Como amar e se sentir amado?

Não é todo dia que a gente tem oportunidade de pular na frente do tiro, ou do caminhão, ou se jogar de um avião pela pessoa que a gente ama. A maioria dos dias é comum e sem grandes aventuras. A maioria das vidas não é um romance de Hollywood. E parece que temos dificuldades em amar em escala cotidiana. Nesses dias comuns, dos pequenos e não dos grandes feitos, como fazemos para demonstrar amor e para nos sentirmos amados?
…Loucura insana…
Ele liga de cinco em cinco minutos, a outra segue o rapaz, aquela mãe não dorme enquanto o filho não chega, o outro briga com a namorada todo dia.
Se acreditarmos que não existe amor por trás dessas burrices que fazemos tentando precisamente demostrar o amor que afirmamos sentir, estaríamos perdidos. Somos todos capazes de amar, mas temos uma escassez de demonstrações positivas de amor. O amor vem em códigos e tem que ser decifrado. Ele vem disfarçado pela ansiedade, insegurança, pelas tristezas e mágoas.
Tanto nós que tentamos demonstrar o amor que sentimos, quanto nós que precisamos decifrar o amor do outro, sofremos.
Existe uma forma de amar que dói menos? Sim. Ela começa com o amor que sentimos por nós mesmos. E depois, vem a expressão do amor que sentimos pelo outro e a certeza do amor correspondido (seja amor romântico, familiar ou dos amigos).
Precisamos é de coragem para mudar as atitudes negativas em nós mesmos. E depois ver a mudança acontecer no outro (se não acontecer, você está com a pessoa errada. Parte importante desse processo é entender que nem todo mundo nos ama e que não precisamos dessas pessoas para sermos felizes).
Mas sabe o que eu quero dizer desde o começo com esse texto? Uma mensagem que de tão simples é complexa? Precisamos mesmo é de entender que o amor está nas pequenas atitudes de amor; em primeiro lugar e acima de tudo, o amor está nos gestos e nas palavras de amor. Loucura, como eu disse acima? Sim. Porque nós tendemos a achar que o amor está mas atitudes de preocupação, ciúmes, controle etc. Mas é simples assim: o amor está nas atitudes de amor. Tem amor nessas outras atitudes? Pode até ter. Mas não em primeiro lugar. Naquelas atitudes está, antes do amor, o medo de amar.
Como amar e se sentir amado, então? Tendo atitudes de amor.
No lugar de ligar dez vezes, dê um beijo quando seu amor chegar em casa.
No lugar de brigar todo dia, agradeça pela presença da pessoa em sua vida.
No lugar de ficar acordada esperando o outro chegar, acordem cedo e tomem um bom café da manhã juntos.
No lugar de seguir o outro, rceba-o com um elogio e um sorriso quando chegar em casa.
No lugar de criticar o tempo todo, dê valor às pequenas conquistas.
Comemore cada momento feliz.
Nada disso elimina o negativo, isso não existe, mas faz você viver também o que tem de positivo no relacionamento.

O que são esses domingos…

Não foi tempo suficiente.
Esse domingo arrastado, esse sol quente, essa comida boa, todo esse amor.
E amanhã, segunda feira, novamente eu vou sair cedo, você vai fazer qualquer coisa e eu vou ter que ficar fora até o sol se pôr e mais um pouco ainda.
E depois de novo, várias e várias outras vezes.
Só mesmo todo o amor do mundo para suportar sentir tanta dor assim por não poder passar todas as horas de todos os dias com você e ainda te amar cada vez mais e mais.

Psicologia positiva e Coaching: sobre a dificuldade de estabelecer e alcançar metas. 

Como é esse negócio de cumprir metas? Este é um assunto extremamente atual. Todo mundo tem uma meta, seja de malhar três vezes por semana… Melhorar a alimentação… Fazer aquela faculdade ou pós-graduação… Comprar um carro ou apartamento…. E as pessoas estão falhando em cumprir suas metas.
Eu fiz formação em Psicologia Positiva aplicada ao Coaching e atualmente, uma parte importante do meu trabalho no consultório, é o de ajudar as pessoas a estabelecer e alcançar suas metas.
Mas percebemos que trabalhar com metas não é tão fácil assim para muitas pessoas. Nesse texto é justamente essa dificuldade que eu quero abordar.
Por que as pessoas têm tantas dificuldades nesse processo? Alguns dos principais fatores que interferem no alcance das metas são:

1- Mudar os planos no meio do caminho: ao estabelecer uma meta, temos que evitar mudar de idéia é ir até o final. Quando mudamos de idéia muitas vezes não vamos conseguir cumprir a meta, pois nuca vamos investir nela por tempo suficiente. Mas, se você é como eu e não consegue fazer uma coisa só de cada vez, não tem problema. Você pode acumular metas, isso não é a mesma coisa que mudar de meta e abandonar um caminho pela metade.

2- Investir em metas que vão contra seus valores, princípios, propósito: não rola mudar a meta o tempo inteiro, você não vai chegar a lugar nenhum, mas se você escolheu uma meta que está te fazendo miserável, abandone-a, pelo amor de Deus!!! Sem culpa, sem remorso!!! Parte para outra porque essa meta que te traz majoritariamente emoções negativas, vai sugar toda a sua energia e a sua vontade de viver. Então, se este for o caso, desiste. Ok?

3- Reorganize a sua vida levando a meta em consideração: não vai dar certo perseguir uma meta, por exemplo, de ficar mais tempo com a sua família, se você não terminar aquela pós-graduação primeiro. Ou seja, ou seus recursos de tempo e dinheiro são limitados, portanto, seu planejamento de metas deve levar a sua disponibilidade de recursos em consideração. Eu público no Blog todos os dias e estou investindo no meu trabalho no consultório e como professora de pós-graduação. Quero me destacar no trabalho. Essas metas na área de lazer e ocupacional (trabalho e estudo) tomam atualmente grande parte dos meus recursos. Ano que vem, eu vou focar em outras duas áreas da vida. (Só para matar a curiosidade, as áreas básicas da vida são seis: ocupacional, patrimonial, lazer, saúde, espiritualidade, afetivo-emocional). Mas não dá para focar em tudo ao mesmo tempo. Não tem recurso para isso.

4- Falta de motivação: perseguir metas exige sacrifícios e dedicação. Se você não está tão motivado assim, vai ser difícil manter o pique. Então, saber claramente o que você vai ganhar ao atingir a meta e se sentir extremamente atraído por esse resultado é fundamental. Eu quero muito, muito, muito ser reconhecida na minha área, isso me dá forças para passar por mestrado, doutorado, pós-graduação, várias monografias etc. Porque eu acredito que ser reconhecido na própria área começa com competência (e depois passa por um bom marketing pessoal, não há como negar isso). Não é fácil. Mas o que eu vou alcançar é uma das coisas mais importantes do mundo para mim. Por isso eu vou seguindo (às vezes com a força do ódio, é verdade, mas, na maioria das vezes, com imensa alegria).

Ache sua motivação, avalie seus valores e veja se suas metas estão de acordo com eles, distribua seus recursos, organize sua agenda, assim você vai aumentar significativamente a chance de obter sucesso para com suas metas!!!

Pessoas interessantes. 

Elas andam por toda parte.
Essa é a resposta para uma pergunta que li num livro dia desses: “Por onde andam as pessoas interessantes”?
Por toda parte. É a resposta.
“Conversar com uma pessoa é como ler um livro”.
Sim. Todas as pessoas têm uma história interessante. Ou talvez seja apenas por acreditar nisso que eu seja psicóloga e escritora. Sinto uma imensa curiosidade pela vida das outras pessoas. Quero ouví-las, entendê-las, conseguir compreender o que estão sentindo. Nunca ouvi uma história chata. Se você ouvir por tempo suficiente, pérolas começam a brotar dos discursos das pessoas.
Nem sempre estamos dispostos a ouvir, é claro. Eu tenho meus dias nos quais estou tão submersa em meus próprios pensamentos que não tem espaço para mais ninguém dentro da minha cabeça. Mas isso não diz nada das outras pessoas e sim do meu momento.
Então esse papo de que “fulano é realmente interessante, Beltrano, não” (comentário que normalmente expressa um preconceito cultural que você ouve muito no meio de gente cult que se acha a cerejinha do bolo das capacidades intelectuais e artísticas) me irrita e desgosta muito.
Onde estão as pessoas interessantes? Olhe para o lado. Aí está ela.

Não tem nada de mais em sentir um pouco de sono. 

Ontem eu estava conversando com um amigo a respeito da dificuldade de dormir e acordar cedo. Eu falei das minhas experiências e ele das experiências dele. Sabe o que acabou funcionando para ele? Uma taça de vinho antes de dormir.
E aí? O que você acha? A partir de uma breve pesquisa, o Dr. Google se mostrou dividido. Médicos afirmando que uma taça de vinho por dia faz bem, outros dando a entender que isso era alcoolismo. Bom, vinho certamente me dá sono. Mas daí a fazer disso uma prática regular… Acho arriscado.
Sinceramente, desde o último texto que eu publiquei sobre dificuldades para dormir e experimentos para lidar com isso, eu tenho dormido bem melhor. Isso não significa que eu acertei o horário do sono. Ainda estou muito longe disso. O que eu fiz foi aliviar a pressão, tirar o peso do pensamento de que eu deveria dormir cedo, ou dormir sei lá quantas horas por noite etc. Então, eu vou dormir na hora que decido, sem pressão. O desafio? Tenho hora para levantar seis dias por semana. Mas paciência. Tem que levantar, tem que levantar e ponto. Qual é o problema de ficar com sono no fim das contas? A gente faz disso um bicho de sete cabeças também, não é? Não é nada demais ter um pouco de sono ao logo do dia. Quando isso acontecer com você, diga a si mesmo: “isso não é nada demais. Eu estou bem. Esse sono não é ameaçador para mim”. Em casos muitos raros você vai morrer por falta de sono (muito, muito, muito raros e não, provavelmente esse não é o seu caso. E se for, não se morre por falta de sono de uma hora para outra. Vão haver sinais e você vai receber tratamento adequado antes dessa catástrofe acontecer). Ok. Os prejuízos podem se acumular e ser grandes (ainda que você não venha a morrer de sono, suas funções normais de pensamento e comportamento podem ser afetadas), mas essas pessoas que sofrem com essa situação não vão realmente resolver o problema lendo textos de blogs. Esses casos mais graves requerem cuidados medicamentosos. Esse não é o caso da grande maioria das pessoas que têm dificuldades para dormir. Os maiores responsáveis por isso são o estresse e a ansiedade. E isso sim você pode entender melhor e começar a trabalhar lendo textos e compartilhando experiências com outras pessoas (ressaltando que a terapia psicológica pode ajudar muuuuito essas pessoas que sofrem com estresse, ansiedade e perturbações do sono. O psicólogo vai acompanhar o seu caso em particular e trabalhar junto com você para resolver o problema. Isso é super válido e importante).
Sendo assim, faz todo sentido o que eu falei. Tire a pressão do sono e você já vai dormir melhor. Além disso, busque recursos! Se você está lendo esse texto já é um bom sinal. O próximo passo é dar um pulo no youtube. Tem quinhentos mil vídeos para ajudar as pessoas a dormir. Algum vai funcionar para você, eu tenho certeza. Acredite: você apenas ainda não achou o recurso certo para você. Mas ele existe. Continue procurando. Você vai encontrar.

O efeito dos estresses da vida. 

Que loucura isso.
Eu já escrevi cinco textos hoje. E não gostei de nenhum deles para postar.
Comecei a me perguntar “que porcaria é essa que está acontecendo? Por que eu não consigo postar”?
Me ocorrem duas possibilidades de resposta para essa pergunta. Uma: eu estou muito estressada nesses últimos dias. Dormindo pouco, trabalhando muito, comecei a escrever a tese do doutorado (o que vai render ainda muita sofrência)… Enfim, uma série de coisas que me geram muita ansiedade se concentraram nesses últimos dias e isso está me afetando em diversos níveis. Ok. Acho que isso daria conta sim de explicar a minha dificuldade. Você já sentiu isso? Tem dias que, mesmo as coisas que você está acostumado a fazer simplesmente não dão certo. Tipo aquela roupa que você já usou várias vezes, mas um belo dia você acorda se sentindo meio inchada e aquela mesma roupa que você já usou tanto fica terrível e desconfortável em você? Pois então.
Mas aí temos também a segunda explicação. O tempo que eu me comprometi a escrever no logo está acabando e eu já estou sentindo os efeitos da minha “síndrome do ninho vazio”. Algo com que eu estou muito acostumada está prestes a me deixar. Pois é. Eu poderia renovar o compromisso, mas, por algum motivo, estou com medo de fazer isso. Talvez não medo exatamente…. Medo sim, na verdade. Sabe medo de que? De me decepcionar. Mesmo escrevendo todos os dias por um ano tem várias idéias que eu tive que não coloquei em prática no papel. Se eu interromper o processo ao final desse um ano eu vou poder pensar: não houve tempo suficiente. Mas e se eu continuar e nunca realizar os tais projetos? Aí eu vou ter fracassado. Essa estratégia você conhece? Nunca dar tudo de si, procrastinar, nem tentar para começo de conversa. São todas estratégias que nos protegem dos nossos fracassos e incompetências (sejam eles reais ou imaginados ou catastrofisados por nós).
Bom, eu ainda tenho algum tempo para pensar nisso. Por hoje eu não estou muito bem e vou ficar por aqui mesmo.

Histórias positivas. 

Faça um grande favor a si mesmo (vale para mim também).
Ao longo de uma semana (sugiro que você inicie imediatamente, comece hoje) anote, todos os dias, uma história positiva a respeito de você mesmo. Não seja tímido ou modesto, não subestime as coisas positivas que você fez. Se você tiver dificuldade em pensar em alguma coisa, lembre-se: ninguém é tão mal que nunca tenha feito nada de bom e ninguém é tão bom que nunca tenha feito nada de ruim. Se esforce e encontre histórias de coisas boas que você fez. Depois, anote essas história em um caderno, uma por dia. Ao final de uma semana releia todas elas e escreva quais foram as suas qualidades pessoais que apareceram nestes relatos.

Vou fazer do meu primeiro, um exemplo público.
Recentemente o Tom, meu gato, chegou aqui em casa depois de ter sido resgatado pelo meu tio. Tom chegou há mais ou menos duas semanas. Antes dele chegar e também depois que ele chegou, eu fiz tudo que foi possível, além do que era necessário, para que ele tenha uma boa vida de gato. E tenho me empenhado para que ele viva bem e feliz.

Viu? Também não precisa ser nenhum milagre ou fato espetacular que você precisa narrar nas suas experiências. Podem ser coisas simples e boas a respeito das suas qualidades. Depois me conta!

O lado bom de pagar mico. 

Se fosse para cantar bem, eu ia para o The Voice, se é para cantar no karaokê, é para pagar mico mesmo.
As pessoas geralmente têm muito medo de pagar mico. Eu não mais. Acho que é porque eu sofria bullying na escola. Me incomodava muito quando riam de mim e eu tinha dificuldade de fazer amigos. Quando eu comecei a superar toda essa situação escrota, comecei a lidar melhor com as futuras ocasiões nas quais as pessoas riam de mim. Como assim? Quando pessoas que não gostam de você riem de você, isso machuca. Quando pessoas que gostam de você riem de você, você fica feliz por vê-las felizes e você sabe que elas não estam rindo por mal. As pessoas riem da gente porque às vezes fazemos coisas estúpidas e engraçadas mesmo. Eu meio que comecei a fazer graça propositalmente em algumas situações. Então, quando eu saio para cantar no karaokê, eu faço isso com vontade e sem vergonha. Claro que, com o passar do tempo, eu passei a cagar também para os babacas que riem de mim com maldade no coração. E ei comecei a perceber uma diferença entre esses dois tipos de pessoas que riem de nós: as que nos amam e as que não nos amam. As que nos amam riem de coisas realmente engraçadas que nós fazemos. Aquelas que não nos querem bem riem de coisas que não são engraçadas. Elas riem das coisas que nos magoam, das nossas fraquezas. Então, não ligue para esses babacas que querem nos fazer sofrer, mas não se reprima. As risadas daqueles que estão ao nosso redor nos fazem bem. Não tenha medo de pagar mico na frente de quem ama você.