainda tenho que realizar e do que eu preciso para correr atrás deles.

A tabela abaixo é uma das técnicas de avaliação que eu gosto de usar. Ela é prática e relativamente versátil.

Você pode estipular um período para avaliar com a tabela. Por exemplo: “pensando no último ano/mês/semana da minha vida, como eu empreguei o meu tempo”?

Esta tabela também aceita todo tipo de atividade, te dando uma visão bem ampla do que está acontecendo na sua vida no momento.

Atividades relaxantes que proporcionam bem-estar e recarregam as energias. Tempo por semana. Atividades que esgotam as minhas energias, me deixam ansiosa, triste ou estressada. Tempo por semana.
       
       
       
       
       
Tempo total das atividades revigorantes.   Tempo total das atividades desgastantes.  

 

 

Depois de preencher a tabela, faça a si mesma as seguintes perguntas:

 

1-     Eu estou recarregando as energias que gasto ao longo da semana?

2-     O tempo que estou tendo para realizar atividades que me proporcionam bem-estar tem sido suficiente? Como posso aumentar este tempo?

3-     É possível reduzir o tempo que passo realizando atividades que me desgastam emocional e fisicamente?

4-     Como seria a minha tabela ideal?

 

Se obrigue a fazer o que te faz bem.

Hoje eu não quero escrever. E aí? O que fazer?

Bom, estou eu aqui escrevendo, não é mesmo.

Muitas coisas na minha vida têm sido assim. Faço a despeito da vontade de não fazer.

O que faz com que a gente faça o que não tem vontade?

Na minha maneira de ver, existem dois modos diferentes de pensar a motivação para cumprir obrigações contra a nossa vontade.

Por um lado, existem as obrigações que estão continuamente importunando você. Depois que você termina de fazer o que tem de ser feito, você sente uma espécie de ressaca moral, como se tivesse perdido seu tempo. Você não quer nunca mais ter de fazer aquilo, mesmo sabendo que no dia seguinte estará fazendo tudo de novo. Por exemplo: ir para o trabalho todo dia quando você odeia o seu emprego.

Nesses casos, é bom que, na medida do possível, comecemos a analisar e correr atrás de novas oportunidades. Ou mesmo que procuremos realizar atividades, durante os nossos períodos de folga, que recarreguem as nossas baterias, nos deixem mais felizes e bem-dispostos para encarar as obrigações que devemos cumprir e das quais não podemos abrir mão.

Por outro lado, existem as atividades que nos fazem bem. Nem sempre estamos a fim, contudo, de realizar mesmo as atividades que nos fazem bem. Em alguns dias eu estou tão cansada do trabalho que acabo não indo à aula de dança. Mas, quando eu, a despeito do cansaço, consigo me determinar a ir para a aula de dança, eu acabo saindo bem melhor do que eu entrei.

Por isso, tenho tentado me obrigar a fazer as coisas que eu sei que me fazem bem.

Parece estranha esta afirmação, pois passamos a maior parte do tempo nos obrigando a fazer as coisas que não queremos fazer ou que nos fazem mal. As coisas que nos fazem bem, acabamos deixando-as de lado por qualquer motivo.

Eu simplesmente mudei um pouco minhas prioridades. Passei a levar muito a sério tudo que me faz bem e ser um pouco mais relaxada com todo o resto. Isso faz maravilhas para o bom humor, a autoestima e a realização pessoal.

“Eu espio com os meus olhos”. Parte I.

“A capacidade que as pessoas possuem de transformar dinheiro em qualidade de vida é bastante variável.”
Me surpreendi quando li essa afirmação, outro dia, no texto do economista, vencedor do prêmio Nobel em 1988, Amartya Sen.
Parei para refletir sobre a minha própria condição. Não foi surpreendente quando, algumas páginas depois, Amartya Sen afirmou que os deficientes estão entre as pessoas que possuem maior dificuldade em realizar esta conversão.
Quando você não tem dinheiro, não tem como converter dinheiro em qualidade de vida. Óbvio. E isso é uma merda, todos concordamos.
A questão é que quando você tem dinheiro, mas possui algum tipo de deficiência, pode não ser tão fácil assim converter qualquer quantia que seja em qualidade de vida. Lembra d’Os Intocáveis? Mais ou menos isso: cara podre de rico, mas miserável. O dinheiro dele não garantia uma vida boa.
Digo eu, com argumento de autoridade, enquanto deficiente visual, habitando o Rio de Janeiro.
Tem muitas coisas que eu gostaria de compartilhar a respeito das minhas experiências com o meu problema de visão que eu vou desmembrar em alguns textos.
Começarei hoje pelas apresentações: minha deficiência visual nem é das piores. Eu tenho uma má formação no nervo ótico. Mais especificamente, uma desmielinização do nervo ótico. Isso quer dizer que eu tenho falhas na bainha de mielina que reveste este nervo. Isso faz com que o impulso elétrico se dissipe ao longo do percurso até o cérebro, o que torna a minha visão deficiente. Esta má formação é bilateral, quer dizer que afeta os dois olhos. Esse é um problema congênito e estável – eu nasci com ele e não vai piorar nem melhorar. Além disso, estou com um pouquinho mais de sete graus de miopia em cada vista e tem um astigmatismozinho aí também. Então, eu uso óculos, por causa da miopia, mas eu não consigo me adaptar porque o óculos briga com o problema no nervo ótico.
Pensa assim: imagina que você tem um canudo cheio de furinhos. Dá até para beber, mas vem muito pouco líquido. Aí você começa a chupar com força. Beleza, vem mais líquido. Mas em dois minutos você está exausto. Eu uso óculos e melhora um pouco. Não o suficiente para aturar a dor de cabeça que sinto ao usá-lo por muito tempo.
Tenho 20% da visão com a correção máxima, isto é, com o óculos. No dia a dia, não faz muita diferença a qualidade de visão que ele me proporciona.
O nome é visão sud-normal, você pode falar baixa visão que dá no mesmo.
Perspectiva de cura? Cirurgia com célula tronco com o objetivo de reconstruir a bainha de mielina. Ainda não existe previsão para que este tipo de cirurgia esteja disponível como tratamento viável e acessível.
Adaptação? Estou eu aqui, não estou?
Mas… quando eu digo para vocês que eu brincava de inventar figuras em provas de matemática (veja aqui), não era simplesmente porque eu era uma aluna “relaxada” (o que também não seria mal algum, vamos problematizar esse ideia aí depois. Mas o caso é que se uma criança gosta de estudar isso é um mero acaso, não é a escola que incentiva essa postura). O fato é que eu nunca consegui enxergar o quadro. Isso tornava matemática uma matéria especialmente complicada. Matérias exatas de um modo geral, na verdade, e biologia também, pois os professores usavam demais o quadro.
Cara, se a escola já é insuportável quando você consegue, estando a fim, aprender alguma coisa, acompanhar a aula, imagina ficar horas e horas morrendo de sono, sem poder falar com seu amigo, que está do seu lado, olhando o professor apontar coisas no quadro, sendo que você não consegue nem ver que tem alguma coisa escrita no quadro. Imaginou? Agora imagine-se fazendo isso durante doze anos. Foi foda. Tirando os inúmeros babados que rolavam…

Mutirão do Sintoma.

Qual é a dificuldade que seus amigos estão vivenciando? E você? O que tem te incomodado ultimamente? Será que vocês podem se ajudar de alguma maneira?

Outro dia, na casa de um amigo, surgiu a brilhante ideia do Mutirão do Sintoma.

A ideia é reunir um grupo de amigos que vão se apoiar mutuamente na resolução imediata de algum problema.

Todo mundo tem aquele e-mail que está evitando mandar, ou precisa enviar currículos e fazer cadastros em sites de procura de emprego. Talvez você esteja precisando fazer alguma ligação que vem adiando. Pode ser uma pequena mágoa que você guardou de um amigo que você precisa desabafar, mas está sem coragem para fazer isso.

Estes são pequenos problemas do dia a dia, a princípio de fácil resolução, que colaboram para tirar a nossa paz. São “pequenas poeirinhas” que podem ser varridas para fora da sua vida, te dando mais tranquilidade e uma visão mais clara dos problemas mais complicados com os quais você está lidando.

O chato desses problemas-poeira é que eles embaçam a visão, tornam a nossa vida mais confusa e bagunçada, de modo que ficamos sem saber por onde começar a resolver nossos problemas mais complexos.

Reúna os amigos em um dia tranquilo, prepare comida e bebida. Quando estiverem reunidos, façam um brainstorm dos problemas simples do dia a dia que vocês estão tendo dificuldade para resolver sozinhos (cada um isolado na sua própria casa) e se apoiem para que vocês possam resolver esses problemas ali mesmo, conjuntamente. Redijam o e-mail pendente juntos, façam as ligações pendentes na presença dos amigos para que eles possam te abraçar assim que você desligar o telefone. Enfim, o que der para vocês resolverem juntos resolvam!

Tire as coisas simples do caminho. E conte com os amigos para isso.