Um ano de textos publicados diariamente!

Meta cumprida. Publiquei um texto por dia durante 365 dias.
Parabéns para mim!
Obrigada.
Foi muito importante esse processo. Acho que o hábito de escrever está criado, agora é só fazer a manutenção.
Eu aprendi muito neste ano sobre o meu processo de escrita.
E mudei muito também.
O nosso processo de escrita tem que ser respeitado. Em primeiro lugar, precisamos tomar conhecimento dele, ir experimentando, ver o que nos serve e o que não é para a gente. Depois, temos que respeitar esse processo e procurar aprimorá-lo. Tenho procurado também aplicar ele processo a outras áreas da minha vida. Exercícios físicos, por exemplo.
A gente não tem que se enquadrar no que está todo mundo fazendo (ou tentando fazer), temos que descobrir o que funciona para nós e mergulhar fundo. Sabe o que eu descobri que funciona para mim? (É um pouco embaraçoso, mas eu vou revelar). Colocar aulas de zumba e hip hop no youtube e dançar junto! Esse tipo de coisa sempre aparece em filmes toscos norte-americanos e em desenhos animados japoneses. Eu resolvi experimentar depois de rever um episódio de Dragon Ball na TV um dia desses – pasmem vocês! Dragon Ball na TV! – e, no episódio em questão, tinha um personagem assistindo aqueles vídeos de ginástica que mostram as pessoas malhando e você, supostamente, deveria acompanhar. Então eu pensei: cara, deve ter esse tido de vídeo só que de dança! E tinha! E o que eu amo fazer? Dançar! Eu já danço em casa normalmente, mas esses vídeos trazem movimentos específicos que servem para exercitar o corpo. Sem orientação eu geralmente apenas só faço me sacudir loucamente colocando as energias para fora. Meu canal favorito do YouTube desse tipo de coisa: https://www.youtube.com/user/superherofitnesstv.

Entender que para mim não serve ir para a academia, abriu espaço na minha vida para as atividades que eu realmente vou conseguir realizar e que vão me trazer satisfação. Por enquanto ainda não estou tratando essa atividade como um hábito, mas a partir de hoje, que já é uma data importante para mim por conta do niver do blog, eu vou estabelecer a meta de fazer exercício pelo menos uma vez por semana.
Esse é o segundo segredo. O primeiro é descobrir o que funciona para você. O segundo é começar pequeno. Eu sei que escrever um texto por dia não é exatamente pequeno, mas comparado ao que eu tinha em mente…. Que era escrever um texto foda todo dia, eu estabeleci um objetivo “pequeno”. Na verdade eu estabeleci que não existiriam regras para os textos que publiquei esse ano. Apenas que eu deveria publicar um por dia durante o ano. Mas não tinha regra de horário para escrever, para publicar, nem tamanho do texto, nem tema. Eu só queria sentar e escrever nem que fosse uma linha por dia. Além disso, escrever é a paixão da minha vida, fazer exercícios físicos não é. Então, começar pequeno, para mim, em termos de malhação, ou seja, passos para eu cumprir esta nova meta: o que funciona para mim é a dança e começar pequeno significa uma vez por semana por quinze minutos.
Por que eu estabeleci esta meta neste texto especificamente?
Porque eu decidi que meu “ano novo” vai ser 13 de Setembro de hoje em diante. Vai ser o dia das minhas resoluções. Não que eu não possa criar e me comprometer com novas metas em outros momentos, mas esta data se tornou simbólica para mim, por isso, eu vou procurar sempre fazer um upgrade na minha vida nesta época do ano.
A próxima questão é: o que fazer agora que a meta foi cumprida? Como vai ser a minha rotina de escrita de agora em diante? Eu vou fechar o Blog?
Bom, estou pensando em continuar me empenhando para escrever todos os dias, mas agora sem a pressão de ter isso como meta, o que vai significar, principalmente, sem horário. Como eu sou uma pessoa da noite, muitas vezes eu começo a ficar ativa lá para as dez da noite e aí eu ficcava com pouco tempo para escrever antes de dar meia noite. Agora, provavelmente, vão sair textos lá para a uma da manhã!
E sim, eu vou continuar escrevendo no Blog.
Eu tive uns insights valiosos ao longo deste processo. Eu percebi que eu posso nunca virar o Machado de Assis (sim, eu sonho alto, mas eu também sou flexível). Na verdade, eu percebi que fazer sucesso com a escrita pode sim significar que você é bom, mas isso não é necessário. Mergulhando mais nesse universo, eu conheci muita gente boa que não é famosa e não ganha dinheiro com a escrita, e muita gente que ficou rica e famosa escrevendo que não escreve bem. Então, escrever no Blog passou a ser suficiente para mim. Eu até pretendo publicar mais livros físicos (eu já tenho um livro físico publicado independentemente), mas isso vai ser consequência, não objetivo.
E eu não acredito nisso de que escritor de Blog não é escritor de verdade. Tem muita gente boa aqui no WordPress! Muita! A galera está de parabéns! Fazendo o paralelo com a malhaçao novamente, a idéia é querer estar saudável e não necessariamente ser bombadona.
O que me leva à última questão importante. Eu não me importo mais em ser uma “boa escritora”. Eu só quero escrever. Às vezes eu acho meus textos chatos, às vezes eu acho que eles estão ruins, às vezes eu acho que estão uma merda…. E, em outros momentos, eu acho os meus textos perfeitos! Mas em todas as vezes que eu escrevo, eu me sinto bem. E eu percebi que é isso que importa. Quando eu fico batendo cabeça tentando “melhorar” o texto, eu sinto que perco a naturalidade da coisa e um pouco do prazer o do sentido que isso tudo tem para mim. E, pior ainda, eu nem sei se consigo realmente melhorar o texto mesmo quando eu tento!
Não que eu não tenha me divertido estudando técnicas de criatividade e de produção literária. Eu amei! Quero continuar me aprimorando nesse aspecto. As técnicas são muito legais, inclusive para objetivos terapêuticos. E a cerejinha do bolo, a base do meu estudo da literatura, é a leitura e a própria prática de escrita.
Como foi para mim chegar até aqui? Maravilhoso. A escrita fez muito por mim. Muito mais do que eu imaginava. Eu cumpri a meta. Eu vou para sempre me lembrar dessa vez que eu consegui! Eu consegui! Eu me sinto mais capaz de criar e perseguir outros projetos. E eu vou fazer isso no futuro!
Como eu falei, isso não é uma despedida. Então, próximos passos: continuar escrevendo aqui no Blog, dando ainda mais asas à criatividade e exercitando a minha liberdade sobre a folha do papel!

Amanhã é dia de comemorar. 

Subindo e descendo num escorrega espinhoso e barulhento.
Brincadeira de criança que arranha e me faz enrugar a cara numa expressão de nervosismo.
Não sei de onde veio essa imagem. Do ápice da minha tensão.
Eu não acredito que vou concluir a meta. Sinto vontade de me sabotar de alguma forma. Parece que foi fácil demais, difícil demais, tudo ao mesmo tempo.
Mas deu tudo certo, apesar de toda a minha desconfiança. Talvez tenha dado certo porque o que não faltou foi comprometimento. Não foi fácil todos os dias e eu tenho certeza de que não será sempre fácil no futuro. Mas eu tenho que confiar nas minhas capacidades. Mesmo quando eu não confiei verdadeiramente, eu fingi. Fingi que sabia o que dizer, fingi que sabia quais eram as palavras certas, fingi que era isso mesmo que eu queria fazer da minha vida, fingi… Até voltar a ser verdade ena minha mente o que eu sempre sei em meu coração.
Amanhã vai ser um dia de comemoração apesar de tudo e eu sei que estarei muito feliz.
Espero conseguir dar os próximos passos. Continuar escrevendo e ampliando meus projetos. Sim, com esse grande acontecimento vêem grandes responsabilidades. Responsabilidade de continuar sonhando e perseguindo meus objetivos. Responsabilidade de não me decepcionar; não porque tudo tem que acontecer de uma determinada maneira, mas porque eu não posso mais deixar de lado as coisas que amo fazer. Responsabilidade comigo mesma em primeiro lugar. Em me fazer feliz e realizada.
E a palavra certa para este momento? Gratidão.

Sobre a reta final e agradecimentos. 

Quanto mais eu me aproximo do tricentésimo sexagésimo quinto texto, quanto mais perto do um ano de publicações diárias eu chego, mais eu sinto que tenho a dizer e a escrever. Novas idéias, novos projetos.
Eu ainda tenho muitas pessoas especiais a agradecer pelo apoio e carinho ao longo do projeto.
Hoje eu gostaria de mencionar essas pessoas.
Primeiro ao meu fantástico marido. Neste exato momento eu estou aqui em pé na porta da cozinha escrevendo enquanto ele termina o preparo do jantar. Sem esse apoio, ajuda e compreensão muitos destes textos não teriam sido possíveis.
Minha mãe, que leu TODOS os textos que eu escrevi. Revisou, comentou, sugeriu temas e, principalmente, me encorajou desde o início.
Minha sogra também acompanhou tudo muito de perto, sempre lendo e comentando. Muito obrigada pela dedicação. Todos os comentários foram muito importantes para mim.
Meus amigos queridos que sempre me animam quando a coisa aperta e que sempre oferecem apoio e incentivo. Alguns amigos em especial, Natalia, Rodrigo e Juliana participaram mais afundo nessa aventura. A gente ainda vai produzir literatura junto!
Minha Coach de escrita, Eliana, também foi muto importante nesse processo. Me mostrou a importância do comprometimento com a escrita e abriu meus horizontes. Me apontou numa direção que foi muito frutífera para mim. Sei que estamos afastadas, mas sinto que ainda temos mais histórias para viver.
Obrigada também a todos os que acompanham o trabalho. Muitas vezes, para mim, vocês são números nas estatísticas do blog, mas eu nunca nunca nunca esqueço que cada numerozinho é um leitor e eu quero que você saiba que você faz parte da minha vida. Você está presente a cada momento do meu processo. É uma relação intensa para mim. Eu tenho conversas e mais conversas imaginárias com você, leitor, nas quais me emociono, agradeço elogio, choro com as críticas e defendo minhas idéias. Sem você esse trabalho teria muito menos sentido e seria bem menos divertido e desafiador.
Eu sei que este texto está com cara de despedida, mas não é disso que se trata. No entanto, este é sim o encerramento de um ciclo.
Estamos na reta final desta temporada (espero que não de uma temporada como as de Lost – que começa bem e termina chata e sem sentido e sim de uma série boa como Breaking Bad), mas estamos longe do fim da série.

Aniversário de dez meses do Blog! 

Quem diria que isso ia aconteer. Sexta feira treze (significativo) e aniversário de dez meses do Blog. Realmente em muitos dos dias que se passaram foi assombroso escrever. Tanto no sentido de filme de terror – o pavor de sentar diante da tela em branco, pior do que dar de cara com Jason Voorhees – quanto no sentido de que eu fiquei muitas vezes positivamente espantada com os textos que escrevi. (Sim. Me permito ter orgulho de alguns dos meus escritos).
Pois é. Estamos muito mais próximos do final da meta de escrever todo dia no Blog do que do começo. Dez meses. Não sei se eu acreditava, no início dessa empreitada, que eu chegaria até aqui. Agora só faltam mais dois meses.
Eu achei que esse projeto esgotaria a minha criatividade, mas, na verdade, aconteceu o contrário. A criatividade é como um músculo: quanto mais você exercita, mais forte fica. (Algum autor famoso já disse isso? Modéstia a parte, achei genial a metáfora).
Já começo a me perguntar sobre o destino do Blog depois do dia 13 de setembro, quando chegaremos ao aniversário de um ano…
E já estou tendo algumas idéias para comemorar essa conquista. Penso em imprimir e encadernar todos os textos. Vai ser o meu “troféu” por cumprir essa meta. Algo para me manter motivada para correr atrás dos meus objetivos e me lembrar sempre que é possível. Fica a dica, hein. A gente costuma se lembrar com muita facilidade dos fracassos, mas não se lembra ou não valoriza os sucessos. Eu vou imprimir esses textos para nunca esquecer ou minimizar essa parte da minha vida. Você se lembra dos seus sucessos? Você os desvaloriza? É difícil mesmo. A gente tende a focar no negativo. Por isso é bom termos algo que nos lembre constantemente daquilo que já conquistamos.
Além disso, penso em continuar escrevendo sim. Talvez não todo dia porque isso dificulta a realização de projetos maiores. Quero começar a trabalhar textos de ficção mais elaborados, sei lá… (Posso falar sobre isso melhor no balanço final do Blog, mas já posso adiantar. Eu fui percebendo que uma das tendência que eu venho seguindo é a de fazer pequenos textos de autoficção. Trata-se de uma escrita que parte das experiências reais do autor, que ganham uma roupagem ficcional na narrativa. Além disso, com frequência eu também escrevi reflexões a respeito de temas que me mobilizam intimamente).
Mas o principal é que eu não quero deixar o hábito de escrever todo dia morrer. Aliás, esse era o propósito original. Eu queria criar precisamente esse hábito de escrever todo dia. E, de quebra, eu fui trabalhando a minha vergonha das pessoas lerem o que eu escrevo. Então, também foi importante esse eprocesso de construir autoconfiança.
Independente do que acontecer, a minha idéia é que o Blog continue sendo esse local experimental de desenvolvimento da minha escrita. Por quê? Porque escrever me faz muito bem. E esse é todo motivo que eu preciso para continuar escrevendo.

Natalia.

Escrever a sua carta de gratidão não foi fácil.
Cara, tenho coisas maravilhosas e terríveis para falar da nossa amizade.
A gente viveu muita coisa.
Você foi, em alguns dos momentos mais difíceis que eu vivi, um arco-íris de alegria e esperança. Uma coisa que eu sei a seu respeito é que você é muito mais forte do que a sua aparência de fada delicada transparece. Por dentro você é o incrível Hulk e o Thor juntos. Desespero total assolando as tormentas da minha alma (e da sua também, por que eu sei que você sofre), e você resplandecendo a luz do foda-se de uma maneira que eu nunca vi em mais ninguém. Você me deu muita força para seguir em frente ao longo dessa vida e eu sou grata a você por isso.
As pessoas ficam se perguntando e elas também perguntam umas às outras se existem almas gêmeas. Sabe o que eu acho? A galera esquece que gêmeos não vêem apenas em pares. A minha alma tem algumas irmãs gêmeas e a sua alma é uma dessas irmãs.
Nós passamos sim muito tempo afastadas mergulhadas nos afazeres cotidianos que nos roubaram o tempo de um café mais de uma vez, mas a amizade que eu sinto por você já transcendeu o tempo e o espaço. Ela só se torna mais forte com o passar do tempo.
Acho, inclusive, que foi o universo que plantou em nossos corações o desejo de viver da arte para nos aproximar e nos possibilitar o imenso prazer de podermos trabalhar juntas. Eu nem acreditei que a gente já vendeu livros, nossos livros, que nós escrevemos, lado a lado.
E nessa jornada de artista, eu passei a te admirar ainda mais. Você é incrível e eu aprendo com você até hoje.
Não. Eu não estou satisfeita. Eu quero mais a sua presença física na minha vida. Mas, é importante que você saiba, na minha mente você está sempre presente.

#MarielleVive

A Marielle dói. Dói em todo mundo.
A Marielle vive também. Vive agora nas nossas ações.
Viva sim.
Vivendo as milhões de vidas que vivem aqueles que lutam.
Temos que seguir, de hoje em diante, com esta pergunta: o que eu posso fazer para mostrar que você vive em mim, Marielle?
Nós não somos responsáveis apenas pela nossa vida. Somos responsáveis por todo o impacto que as nossas ações têm no mundo. Como o impacto que você vai gerar no mundo daqui para a frente vai manter Marielle viva?

Será que eu dou conta?

Sim.
Não foi sempre que eu consegui dar essa resposta.
Precisei trabalhar muito para conseguir responder afirmativamente a um desafio.
A gente sempre se preocupa com uma possível traição do amigo, do namorado, do colega de trabalho. E eu entendo. Ser traído por aqueles que estão ao nosso redor é horrível mesmo.
Mas não nos preocupamos muito com o fato de que constantemente traímos a nós mesmos. Nos enganamos, mentimos para nós mesmo e nos subvalorizamos em relação às outras pessoas.
Não mais.
Chega de sermos traídos pelos nossos próprios comportamentos e sentimentos.
Aquele embrulho no estômago que aparece quando estamos diante das dificuldades, os pensamos de que não seremos capazes, de que as coisas simplesmente não vão dar certo para nós.
E por isso nem tentamos. Traição. Traição dos nossos desejos e do nosso potencial. A traição mais traiçoeira que existe. Porque de namorado, amigo e trabalho a gente se livra, mas de pele, de alma e sangue, não. Se traímos a nós mesmos, passaremos a vida inteira sendo enganados e miseráveis.

Portanto a minha resposta é: sim, eu consigo. No presente. Sem mais.

Gratidão.

A palavra gratidão está na moda.
Resisti de início e fiquei desconfiada do uso que estava se fazendo dela.
Pensei um bocado a respeito.
Gratidão… O sentimento de ser grato. Mas por alguma coisa ou por alguém?
As pessoas têm se sentido gratas por tudo ultimamente: suas características pessoais, suas habilidades, seus bens materiais, suas oportunidades de trabalho, pelo sol e a natureza, pela comida de cada dia, pelas pessoas ao seu redor.
Não quero fazer nenhum tipo de julgamento de valor sobre esses sentimentos. Quem sou eu no fim das contas!?
A única coisa que me cabe dizer é que eu percebi que para mim faz sentido o sentimento de gratidão em relação às pessoas e à presença delas em minha vida ou à marca que deixaram.
Não que as outras coisas não sejam importantes, algumas delas são absolutamente fundamentais. Mas, para mim, não caberia em relação a elas o sentimento de gratidão.
Em relação ao sol e a natureza eu sinto um sentimento de reverência; em relação à comida eu sinto necessidade biológica (e alguns problemas emocionais); em relação a oportunidades de emprego e bens materiais eu sinto admiração para conigo mesma, um sentimento de realização, por eu ter me dedicado para alcançar meus objetivos e um pouco de alívio e segurança.
Enfim, gratidão mesmo nomeia o que eu sinto em relação ao contato humano.
As pessoas ficam na nossa vida porque elas querem estar junto de nós. E por isso nós só podemos ser gratos. Certas marcas que as pessoas deixam em nossas vidas, sejam elas felizes ou dolorosas fazem parte da nossa jornada e nenhum trabalho, bem material, nenhum prato de comida nem mesmo o sol conseguirá se equiparar em significação e importância. O contato humano possui sempre um sentido transcendente no nosso caminho.
Então, eu decidi aproveitar a palavra da moda para expressar meu sentimento de gratidão em relação a algumaa pessoas especiais que fazem ou fizeram parte da minha vida.
Por que a gente deixou de enviar cartas com declarações de amor para os amigos depois da quinta série, no fim das contas? Esse é um hábito que nunca deveríamos ter abandonado.

Juliana.

Você foi uma das pessoas que mais me surpreendeu nessa vida.
Eu tenho orgulho de falar de como você é foda atualmente.
A sua história, para mim, é uma grande fonte de inspiração. Eu vejo como você lutou contra muitas questões que eram difíceis de lidar e se tornou uma nova e maravilhosa pessoa.
É difícil escrever sobre as pessoas que mais amamos. Todo relacionamento tem momentos altos e baixos. Você não pode deixar os baixos de fora, mas também não pode deixar que eles se sobreponham aos bons momentos.
Nossa amizade certamente teve seus baixos. E uma coisa muito boa é que, hoje em dia, eu percebo que não só nós aprendemos muito com os problemas que tivemos, mas conseguimos transformá-las em piadas e rir muito das nossas idiotices.
Você é uma das pessoas com quem eu me sinto mais à vontade. A nossa amizade é simples e direta.
Mesmo longe pacas você está sempre muito presente.
Já falei que nossas conversas não são várias conversas diferentes, cada uma com começo, meio e fim; eu sinto que a minha vida é em parte um grande diálogo com você que está sempre em aberto.
Eu sei que eu já te fiz sofrer no passado e que eu ainda não sou a amiga perfeita. Estou muito longe disso, mas certamente me esforço e vou continuar me esforçando para ser a melhor amiga que eu posso ser.
Eu vivi com você alguns dos momentos mais engraçados da minha vida e as melhores partidas de RPG. Você sempre fica de graça, falando que isso e aquilo e que me dava trabalho narrar para você, mas você ignora o quanto era legal para mim. Qualquer aventura que eu criava você amava e isso me fazia me sentir muito bem. Ver a empolgação do jogador é sempre a maior motivação do mestre.
E a gente vai continuar tentando montar um grupo de RPG até morrer. Quem sabe um dia morarmos perto de novo uma da outra. Nem que seja no Canadá, na Austrália ou na Irlanda.
Acho nossa vida juntas muito bonita.
Obrigada por ser minha amiga.

Larissa.

Eu nunca esqueci de você. Eu lembro de tudo que você sofreu. Desculpe por não ter conseguido te fazer se sentir melhor….
Na nossa época não tinha ainda essa história de bullying, então a gente não sabia que isso era errado. A gente achava que quem era feio, chato e burro tinha que ser zoado mesmo. Mesmo quando éramos nós os burros, chatos e feitos.
Hoje em dia eu até consigo olhar para trás e ver que éramos todas crianças sofridas, por um motivo ou por outro. Na época eu não conseguia enchegar muito bem o sofrimento alheio. Principalmente o sofrimento de quem disfarçava a dor que sentia. Eu achava que todo mundo era feliz e só eu que era triste. E eu achava que se eu ficasse ao seu lado eu seria ainda mais infeliz porque você era muito triste e não escondia isso.
Hoje eu sei: você era sensível e sincera. Eu fui medrosa e insegura.
Nem o Facebook conseguiu trazer você de volta para a minha vida, mas eu espero que você consiga olhar para trás e ver a adolescente que eu fui com alguma condescendência e saber que eu amava você. Eu fiz tudo que eu pude na época para te apoiar e ficar ao seu lado. Me perdoe se fui babaca em algum momento.
Ah! Obrigada por ter me apresentado os Ramones. Ouço até hoje e me lembro de você sempre. E obrigada por ter sido minha amiga. Eu nunca vou me esquecer de você.