Sete coisas que aprendi em sete dias.

Hoje eu atingi a primeira parte da minha meta: escrevi sete posts para o Blog em sete dias.
Comemorei fazendo compras em uma papelaria!
Essa experiência não tem sido fácil, mas eis o que eu aprendi até agora:

1- A ação vem antes da motivação.

Quando eu comecei a escrever, eu não estava super motivada. Eu tomei a decisão de investir no que eu queria e coloquei a mão na massa. A motivação veio vindo com o tempo e o resultado do trabalho.

2- É essencial batalhar pelo tempo para fazer o que amamos.

Muitas vezes ficamos massacrados pelas obrigações e começamos a acreditar que não há tempo para hobbies ou atividades prazerosas. Mas o que acontece é que quando fazemos apenas coisas que sugam a nossa energia nós passamos a render menos nas obrigações. Ficamos cansados, estressados e com pressa para fazer logo tudo que tem para se fazer. Nesse ritmo, nós acabamos não fazendo nada direito. Recarregar as baterias com coisas boas nos torna mais eficientes e produtivos.

3- Temos que desromantizar nossos sonhos de futuro.

O que eu disse no ponto 2 é algo extremamente difícil de se colocar em prática. Não é a minha intenção que este seja mais um post motivacional que dá dicas impossíveis de serem colocadas em prática. Eu levei dez anos para atingir metade do que eu sonhava que fosse ser a minha vida e o meu eu ideais (faltando ainda especialmente o dinheiro!). Sigo em direção a um longo período de melhorias pela frente e eu vou morrer sem chegar ao 100%. Mas isso não importa! A gente precisa superar o sonho Disney e entender que as coisas nunca vão ser como essa fantasia louca que a gente tem na cabeça. O que não quer dizer, de maneira nenhuma, que a vida vai ser ruim ou incompleta. Quer dizer que nós somos educados para creditar no pote de ouro no final do arco-íris e que, se nós não o encontrarmos (e ficarmos com ele inteiro para nós, sem dividir) jamais seremos felizes. Compramos o que temos com o pote de ouro inexistente e ficamos infelizes.
A moral da história é que sempre tem espaço para melhorias na nossa vida, mas a vida nunca vai ser como sonhamos porque o nosso sonho é uma mentira. E é ok que as coisas sejam assim.

4- Até aqui concluímos que a perseverança é a alma do negócio!

A nossa conclusão parcial é: persevere sempre. É a única forma de conseguir o que desejamos.

5- Dê pequenos passos em direção a sua meta antes de começar a correr.

Eu errei nesse ponto. Tem sido difícil para caralho escrever todo dia no Blog e eu estou com muito medo de falhar. Eu decidi no impulso começar e eu fiz o meu planejamento depois do primeiro post. Isso foi um erro. Eu devia ter ido com calma e me programado com mais antecedência para este empreendimento. Agora estou me sentindo pressionada, achando que dei um passo maior do que a perna. Não cometa esse mesmo erro. Mas, se cometer confie em si mesmo. E se você falhar, respire fundo e tente novamente!

6- Procure apoio.

Qualquer empreendimento tem mais chances de ser bem sucedido se você tiver com quem contar. Seja o seu marido para ler seus post antes de você postá-los (te amo, amor!); seja um amigo que vai acolher o seu desespero no dia que você não tiver o que escrever; seja a sua mãe para compartilhar tudo que você escreve para te dar uma força (também te amo, mãe!).

7- E, finalmente, confie em você mesmo.

Dando certo ou fudendo a porra toda, confie em si mesmo e seja feliz!

Quem vai ficar com a televisão? 

– Eu quero a minha TV de volta.
– E eu quero o meu tempo de vida de volta!!! Eu quero todo o tempo que você roubou de mim. Todo o tempo que eu passei cozinhando para você enquanto você estudava, todo o tempo que eu passei lavando sua roupa enquanto você trabalhava, todo o tempo que eu passei trepando com você enquanto você me humilhava.
– A sua comida nem era tão boa assim, as roupas não ficavam tão cheirosas ou bem passadas e trepar era obrigação mesmo. Ainda assim, eram essas coisas que faziam de você uma mulher decente e digna do meu amor. Mas agora eu vejo que o que tinha de melhor em você era falso. E logo agora que eu ia finalmente te pedir em casamento. Você não devia ter feito isso. Você perdeu o único homem que ia te tratar com decência apesar de você ser desse jeito. Agora, devolva a minha televisão!
– Não! Não devolvo porra nenhuma!
– Eu devia imaginar que além de tudo você ainda era ladra. Não tem palavra. Mas eu não sei o que eu esperaria de uma pessoa como você mesmo. Todas os encartes dos meus preciosos CDs estão mercados com as suas digitais, algumas capas estão com os dentes quebrados, tudo isso apesar de eu ter dito explicitamente a você que não queria que fosse retirado o plástico protetor com o qual eu encapei cuidadosamente cada um dos meus CDs, muito menos que você os escutasse. Há linhas que foram puxadas dos colarinhos das minhas camisas por conta do seu desleixo. Boa sorte encontrando um outro homem para aturar esses seus defeitos.
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– Ela é uma ladra. Não tem palavra, nem honra. Uma vadia que me enganou se passando por Santa.
– O que que ela fez que te deixou assim tão chateado? Vocês terminaram brigados?
– Ela ficou com a TV.
– Que TV?
– A que eu comprei para o apartamento.
– Tá de sacanagem?
– Foi imoral da parte dela, exatamente.
-Não! Tá de sacanagem você! Você me falou que hoje em dia se arrepende, mas que chegou a agredi-la! E ficou puto porque ela te devolveu todas as suas coisas, mas quis ficar com a TV?! Ela devia ter te denunciado! Você devia estar atrás das grades! Você é um agressor de mulheres! Olha, rapaz, acho que não vai dar para a gente continuar junto não. Tava muito bom, a gente tava se conhecendo, mas essa conversa de hoje foi esclarecedora e me abriu os olhos.
– Eu entendo. Hoje em dia é muito difícil encontrar uma mulher decente…
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– Então, o babaca te contou que agrediu a namorada e tava puto por causa da TV e meia dúzia de caixinha de CD quebrada?!
– Pois é! Aí eu falei que era melhor a gente não se ver mais e ele começou a me humilhar, sabe? Dizendo que não tem mulher decente no mundo além da própria mãe dele.
– Ui!
– Exato! Ele já estava querendo me enredar naquele joguinho de culpa como se ele fosse o maioral. Discursinho machista que ele deve te usado para aprisionar a ex dele, coitada.
– Surreal…
– Mas aí, amiga, você não vai acredita no que aconteceu depois!
– O que?
– Ele virou para ir embora cheio de si, não é, satisfeito porque tinha me colocado no meu lugar. Só que tinha essa rua lá que ele estava atravessando quando eu gritei mandando ele ir tomar no cú. Menina… ele virou de súbito na minha direção, eu tive certeza de que ele ia partir pra cima de mim e me enfiar a porrada, mas estava vindo um ônibus em alta velocidade que atropelou ele e o partiu em mil pedaços.
– Caramba, amiga! Imagina como é que você deve ter ficado!
– Fiquei muito puta, né!?
– Hm?
– A mão dele não foi separada do corpo com a violência da batida e não foi me voar na minha cara!
– Mentira!
– Te juro!

Fotograma do Prólogo do filme “O Anticristo”

Uma mulher olha para um homem que a deseja.

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Eles fazem amor.

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O casal não se preocupa com nada ao seu redor.

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Um ursinho flutua carregado por um balão.

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As páginas de um livro voam com o vento, os bonecos ficam parados.

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O ursinho olha pela janela.

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O casal ignora a tudo e a todos.

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A criança se encanta com os flocos de neve.

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A criança não tem noção do que faz.

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O sexo acaba com o orgasmo da mulher e, no mesmo instante, a criança cai da janela.

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O que é e como fazer Blackout Poetry. 

Tenho feito experimentos com Blackout Poetry. Esta técnica e outras, como a Caviardage, parecem ter tido origem na ação de censurar um texto, apagando certas passagens do mesmo com um grifo preto.

Atualmente existem inúmeras formas de se fazer Blackout Poetry. Mas o essencial é que você deve pegar uma matéria de jornal ou uma página de um livro (ou qualquer outro texto que desejar) e olhar para ela, sem necessariamente ler com muita atenção, envolvendo as palavras ou passagens que chamarem sua atenção. Depois, você pode cobrir o resto do texto da forma que quiser! (Veja um exemplo no final do post).

A técnica ainda mostra como são equivocadas idéias muito arraigadas e tradicionais, como as de autoria e de originalidade.
Normalmente pensamos no autor como aquele que se fecha em uma cabana no meio do mato e cria algo inédito a partir da folha em branco. Ele sai de seu refúgio com sua grande obra em mãos. Mas o autor nunca está só e a folha nunca está verdadeiramente em branco, sempre há algo por detrás do que escrevemos, outros lugares, outras sensibilidades que tiveram acesso às mesmas coisas. E o que nós condensamos e colocamos no papel não é nada além da nossa forma de acesso a um conteúdo que é essencialmente compartilhado. Nada é verdadeiramente nosso. Como poderia ser? “Escrita é citação em cima de citação”.
A Espanhola 

Insolente

Mundana

Tingia os cabelos

Doidivana

Rara

Levantava o vestido

À vista 

Em pleno amor

Mofo na parede ou pombo na janela.

Estava brigando hoje de tarde com meu marido.
Eu estava super empenhada em fazer um discurso coerente, com uma boa argumentação apontando onde eu havia falhado…. Onde ele havia falhado…
Ele já não se mostrava tão interessado na discussão.
Eu não estava me aguentando:
– Eu queria ver, só ver!, o que é que ia acontecer se eu começasse a lidar com os problemas da maneira que você lida? O que aconteceria se começasse a nascer mofo na parede da nossa casa e nós resolvessemos simplesmente ignorar o problema? Ou cupins?
– Amor, a questão é que, para você, esses pequenos problemas do dia a dia são assim, como esse mofo na parede de que você falou ou como cupins que vão ruir a estrutura do relacionamento. Para mim, os problemas que nós temos são como um pombo que pousa na janela: vira e mexe você vai lá e espanta, mas não é nada de mais. Não afeta em nada o relacionamento.
Pensei por um tempo…
– Ok, amor. Você tem razão. Eu acabo perseguindo todas as discussões com muita seriedade. Mas quando eu começar a me empenhar em uma discussão que você achar desnecessária, você fala para mim que se trata apenas mais um pombo na janela para você. Quando você fica apenas se esquivando eu vou ficando cada vez mais irritada.
– Tudo bem. Eu posso tentar fazer isso.

Existem coisas na vida que são mesmo muito complicadas. Em outras ocasiões a dificuldade vem apenas da nossa cabeça-durice.

Planeje-se

Eu sou Coach Pessoal e Profissional. Como Coach (profissional que auxiliar no estabelecimento e alcance de metas) senti que não podia falhar no segundo dia após estabelecer uma nova meta para mim mesma. Ainda não! Então, eis o meus segundo post em dois dias!
Hoje eu sentei e me programei. Estabeleci um plano que vou seguir, espero, ainda por muito tempo.
Um post por dia.
Como fazer isso?
Depois de definir uma meta, temos que transformá-la em algo palpável. Para isso precisamos saber uma série de coisas a respeito desta meta.

Quando:
Eu estabeleci marcos para que eu pudesse comemorar o cumprimento da meta. A primeira semana; os primeiros três meses e o primeiro ano. Então, vou comemorar quando eu atingir o objetivo de postar um texto por dia no Blog a curto, médio e logo prazo.

Tema:
Os posts vão ter temas específicos? Eu vou restringir o conteúdo do meu Blog? Decidi que não.
Acho que vou conseguir me manter mais motivada se puder escrever sobre qualquer tema que eu quiser trabalhar.
Vale até mesmo uma foto que funcione como uma narrativa.

Como:
Vou postar a qualquer momento dentro das 24h do dia.
Vou dedicar em torno de uma hora por dia para escrever o texto. Vou usar o pomodoro (comento sobre essa técnica no futuro) para marcar o tempo. Aí não está incluído o tempo de pesquisa, que será irrestrito.
Vou escrever com o que estiver a mão.

E se eu quiser desistir:
Fiz um cartão para me lembrar do motivo pelo qual eu estabeleci essa meta. Porque amo escrever. E eu estava deixando essa paixão de lado por conta do peso das obrigações do dia a dia. O cartão é lindo e fica guardado na capa do meu celular – portanto está sempre comigo rs. Quando eu desanimar vou recorrer a ele para lembrar o motivo pelo qual estou fazendo isso.

Trasformar nossos objetivos em planejamentos concretos é o que faz com que eles deixem de ser apenas sonhos para se transformarem em realidade.
Isso vale pra você também. Tente sentar e colocar os seus sonhos no papel. Organize-se para correr atrás deles!

Mergulhe de cabeça no que você ama. 

Existem alguns momentos na vida que te enchem de gás.
Mas, depois de alguns desses momentos, você percebe que era tudo apenas fogo de palha.
Ficamos com a pergunta: é melhor agir sempre com cautela e não nos precipitarmos, pensar duas vezes antes de agir e observar bem a situação para tentar ver melhor no que vai dar, assim, se tudo der errado não vamos nos decepcionar no final; ou devemos sempre mergulhar de cabeça?
Li um texto recentemente (link no fim do post) que nos diz que se nos enxergarmos sempre como “aspirantes”, nunca chegaremos a ser o que aspiramos ser. Temos que simplesmente ser aquilo que queremos ser.
Então, está bem. O que isso quer dizer?
Para mim, quer dizer que devemos mergulhar de cabeça. Acho que o problema dessa conclusão é que a sociedade está programada para nos colocar para baixo. Temos essa idéia de que mergulhar de cabeça em algo que desejamos fazer ou ser é algo errado e imprudente. Mas eu afirmo para você que não é. Mergulhar de cabeça significa se empenhar ao máximo em correr atrás dos seus sonhos sem se colocar em risco (o que, muito provavelmente atrapalharia a realização de qualquer sonho que você possa ter).
Veja o meu caso, por exemplo. Vou mergulhar de cabeça na escrita. Vou seguir o conselho do autor do texto e, como o que eu quero é ser escritora, vou me autoproclamar escritora a partir deste exato momento e vou me propor a escrever todos os dias para o Blog. Mesmo que ninguém leia, mesmo que eu falhe (como eu tenho certeza de que vai acontecer), eu não me importo e isso não fará de mim menos escritora.

“121 Unusual Tips to Being a Better Writer” @girard_yann https://medium.com/@girard_yann/121-unusual-tips-to-being-a-better-writer-cb35eb2f54a3