Series finale.

Eu queria que as séries que eu gosto durassem para sempre.
Fico muito triste quando elas terminam.
Alguma coisa com o hábito de assisti-las e a regularidade, sei lá.
Eu tenho essas fixações.
Sempre vou nos mesmos restaurantes e peço as mesmas comidas, por exemplo.
Ouço as mesmas músicas repetidas vezes.
Eu até conheço coisas novas, sabe? Mas elas passam rapidamente a integrar uma estrutura rígida.
Eu costumo brincar dizendo que eu nasci para ser fã de Malhação (que eu infelizmente odeio), porque o troço não acaba nunca! Está passando desde que eu me entendo por gente e vai continuar depois de mim. É desse tipo de coisas que eu estou falando.
Discordo completamente de quem acha que é a finitude que confere valor às coisas. Isso não é verdade. A finitude acaba com o valor que as coisas têm em um golpe curte e seco que tem data e hora para acontecer. 
Não… Também não acredito nisso.
A finitude não tem esse poder.
As coisas que perdemos mantém o seu valor brilhando como um diamante resistindo sob o poder esmagador de um buraco negro. Ela não destrói o que amamos, mas torna tudo muito mais triste.
Eu amo o final do filme A Rainha dos Condenados. O casal andando na rua com a velocidade das coisas passando aceleradas ao redor e eles seguindo sempre em frente, ao mesmo tempo que estão fora do tempo. 

Essa é a minha idéia de um final feliz, um não final.

O sentimento de solidão e os contatos superficiais (provavelmente não é o que você está pensando).

Outro dia uma pessoa estava falando mal de uma terceira para mim.
Fiquei mais calada, na minha, só no “Uhum” para não ser grosseira, mas para também não botar lenha na fogueira.
Ok. Até aí, morriam comigo os comentários maldosos e enraivecidos e a pessoa botava para fora o que estava sentindo. Quem sabe ela até se acalmava.
Até que a pessoa manda essa:
“Quem nem você, sabe? As pessoas têm você no Facebook, todo mundo sabe que você faz poledance, você fica botando aquelas fotos suas indecentes lá, mas é a sua vida, entendeu? Ninguém tem nada a ver com isso. E o que que eu tenho a ver com isso? Você que sabe. O seu corpo?! Você bora a foto que você quiser, não im-por-ta o que as pessoas pensam. Se você que é dona do corpo resolveu postar isso, para que que eu vou ficar falando com os outros pelas suas costas ‘ah, olha lá a foto de piranha que ela colocou’? Eu hein!”
Eu fiquei dois segundos sem reação antes de murmurar o memso “Uhum”.
Aí você pode até pensar depois de ouvir essa história: “Que pessoa babaca”. “Ela te odeia e estava mandando indireta”.
Cara, mas essa pessoa realmente aparenta gostar de mim, sabe? Me procura para conversar… Desabafa comigo…
Muito louco, não é mesmo?
Eu sempre fui meio anti-social. Ultimamente, no último ano, eu comecei a me abrir mais com as pessoas.
Eu sempre fui de fazer um ou dois amigos em todos os lugares que passo e geralmente são amigos para a vida toda, mas nunca fui de ter galera sabe.
Sempre fui a pessoa dos relacionamentos logos e profundos.
Sempre foi curioso, contudo, o fato de que, mesmo com esses amigos eu, vira e mexe, me sentia meio sozinha.
Quando eu comecei a estudar psicologia positiva é que eu fui abrir a minha mente para o fato de que o ser humano é um bicho muito sociável. Muito sociável mesmo. Então, a gente precisa de muito contato humano. Muito.
Comecei a me aproximar das pessoas, sem a intenção de me tornar bff de ninguém, só para trocar dois dedos de prosa mesmo, e o sentimento de solidão quase desapareceu em pouco tempo. Sério.
Eu tenho amigos maravilhosos, perfeitos e amorosos. Mas eles têm a própria vida. Eu não tô trocando calor humano com eles o tempo todo. E isso faz falta no dia a dia. Ir para o trabalho e fazer a pausa do café sozinho sempre é péssimo, mesmo que você esteja no zap com alguma pessoa querida. Almoçar sozinho sempre é foda, memso que a noite, uma ou duas vezes por semana, você tome um chope com os amigos. Entende?
Quando você tem esses vácuos de contato na sua vida, janelas de tempo ocioso ou de tempo livre no dia a dia sem contato humano (tempo de transporte, almoço, pausa do café, etc.) esse tempo vai se acumulando e no fim das contas acabam sendo muitas horas de solidão. Não é à toa que essa sensação se expande e toma nossa vida, fazendo com que nos sintamos isolados ainda que, aparentemente, sem motivo. Pois tem motivo. Pouco contato humano.
Eu não digo que você não deva fazer nada sozinho. Você tem que ter um tempo só para si. Por isso eu disse que não é bom que isso aconteça sempre. Uma vez ou outra tudo bem. Mas os contatos superficiais servem para esses “buracos” na agenda de obrigações mesmo. Vale lembrar também que seu tempo com você memso tem que ser de qualidade. Não é um café que você toma em pé olhando no celular que vai cobrir esse anecessidade. Aí é melhor estar falando com alguém, sem dúvida.
Outra coisa, e eu ouvi isso no curso de psicologia positiva que fiz no começo do ano: “isso não é uma forma de usar as pessoas”? Não! Todo mundo precisa desses contatos! A pessoa com quem você conversa também. Você e a outra pessoa vão se beneficiar do bate papo. Além disso, eu não falei em momento algum que esses contatos não podem ou não devem evoluir para algo mais profundo. Ótimo se isso acontecer! Eu só estou dizendo que não PRECISA ser assim. Na verdade, quanto mais eu penso no assunto e vejo o resultado das minhas próprias interações, mas eu percebo que falta muito amor e contato entre os seres humanos também porque a gente bota muita expectativa em todos os míseros contatos interpessoais. Todo “oi” tem que virar namoro ou amizade. E isso é terrível. Ou seja, se não for para a pessoa virar alguém importante na nossa vida e a gente não for obrigado (por dividir o mesmo ambiente de trabalho, por exemplo), a gente não fala com ninguém! Vamos mudar isso! Uma conversa de quinze minutos pode ser ótima por ser só isso: uma conversa de quinze minutos com alguma pessoa que você não vai ver nunca mais. Ou tem aquela pessoa que você vê sempre, com quem você não quer namorar, de quem você não quer ser amigo e de quem você não precisa de nenhum favor, mas com quem você pode conversar sobre noticias de jornal, pode falar sobre assuntos da vida ou até assuntos pessoais mesmo, mas sem expectativas. E tudo bem que seja assim. Isso nos faz bem.
É de contato humano superficial mesmo que eu estou falando. Isso é bom precisamos ter mais em nossas vidas. Nem todas a nossas relações precisam ser profundas. Com compromissos, expectativas, preocupações etc.
Comecei então a colocar em prática minhas habilidades sociais e deu muuuuito certo (posso falar mais sobre isso no futuro). O que tem sido engraçado e curioso é que, eu nunca vivi isso antes, então ainda estou aprendendo a lidar… Claro que tem seus momentos difíceis.
Como o dessa pérola que eu mencionei no início do texto. Tem sido também, como vocês podem perceber, uma experiência antropológica. E eu fico pensando: “geeeeente… Que porra é essa? As pessoa são muito loucas mesmo”. Olha… Tem sido uma aprendizagem em diversos sentidos. Tem tipo seus percalços, mas tem valido a pena.

Varrer a casa emagrece?

Ontem eu peguei a vassoura e perguntei ao meu marido:
Você acha que varrer a casa emagrece?
Ele respondeu:
Sei lá. É um movimento. Queima mais calorias do que ficar parado. Mas eu não acho que é significativo. Que emagrece mesmo. Por quê?
Aqui você (se for mulher) deve estar pensando:
Sim. Emagrece. Todo serviço de casa emagrece. Você deixa a casa limpa e ainda economiza na academia.
Eu me lembro de um programa de televisão que assisti há muitos anos atrás, que era exatamente isso; apresentava dicas de como usar as tarefas de casa para emagrecer.
Eu nem questiono se emagrece mesmo ou não. Meu ponto não é esse. Meu ponto é que os homens não sabem disso. O programa de televisão que deu essas dicas falava especificamente para as mulheres e não para os homens. O programa tampouco não estava preocupado com a saúde da mulher. Estava preocupado em contribuir para educá-las a não só fazer o serviço doméstico como também a gostar disso. E talvez importunar menos o marido para ajudar, já que essa mulher também vê todo dia na TV que ela tem que ser magra, já que fazer faxina e cuidar da casa emagrece, ela que aproveite esses benefícios e deixe o marido em paz.

Não te amo nem nunca vou te amar. 

De novo,
Ela
Na minha cabeça.
E eu?
Aqui sozinho.
Eu,
Sinceramente,
Não amo.
Amar você?
Mas insisto.
Insanidades.
Descontentes
E alucinados
Sempre que nos encontrávamos
Eu e você.
Estava tudo errado
E você repetindo
Está tudo certo
Mas não estava.
E eu sabia
Mas concordava
E rolava tanta química
Que eu cagava para todas as suas verdades deturpadas.
E eu pedia para continuar
Apesar de saber
Sempre saber
E não conseguir parar de saber
Que ia dar merda.
Eu e você
Fomos feitos um para ferir o outro
Na medida exata da nossa dor.
Eu não te amo.
Eu só não podia evitar.

Carpe homini.

Acho que todo mundo já pensou que estava sozinho em algum momento.
Completamente sozinho.
Que ninguém entenderia o que estava acontecendo ou como estávamos nos sentindo.
Ou fui só eu que senti isso?
Enfim, com o tempo eu fui percebendo uma coisa que os escritores famosos parecem sempre ter sabido: só existem um ou dois dramas humanos que nós ficamos repetindo sem parar.
Quando você percebe isso, começa a se conectar a outras pessoas. Quando não, você vai se isolando.
Eu diria que a coisa vai um pouco além de encontrar o seu grupo, sabe? A sua turma. A gente normalmente procura pessoas com as quais compartilhamos algo em comum e excluímos outras. Isso é saudável porque, em certa medida, precisamos de relacionamentos profundos e duradouros que geralmente nascem desse tipo de encontro. No entanto, eu tenho percebido cada vez mais que se conversarmos com qualquer pessoa por tempo suficiente vamos encontrar um sofrimento nuclear que faz sofrer a todos nós e que nos une fortemente. Uma forma de resmungar do calor, da violência, ou da falta de emprego. Ou, vamos ser otimistas? Uma certa felicidade muito humana por estarmos vivos que compartilhamos com o vizinho. Uma felicidade de curtir as coisas boas e simples.
Isso não quer dizer que você tem que ter relacionamentos profundos e duradouros com todo mundo, mas que você sempre pode e deve se sentir cercado de contato humano. Nem todos precisam ser profundos, mas eles existem por toda parte, então, aproveite.
Às vezes, quando estão com um problema, as pessoas se perguntam: de que adianta falar sobre isso se não vai resolver? Como estamos enganados ao pensar assim! Falar sobre qualquer coisa com qualquer um ajuda. Talvez não uma ajuda imediata, mas algo que nos fortalece.
Eu percebo que quando eu saio de casa e puxo um papo furado sobre o tempo no elevador, eu chego em casa mais animada do que nos dias em que saio muda e volto calada.
Falar com as pessoas, seja num nível profundo ou superficial, sempre ajuda. Nós somos seres que vivem em sociedade e somos todos muito mais parecidos do que imaginamos. Seres humanos estão por toda parte. Aproveite-os!

Sexualidade na Perspectiva da Psicologia Positiva.

No último sábado, dia 19 de maio, eu apresentei um trabalho no III Simpósio Internacional de Psicologia Positiva sobre sexualidade. O simpósio foi sensacional e eu fiquei extremamente feliz com o convite para falar sobre este tema.

Trata-se de um tema ainda muito pouco estudado. A área da Psicologia Positiva por si só já é bastante nova, nasceu em 1998 com os trabalhos de M. Seligman. Um estudo da sexualidade dentro desta perspectiva então nem se fala. Mas é bastante interessante e vale a pena conhecer.

O que eu queria com partilhar com vocês hoje, portanto, é um resumo da minha apresentação.

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O estudo da sexualidade do ponto de vista da psicologia positiva vai abordar os aspectos positivos da sexualidade humana, permitindo-nos compreender o que é o funcionamento sexual excelente. A partir dos estudos de Kleinplatz (2009), apresentaremos, então, os oitos aspectos que fazem com que a relação sexual seja excelente.

O pai da sexologia foi o médico psiquiatra Kraffit-Ebing que, no século XIX, escreveu o livro Psychopathia Sexualis, no qual narrava casos clínicos de pacientes com desvios e patologias sexuais.

Alguns anos mais tarde, por volta da metade do século XX, outros grandes teóricos da sexualidade, como Kinsey (1949, 1954), Masters e Johnson (1976, 1981), Kaplan (1977) e Hite (1982), contribuíram enormemente para o conhecimento que possuímos atualmente das patologias sexuais e também contribuíram com o conhecimento dos aspectos fisiológicos e psicológicos do funcionamento sexual normal.

Nenhum desses conhecimentos, contudo, nos ajudou a compreender o funcionamento sexual ótimo, que poderia fazer com que a terapia sexual ajudasse os seus clientes não apenas a ter um sexo funcional, mas um sexo de qualidade.

A partir a quebra de paradigma realizada pela psicologia positiva com Seligman (2003; 2011), vem tornando-se cada vez maior o interesse em compreender os aspectos positivos do ser humano e as formas de potencializar seu desenvolvimento. Isto ocorreu também no campo da sexologia. Os pesquisadores começaram a procurar compreender os aspectos e as caraterísticas que estão para além do sexo meramente funcional, livre de de patologias, que poderiam fazer com que a sexualidade fosse vivida em seu pleno potencial.

Os oito aspectos que fazem com que a relação sexual seja excelente de acordo com Kleinplatz (2009), portanto, são:

  1. Estar presente: pode ser entendido como o estado de flow (CSIKSZENTMIHALYI , 1999) que pode ser experimentado durante o ato sexual. Um estado no qual a pessoa se encontra completamente absorvida no momento presente. “You’re not a person in a situation. You are the situation” (KLEINPLATZ, 2009).
  2. Conexão: refere-se ao modo profundo como as pessoas se conectam durante o ato sexual. Depende de uma ligação intensa entre os parceiros para ocorrer. Podemos utilizar a metáfora shakespeareana da besta de duas costas para imaginar esta forma de ligação entre duas pessoas. “I am one, sir, that comes to tell you your daughter and the Moor are now making the beast with two backs” (SHAKESPEARE, 1993). Esse tipo de intimidade entre os parceiros que experimentam um sexo excelente faz com que eles sintam que estão em sintonia um com o outro. Não importa que o relacionamento já dure anos ou que tenha durado apenas algumas horas, trata-se de uma ligação sentida como um forte alinhamento entre os amantes.
  3. Intimidade sexual e erótica: os parceiros devem experimentar respeito mútuo, carinho, admiração e profunda aceitação antes de iniciarem uma relação sexual excelente. Não é possível ter esse tipo de relacionamento íntimo de qualidade sem se sentir cuidado e sem cuidar do outro. Confiança é a palavra chave aqui.
  4. Comunicação e empatia: o sexo excelente requer excelente comunicação tanto verbal quanto não verbal. Os parceiros têm que ser capazes de se comunicar através do toque e de compreender os sinais que o outro emite. Ao mesmo tempo, devem ser capazes de expressar verbalmente seus desejos e necessidade um para o outro de forma, clara, aberta e desinibida.
  5. Transparência, autenticidade e desinibição: essa característica pode ser entendida como uma espécie de “nudez emocional”. É o fato de se colocar aberto diante do outro, expondo a si mesmo como se é verdadeiramente. É a possibilidade de se revelar inteiramente para o outro.
  6. Transcendência: Maslow afirmava que “There are many paths to heaven, and sex is one of them” (1971). Isso que dizer que o sexo apresenta uma dimensão epifânica, que nos faz ver as coisas sob uma nova luz. Não se trata necessariamente de uma experiência de cunho religioso, mas de uma experiência que nos transporta para além de nós mesmo e que nos faz experimentar as coisas de uma nova maneira. Uma dimensão de paz, cura, transformação, benção, que podem conferir um caráter transcendente para a experiência da relação sexual.
  7. Explorar, assumir riscos e se divertir: o sexo pode ser extremamente engraçado e essa característica é uma das que o torna excelente. Quando estamos experimentando algo novo, quebrando a rotina, nos aventurando com o parceiro, em todos esses momentos o sexo se apresenta como uma oportunidade de descobrir e experimentar coisas novas. Essa exploração conjunta, esse desbravamento de novos horizontes, é um importante elemento da sexualidade humana.
  8. Entrega: vulnerabilidade e rendilção são os aspectos essenciais neste último tópico. Depois de passar por todos os aspectos anteriores, resta apenas mergulhar de cabeça nessa experiência incrível, expondo-se de maneira completa e autêntica e se rendendo às sensações do momento. Nesse sentido, “Sex is a leap of faith” (KLEINPLATZ, 2009).

Tendo em vista os oito componentes citados, Kleinplatz (2009) afirma que o futuro da terapia sexual vai requerer que os profissionais se ocupem cada vez mais das vivencias sexuais saudáveis não apenas como forma de auxiliar os clientes na promoção de vidas intimas muito mais prazerosas, com relações sexuais excelentes, mas também a prevenir o próprio adoecimento sexual.

 

As principais referências bibliográficas que eu utilizei neste trabalho foram:

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento … [et al.]. Revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli… [et al.].Porto Alegre: Artmed, 2014.

 

CARVALHO, Antonio, SARDINHA, Aline. Terapia Cognitiva Sexual: uma proposta integrativa na psicoterapia da sexualidade. Rio de Janeiro: Editora Cognitiva, 2017.

 

CSIKSZENTMIHALYI, M. A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento com a vida cotidiana (1997). Tradução de Pedro Ribeiro – Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

 

HITE, Shere. O Relatório Hite: um profundo estudo sobre a sexualidade feminina. Tradução de Ana Cristina Cesar. São Paulo: Difusão editorial, 1982.

 

KAPLAN, Helen Singer. A Nova Terapia do Sexo: tratamento dinâmico das disfunções sexuais. Tradução de Oswaldo Barreto e Silva. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1977.

 

KINSEY, Alfred; POMEROY, Wardell & MARTIN, Clyde. Conducta sexual del Varón. México: Editorial Interamericana, 1949.

 

KINSEY, Alfred; POMEROY, Wardell; MARTIN, Clyde; GEBHARD, Paul. A Conduta sexual da mulher. Rio de Janeiro: Atheneu, 1954.

 

KLEINPLATZ, P. J. Transforming Sex Therapy: integrating erotic potential. The Humanistic Psychologist. 24, 190-202. Ano: 1996.

 

KLEINPLATZ, P. J.; MÉNARD, A. D.; PAQUET, M-P.; PARADIS, N.; CAMPBELL, M.; ZUCCARINO, D.; MEHAK, L. The components of optimal sexuality: A portrait of “great sex”. The Canadian Journal of Human Sexuality, Vol. 18 (1-2), ano 2009. Disponível em; <http://juliacolwell.com/wp-content/uploads/2017/05/The-components-of-optimal-sexuality-Kleinplatz-et-al.-2009.pdf>;. Acessado em 01/05/2018.

 

KLEINPLATZ, P. J. Lessons from Great Lovers. In S. Levine, S. Althof, & C. Risen (eds.), Handbook of Adult Sexuality for Mental Health Professionals. 2ª edição. Nova Iorque: Brunner-Routledge, 2010.

 

MASLOW, A. H. On the Farther Reaches of Human Nature. Nova Iorque: Viking, 1971.

 

MASTERS, William; JOHNSON, Virginia. A incompetência sexual: suas causas seu tratamento. 2. ed. Tradução de Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.

 

MASTERS, William & JOHNSON, Virginia. A Conduta Sexual Humana. São Paulo. 4ª ed. Civilização Brasileira, 1981.

 

SELIGMAN, M. E. P. Felicidade Autêntica. Rio de Janeiro: Ponto de Leitura, 2003.

 

SELIGMAN, M. E. P. Florescer: uma nova e visionária interpretação da felicidade e do bem-estar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

 

SHAKESPEARE, W. Othello. M.R. Ridley (ed.) The Arden Edition of the works of William Shakespeare. London and New York: Routledge, 1993.

Militância de Facebook.

Sinceramente, eu não vejo problema nenhum em fazer o que quer que seja no Facebook. Não sou contra nem mesmo a militância de Facebook.
Mas tenho percebido uma coisa. Muitas vezes eu tenho dificuldade e acho difícil chegar a uma opinião política clara a respeito de determinados eventos, por dificuldade de acesso à informações confiável e pela falta de debate sobre os assuntos importantes. Na maioria das vezes a galera fica só mandando indireta com fundo colorido achando que tá abafando e só quem tá ali no debate interno nos comentários entende. Na verdade, parece que niguem tá entendendo muito mesmo as sutilezas da movimentação política atual.
Então, minha opinião a respeito da greve dos caminhoneiros: a galera não está entendendo porra nenhuma do cenário político brasileiro, tá com o cú na mão com medo de tudo ir para a casa do caralho e a gente se fuder mais do que já está se fudendo, mas também ninguém sabe o que fazer para melhorar.

Sono.

Quando dormimos pouco,
Quando passamos o dia com sono,
Toda vez que ficamos batendo cabeça no trabalho, na aula…

Até que um dia chegamos cedo
Nenhuma obrigação
Podemos sentar no sofá e ver um filme
Podemos sair para jantar
Mas chegamos em casa
E só queremos dormir

A obrigação nos mantém acordados
Mas todo resto funciona como uma canção de ninar
Que nos embala em culpa e tristeza.

Pelo que lutar?
Menos obrigações?
Mais disposição?
Um cantinho do sono no local de trabalho?

Por uma vida de mais equilíbrio, na qual possamos enxergar o valor de investir na nossa própria felicidade.

Meus filmes bizarros favoritos. 

Fiquei pensando no filme do Deadpool que assisti ontem e continuei pensando hoje sobre alguns aspectos do filme que me chamaram atenção. Por exemplo as cenas marcantes de violência retratada de forma meio jocosa, o tema da vingança, um ar meio desleixado, os personagens com comprometimentos psicológicos significativos. Isso tudo me fez lembrar de alguns filmes que eu assisti nos últimos anos que, apesar de muito loucos, eu gostei bastante. Eles compartilham característica comum de apresentar mulheres no papel principal ou com uma participação, para dizer o mínimo, interessante no filme. 

Resolvi compartilhar essa lista dos meus filmes “estranhos” preferidos com vocês hoje. 

1- A Prova de Morte. 

Esse é um filme muito louco sobre umas mulheres arretadas que enfiam o cacete num cara babaca depois que ele tenta matar elas. 

2- Planeta Terror.

Cara… Tem uma metralhadora no lugar onde deveria estar a PERNA da mulher. Preciso dizer mais alguma coisa?

3- kill Bill. 

Aqui também temos um protagonista que mete a porrada e mata todo mundo buscando vingança. E consegue!

4- Ninho de Musarañas (em inglês Shrew’s Nest).

Mais uma história irretocável de vingança feminina.

5- Lady Vingança.

Eu não entendi bodega nenhuma desse filme, então não posso falar para vocês da história, mas vale muito a pena ver. 

6- Bravura Indômita. 

Não conheço muita gente que fale maravilhas deste filme, mas eu gostei bastante. Ele também fala sobre vingança e eu acho que o filme é muto responsável, profundo e consequente com isso. O final é rico, mas bastante sutil.

Se eu fosse incluir o cinema nacional, eu incluiria:

7- Anjos do Sol.

Um dos filmes mais tristes que já vi na vida. 

8- Nina.

Em algum momento a parada fica muito doida demais da conta, mas dá para curtir o filme. 

Espero que vocês aproveitem e depois me digam o que acharam da lista!

Deadpool 2.

Cara, o melhor do filme do Deadpool, sinceramente, é ver os vilões morrerem mortes extremamente violentas e sanguinárias. 

Tem alguma coisa de muito bom em ver os caras maus se ferrando. Ainda mais com esses filmes nos quais os caras maus são essencialmente maus, maus até o último fio de cabelo, eles são maus e não mesmo, sem um pingo de bondade no coração, nenhuma possibilidade de redenção. 

Esse tipo de filme realiza na fantasia esse nosso desejo de ver os outros se ferrando terrivelmente. Uma atração primitiva pela violência (falando sem nenhum rigor científico).

Na fantasia apenas, vale ressaltar, e isso é maravilhoso. A fantasia serve para esse tipo de catarse na minha opinião. 

Mas, amigo, eu espero que você saiba, eu espero que todos saibam, que esse tipo de vilão, que é o diabo em pessoa, não existe na vida real. Então, curta o filme, ma não romântiza o herói. 

Na verdade, temos que falar sobre os super-heróis de um modo geral. Talvez o filme do Deadpool seja um alívio, em alguma medida, justamente porque os super-heróis geralmente são todos uns babacas de direita. Pelo menos o anti-herói já é todo zoado mesmo e isso acaba dando outro tom para a trama. O filme é assumidamente cheio de clichés ele brinca com isso, geralmente fica uma merda, mas eu até acho que o filme do Deadpool faz isso melhor do que os filmes que normalmente se propõem a fazê-lo. Então tá valendo.