Um ano de textos publicados diariamente!

Meta cumprida. Publiquei um texto por dia durante 365 dias.
Parabéns para mim!
Obrigada.
Foi muito importante esse processo. Acho que o hábito de escrever está criado, agora é só fazer a manutenção.
Eu aprendi muito neste ano sobre o meu processo de escrita.
E mudei muito também.
O nosso processo de escrita tem que ser respeitado. Em primeiro lugar, precisamos tomar conhecimento dele, ir experimentando, ver o que nos serve e o que não é para a gente. Depois, temos que respeitar esse processo e procurar aprimorá-lo. Tenho procurado também aplicar ele processo a outras áreas da minha vida. Exercícios físicos, por exemplo.
A gente não tem que se enquadrar no que está todo mundo fazendo (ou tentando fazer), temos que descobrir o que funciona para nós e mergulhar fundo. Sabe o que eu descobri que funciona para mim? (É um pouco embaraçoso, mas eu vou revelar). Colocar aulas de zumba e hip hop no youtube e dançar junto! Esse tipo de coisa sempre aparece em filmes toscos norte-americanos e em desenhos animados japoneses. Eu resolvi experimentar depois de rever um episódio de Dragon Ball na TV um dia desses – pasmem vocês! Dragon Ball na TV! – e, no episódio em questão, tinha um personagem assistindo aqueles vídeos de ginástica que mostram as pessoas malhando e você, supostamente, deveria acompanhar. Então eu pensei: cara, deve ter esse tido de vídeo só que de dança! E tinha! E o que eu amo fazer? Dançar! Eu já danço em casa normalmente, mas esses vídeos trazem movimentos específicos que servem para exercitar o corpo. Sem orientação eu geralmente apenas só faço me sacudir loucamente colocando as energias para fora. Meu canal favorito do YouTube desse tipo de coisa: https://www.youtube.com/user/superherofitnesstv.

Entender que para mim não serve ir para a academia, abriu espaço na minha vida para as atividades que eu realmente vou conseguir realizar e que vão me trazer satisfação. Por enquanto ainda não estou tratando essa atividade como um hábito, mas a partir de hoje, que já é uma data importante para mim por conta do niver do blog, eu vou estabelecer a meta de fazer exercício pelo menos uma vez por semana.
Esse é o segundo segredo. O primeiro é descobrir o que funciona para você. O segundo é começar pequeno. Eu sei que escrever um texto por dia não é exatamente pequeno, mas comparado ao que eu tinha em mente…. Que era escrever um texto foda todo dia, eu estabeleci um objetivo “pequeno”. Na verdade eu estabeleci que não existiriam regras para os textos que publiquei esse ano. Apenas que eu deveria publicar um por dia durante o ano. Mas não tinha regra de horário para escrever, para publicar, nem tamanho do texto, nem tema. Eu só queria sentar e escrever nem que fosse uma linha por dia. Além disso, escrever é a paixão da minha vida, fazer exercícios físicos não é. Então, começar pequeno, para mim, em termos de malhação, ou seja, passos para eu cumprir esta nova meta: o que funciona para mim é a dança e começar pequeno significa uma vez por semana por quinze minutos.
Por que eu estabeleci esta meta neste texto especificamente?
Porque eu decidi que meu “ano novo” vai ser 13 de Setembro de hoje em diante. Vai ser o dia das minhas resoluções. Não que eu não possa criar e me comprometer com novas metas em outros momentos, mas esta data se tornou simbólica para mim, por isso, eu vou procurar sempre fazer um upgrade na minha vida nesta época do ano.
A próxima questão é: o que fazer agora que a meta foi cumprida? Como vai ser a minha rotina de escrita de agora em diante? Eu vou fechar o Blog?
Bom, estou pensando em continuar me empenhando para escrever todos os dias, mas agora sem a pressão de ter isso como meta, o que vai significar, principalmente, sem horário. Como eu sou uma pessoa da noite, muitas vezes eu começo a ficar ativa lá para as dez da noite e aí eu ficcava com pouco tempo para escrever antes de dar meia noite. Agora, provavelmente, vão sair textos lá para a uma da manhã!
E sim, eu vou continuar escrevendo no Blog.
Eu tive uns insights valiosos ao longo deste processo. Eu percebi que eu posso nunca virar o Machado de Assis (sim, eu sonho alto, mas eu também sou flexível). Na verdade, eu percebi que fazer sucesso com a escrita pode sim significar que você é bom, mas isso não é necessário. Mergulhando mais nesse universo, eu conheci muita gente boa que não é famosa e não ganha dinheiro com a escrita, e muita gente que ficou rica e famosa escrevendo que não escreve bem. Então, escrever no Blog passou a ser suficiente para mim. Eu até pretendo publicar mais livros físicos (eu já tenho um livro físico publicado independentemente), mas isso vai ser consequência, não objetivo.
E eu não acredito nisso de que escritor de Blog não é escritor de verdade. Tem muita gente boa aqui no WordPress! Muita! A galera está de parabéns! Fazendo o paralelo com a malhaçao novamente, a idéia é querer estar saudável e não necessariamente ser bombadona.
O que me leva à última questão importante. Eu não me importo mais em ser uma “boa escritora”. Eu só quero escrever. Às vezes eu acho meus textos chatos, às vezes eu acho que eles estão ruins, às vezes eu acho que estão uma merda…. E, em outros momentos, eu acho os meus textos perfeitos! Mas em todas as vezes que eu escrevo, eu me sinto bem. E eu percebi que é isso que importa. Quando eu fico batendo cabeça tentando “melhorar” o texto, eu sinto que perco a naturalidade da coisa e um pouco do prazer o do sentido que isso tudo tem para mim. E, pior ainda, eu nem sei se consigo realmente melhorar o texto mesmo quando eu tento!
Não que eu não tenha me divertido estudando técnicas de criatividade e de produção literária. Eu amei! Quero continuar me aprimorando nesse aspecto. As técnicas são muito legais, inclusive para objetivos terapêuticos. E a cerejinha do bolo, a base do meu estudo da literatura, é a leitura e a própria prática de escrita.
Como foi para mim chegar até aqui? Maravilhoso. A escrita fez muito por mim. Muito mais do que eu imaginava. Eu cumpri a meta. Eu vou para sempre me lembrar dessa vez que eu consegui! Eu consegui! Eu me sinto mais capaz de criar e perseguir outros projetos. E eu vou fazer isso no futuro!
Como eu falei, isso não é uma despedida. Então, próximos passos: continuar escrevendo aqui no Blog, dando ainda mais asas à criatividade e exercitando a minha liberdade sobre a folha do papel!

Amanhã é dia de comemorar. 

Subindo e descendo num escorrega espinhoso e barulhento.
Brincadeira de criança que arranha e me faz enrugar a cara numa expressão de nervosismo.
Não sei de onde veio essa imagem. Do ápice da minha tensão.
Eu não acredito que vou concluir a meta. Sinto vontade de me sabotar de alguma forma. Parece que foi fácil demais, difícil demais, tudo ao mesmo tempo.
Mas deu tudo certo, apesar de toda a minha desconfiança. Talvez tenha dado certo porque o que não faltou foi comprometimento. Não foi fácil todos os dias e eu tenho certeza de que não será sempre fácil no futuro. Mas eu tenho que confiar nas minhas capacidades. Mesmo quando eu não confiei verdadeiramente, eu fingi. Fingi que sabia o que dizer, fingi que sabia quais eram as palavras certas, fingi que era isso mesmo que eu queria fazer da minha vida, fingi… Até voltar a ser verdade ena minha mente o que eu sempre sei em meu coração.
Amanhã vai ser um dia de comemoração apesar de tudo e eu sei que estarei muito feliz.
Espero conseguir dar os próximos passos. Continuar escrevendo e ampliando meus projetos. Sim, com esse grande acontecimento vêem grandes responsabilidades. Responsabilidade de continuar sonhando e perseguindo meus objetivos. Responsabilidade de não me decepcionar; não porque tudo tem que acontecer de uma determinada maneira, mas porque eu não posso mais deixar de lado as coisas que amo fazer. Responsabilidade comigo mesma em primeiro lugar. Em me fazer feliz e realizada.
E a palavra certa para este momento? Gratidão.

Sobre a reta final e agradecimentos. 

Quanto mais eu me aproximo do tricentésimo sexagésimo quinto texto, quanto mais perto do um ano de publicações diárias eu chego, mais eu sinto que tenho a dizer e a escrever. Novas idéias, novos projetos.
Eu ainda tenho muitas pessoas especiais a agradecer pelo apoio e carinho ao longo do projeto.
Hoje eu gostaria de mencionar essas pessoas.
Primeiro ao meu fantástico marido. Neste exato momento eu estou aqui em pé na porta da cozinha escrevendo enquanto ele termina o preparo do jantar. Sem esse apoio, ajuda e compreensão muitos destes textos não teriam sido possíveis.
Minha mãe, que leu TODOS os textos que eu escrevi. Revisou, comentou, sugeriu temas e, principalmente, me encorajou desde o início.
Minha sogra também acompanhou tudo muito de perto, sempre lendo e comentando. Muito obrigada pela dedicação. Todos os comentários foram muito importantes para mim.
Meus amigos queridos que sempre me animam quando a coisa aperta e que sempre oferecem apoio e incentivo. Alguns amigos em especial, Natalia, Rodrigo e Juliana participaram mais afundo nessa aventura. A gente ainda vai produzir literatura junto!
Minha Coach de escrita, Eliana, também foi muto importante nesse processo. Me mostrou a importância do comprometimento com a escrita e abriu meus horizontes. Me apontou numa direção que foi muito frutífera para mim. Sei que estamos afastadas, mas sinto que ainda temos mais histórias para viver.
Obrigada também a todos os que acompanham o trabalho. Muitas vezes, para mim, vocês são números nas estatísticas do blog, mas eu nunca nunca nunca esqueço que cada numerozinho é um leitor e eu quero que você saiba que você faz parte da minha vida. Você está presente a cada momento do meu processo. É uma relação intensa para mim. Eu tenho conversas e mais conversas imaginárias com você, leitor, nas quais me emociono, agradeço elogio, choro com as críticas e defendo minhas idéias. Sem você esse trabalho teria muito menos sentido e seria bem menos divertido e desafiador.
Eu sei que este texto está com cara de despedida, mas não é disso que se trata. No entanto, este é sim o encerramento de um ciclo.
Estamos na reta final desta temporada (espero que não de uma temporada como as de Lost – que começa bem e termina chata e sem sentido e sim de uma série boa como Breaking Bad), mas estamos longe do fim da série.

Aniversário de onze meses do Blog.

Cumprimos onze meses da meta. Podemos começar a contagem regressiva.
Acho que atualmente eu já posso falar alguma coisa sobre o alcance de metas.
Nem sempre é fácil. Então a primeira coisa é alinhar a sua meta com o que você realmente valoriza e deseja para a sua vida. Metas que vão contra seus valores ou que não dão vazão aos seus verdadeiros desejos não vão sair do papel. É necessário empenho, dedicação e, algumas vezes, abrir mão de algumas coisas em prol do cumprimento da meta. Se você estiver insatisfeito com o que você está perseguindo, vai ter problemas e pode fracassar no seu objetivo.

Antes de definir sua meta pense:

1- O que eu quero para o meu futuro?
2- Como esta meta vai me deixar mais próxima deste objetivo?
3- Ela vi contra algum dos meus princípios?
4- Do que eu vou ter que abrir mão para cumprir esta meta?

Se a resposta para alguma dessas perguntas não te agradar, reformule a meta.
Para mim, a meta de escrever todo dia faz muito sentido. Eu gosto de escrever. Muito. Queira fazer algo que me fizesse aprimorar esta habilidade e que me fizesse me considerar escritora. Isso é algo importante para mim, que eu valorizo. Escrever todo dia era o que eu achava que precisava para poder me olhar desta maneira. A escrita fez parte e é muito presente na minha vida até hoje. E eu não me imagino sem isso no futuro. Então você pode ver como eu me dedico a este objetivo com muito amor e determinação. Nem todo dia é fácil (na maioria deles é difícil), mas a recompensa é enorme. No meu cálculo, vale muito a pena o sacrifício. Quando eu começo a escrever, quando eu vejo um texto rascunhado, quando ele fica pronto. Aprecio todas as partes do processo. É por isso que esta meta eu consigo cumprir.
Mais um mês e vou completar um ano de textos diários. Está na hora de começar a fazer um balanço desta empreitada e de pensar no futuro.
Todas as metas são assim. Depois de cumpridas, temos que fazer um balanço do que alcançamos e de programar os próximos passos.

Aniversário de dez meses do Blog! 

Quem diria que isso ia aconteer. Sexta feira treze (significativo) e aniversário de dez meses do Blog. Realmente em muitos dos dias que se passaram foi assombroso escrever. Tanto no sentido de filme de terror – o pavor de sentar diante da tela em branco, pior do que dar de cara com Jason Voorhees – quanto no sentido de que eu fiquei muitas vezes positivamente espantada com os textos que escrevi. (Sim. Me permito ter orgulho de alguns dos meus escritos).
Pois é. Estamos muito mais próximos do final da meta de escrever todo dia no Blog do que do começo. Dez meses. Não sei se eu acreditava, no início dessa empreitada, que eu chegaria até aqui. Agora só faltam mais dois meses.
Eu achei que esse projeto esgotaria a minha criatividade, mas, na verdade, aconteceu o contrário. A criatividade é como um músculo: quanto mais você exercita, mais forte fica. (Algum autor famoso já disse isso? Modéstia a parte, achei genial a metáfora).
Já começo a me perguntar sobre o destino do Blog depois do dia 13 de setembro, quando chegaremos ao aniversário de um ano…
E já estou tendo algumas idéias para comemorar essa conquista. Penso em imprimir e encadernar todos os textos. Vai ser o meu “troféu” por cumprir essa meta. Algo para me manter motivada para correr atrás dos meus objetivos e me lembrar sempre que é possível. Fica a dica, hein. A gente costuma se lembrar com muita facilidade dos fracassos, mas não se lembra ou não valoriza os sucessos. Eu vou imprimir esses textos para nunca esquecer ou minimizar essa parte da minha vida. Você se lembra dos seus sucessos? Você os desvaloriza? É difícil mesmo. A gente tende a focar no negativo. Por isso é bom termos algo que nos lembre constantemente daquilo que já conquistamos.
Além disso, penso em continuar escrevendo sim. Talvez não todo dia porque isso dificulta a realização de projetos maiores. Quero começar a trabalhar textos de ficção mais elaborados, sei lá… (Posso falar sobre isso melhor no balanço final do Blog, mas já posso adiantar. Eu fui percebendo que uma das tendência que eu venho seguindo é a de fazer pequenos textos de autoficção. Trata-se de uma escrita que parte das experiências reais do autor, que ganham uma roupagem ficcional na narrativa. Além disso, com frequência eu também escrevi reflexões a respeito de temas que me mobilizam intimamente).
Mas o principal é que eu não quero deixar o hábito de escrever todo dia morrer. Aliás, esse era o propósito original. Eu queria criar precisamente esse hábito de escrever todo dia. E, de quebra, eu fui trabalhando a minha vergonha das pessoas lerem o que eu escrevo. Então, também foi importante esse eprocesso de construir autoconfiança.
Independente do que acontecer, a minha idéia é que o Blog continue sendo esse local experimental de desenvolvimento da minha escrita. Por quê? Porque escrever me faz muito bem. E esse é todo motivo que eu preciso para continuar escrevendo.

Você quer que eu escreva sobre o quê? 

Quanto mais eu escrevo, mais idéias de textos eu tenho.
No início eu fiquei muito preocupada, achando que antes do primeiro mês de pastagens no Blog acabar, eu já não teria mais o que dizer. Mas não é muito bem por aí. Quanto mais a gente exercita a criatividade, mais ela comparece.
O problema tem sido o tempo para desenvolver textos e temas mais complexos. Há uns três meses eu entrei em um período de muito trabalho e tem sobrado pouco tempo para mim. Ainda estou tentando me adaptar a esse ano a rotina. Assim que eu regularizar os meus horários, vou colocar algumas idéias em prática. Tem algumas coisas cozinhando aqui na minha cabeça. 
E… Pensando em projetos futuros, posso compartilhar uma coisa louca aqui que eu fiquei pensando com você? Então, sabe esses youtubers e bloguerios cheios de seguidores que fazem enquetes para saber que tipo de vídeos ou textos o público quer? Então, se você quiser fazer alguma sugestão, fique à vontade que eu vou fazer de tudo para entregar!
Um adendo: eu já falei com o meu marido sobre algo desse tipo. Tem uma escritora que eu adoro, ela se chamava Anaïs Nin. Ela escrevia contos eróticos sob encomenda! Eu falei com ele: “Ah! Se eu pudesse viver disso! Alguém me pagar para eu escrever literatura sob encomenda!”. Que coisa, não?!
Mas enfim, no caso do blog ou de um canal no youtube, o que acontece é que a pessoa começa produzindo material sobre um determinado tipo de conteúdo e depois o público vai solicitando e/ou selecionando os conteúdos a partir das enquetes, das sugestões diretas ou dos likes. Se a gente quer se expressar tem que se expressar a partir do que a gente sente, claro, mas também é muito legal interagir com as pessoas que estão acompanhando o trabalho.
Por que não trazer isso para cá também?
Quer que eu escreva ou comente algum tema? Me fala nos comentários a qualquer momento!

Seismesversário.

Hoje é dia de comemoração!
Hoje fazem seis meses que eu venho publicando diariamente no Blog.
Sim, estou muito feliz.
Atualmente uso a experiência de sucesso do meu comprometimento com o Blog como um exemplo a ser seguido em outras áreas da minha vida.
Foi muito bom começar com algo que eu gosto. A minha motivação e a felicidade que essa experiência me proporciona é enorme. É mais fácil não falhar dadas essas condições.
Se eu tivesse começado com uma meta de ir à academia, ou de realizar uma mudança maior na alimentação (como eu já fiz no passado), eu acho que eu não teria sido tão bem sucedida (como eu disse, eu já havia tentado antes).
Mas a maneira como lidei com o Blog aumentou o meu senso de auto-eficácia, ou seja a minha confiança em mim mesma, na minha capacidade de fazer as coisas que eu me proponho a fazer.
Depois do blog eu já mexi na alimentação (para torná-la mais saudável) e comecei a retomar a atividade física (com as aulas de dança que eu amo).
Eu tinha essa idéia de que fazer um planejamento e seguir esse planejamento era algo negativo, limitante, rígido, pouco produtivo e pouco criativo.
Como eu estava enganada!
O planejamento é o caminho que te leva a alcançar o que você de fato deseja para a sua vida. Quem desenha o plano é você. Ele tem que ter a sua cara mesmo, mas sem ele a gente não realiza o que se propõe.
Portanto, tenho certeza de que foi o fato de eu ter feito um planejamento, de eu ter tido clareza do que eu queria com o Blog e de como eu iria fazer isso, que me fez ter passado por esses primeiros seis meses tendo publicado todo dia, trabalhado muito e dado conta do doutorado também.
Um brinde aos seis meses que faltam para completar o meu projeto inicial de escrever todo dia por um ano!
Obrigada a todos que vêm acompanhando o trabalho!

Trimesversário do blog!

Chegamos.

3 meses de postagens diárias!

 

Então vamos tomar um vinho, a gente junta a turma e compartilha nossos insights a respeito da jornada. Eis o que eu quero compartilhar com vocês do que eu vivi e aprendi ao longo do caminho:

 

1-      Você não precisa esperar data nenhuma para colocar seus planos em prática. Eu comecei no dia 13 de setembro de 2017. Não era ano novo, nem o meu aniversário, nem segunda-feira. Agora é a data do aniversário do meu blog. A hora de começar é a hora que você decide começar. (Falei sobre isso no primeiro post dessa jornada).

2-      Tentativas anteriores fracassadas não condenam você ao fracasso eterno. Eu já havia tentado outras vezes manter uma rotina de publicação. Minha meta original era postar uma vez por semana. Aparentemente mais fácil, só que não (falei sobre isso também). Além disso, criar este blog não foi nem a minha primeira tentativa de tornar a minha escrita pública.

3-      Atrelada ao ponto anterior, tem uma questão inquietante. Por que tornar a escrita pública? Afinal, escrever no blog todo dia é um meio ou um fim? Eu deixei de tentar responder a esta pergunta. Resolvi simplificar as coisas: escrever é bom. Eu queria que fosse um ato público. Ponto final. Não estou preocupada em justificar meus desejos nem para mim mesma no momento. Se alguma coisa mudar, eu aviso.

4-      Em termos práticos: ter metas claras ajuda muito. A primeira coisa que eu fiz quando tomei a decisão de que começaria a escrever no blog, foi fazer um planejamento que resumia as “regras” da brincadeira (que você pode ver aqui).

5-      Conseguir medir meu avanço também é muito legal. Ver a cada dia um post novo me ajuda a ver que eu estou efetivamente fazendo alguma coisa. Então eu sugiro que, se você se colocar alguma meta, arranje uma maneira de medir o seu progresso. Tome cuidado apenas se a sua meta for emagrecimento. A maneira de medir provavelmente não vai ser a balança. Se este for o seu caso, seja criativo. Uma ideia: tire fotos das suas refeições, ou registre o que você come em um caderno. Assim a sua nova forma de alimentação vai ser mais palpável e visível para você de alguma forma.

6-      Comemorar o avanço é indispensável. Eu comemorei os menores textos deste blog (veja só que minúsculo!). Todo dia fiquei feliz por ter conseguido escrever e postar. E, nas datas comemorativas – primeira semana, primeiro mês e agora, o terceiro mês –, eu faço uma comemoração respeitável: comer fora, sair para beber, ir ao cinema, comprar um livro novo de presente para mim mesma…Nenhuma vitória é pequena demais para ser comemorada. Muitas vezes acreditamos que se não movemos uma montanha ou matamos um leão, não fizemos nada de extraordinário. Pare de pensar assim! Se parabenize por levantar da cama todo dia com vontade de viver! (Se você não está sentindo muita vontade de viver ultimamente, se parabenize por estar lendo isso; quer dizer que você está lutando de alguma forma e isso é extraordinário. O próximo passo é conversar com alguém e pedir ajuda! Você acha que eu estou cumprindo a meta de escrever todo dia nesse blog sozinha? Há! Você não ouve meu marido aqui em casa gritando: Já postou o texto? Já é quase meia noite! Quer que eu revise? A gente não faz nada sozinho nesta vida. Tem gente que costuma dizer que nós estamos essencialmente sozinhos, porque todos morremos sozinhos. Eu não acho que isso é verdade. A gente morre com todas as pessoas que amamos no coração. Isso não é estar sozinho).

7-      Eu também percebi que as áreas da nossa vida são muito mais conectadas do que imaginamos. Escrever no blog fez de mim uma pessoa mais confiante (o que me conseguiu recentemente um novo emprego – veja só!) e mais condescendente comigo mesma. Condescendência aqui é uma coisa boa. Eu me martirizava muito quando achava que não… movia uma montanha ou matava um leão, como falei anteriormente. Mas aceitar nossas limitações e imperfeições e olhar para elas de modo acolhedor e não recriminador nos ajuda a crescer. A gente tende a acreditar que só vamos melhorar se formos rigorosos e não aceitarmos fracassos ou imperfeições. Sabe o “tough love”? Pois é. Como estratégia de longo prazo ele destrói nossa autoestima e a nossa capacidade de acreditarmos em nós mesmos. Com esse novo olhar eu comecei a olhar meus erros e imperfeições (inclusive os do passado) com um novo olhar. Claro, eu me senti, ao mesmo tempo, mais capaz de realizar as coisas que eu quero e mais pé no chão para aceitar o meu tempo e reconhecer meus limites. Não reconhecer os próprios limites é como tentar avançar e acabar preso em uma rede invisível. Todos nós temos limites, quando nós os ignoramos, eles nos prendem e nós não somos capazes de entender o que estar acontecendo. É apenas quando reconhecemos estes limites, quando enxergamos as redes e os nós que estão nos prendendo, que podemos ir desfazendo-os aos poucos.

8-      Ter tempo é uma questão de escolha. O problema que enfrentamos quando sentimos que não temos tempo é o de estarmos perdidos no meio de um monte de atividades que não nos satisfazem e fazem com que nos sintamos incompletos e infelizes. Desista do que te faz mal e comece a insistir no que te faz bem. Preste muita atenção, contudo! Não comece a se auto-sabotar. Se tudo que você ama é caro, ou longe, ou fora do seu alcance de alguma forma, você está se auto-sabotando.  Te aconselho a se esforçar mais para sair deste ciclo de crenças negativas a respeito da sua felicidade. A psicologia tem mostrado para nós que a felicidade pode ser encontrada na apreciação e na gratidão pelas pequenas coisas presentes no nosso dia a dia. Comece daí e vá buscando a sua paixão.

9-      Confie no que você sente. Se tem alguma coisa te parece estranha é porque, provavelmente, está estranha mesmo. Do que eu estou falando? Das coisas que você resolve fazer com o seu tempo. Quando você encontra alguma coisa que te faz bem você fica feliz sempre que você tem oportunidade de fazer essa coisa. Assim é escrever para mim, por exemplo. Não importa o dia ou a hora, escrever sempre é bom. Tendo ou não algo para dizer. Com a leitura é a mesma coisa. Eu ainda tenho a dança também. São atividade que sempre, sempre, sempre me fazem me sentir bem. Pintar, por exemplo, não é a mesma coisa. É uma atividade que eu gosto de realizar, mas às vezes me faz me sentir bem, ás vezes me deixa frustrada. Se eu resolvesse insistir nisso seriamente, seria um pouquinho estranho e sofrido para mim. Eu sentiria constantemente que estou produzindo insatisfatoriamente. Não quero dizer com isso que meus textos sempre são fodões, só que eu sempre me sinto bem com a atividade de escrita. Qual é a questão aqui? Tem muita gente que insiste e vive uma vida baseada naquilo que não lhe cai tão bem assim, sem ter a atividade que lhe revigora e dá prazer e energia. Procure aquilo que faz você se sentir do jeito que eu me sinto quando escrevo.

10-    Faça, antes de não fazer. É simples, na verdade. A gente costuma ficar na dúvida: faço ou não faço? Se te faz bem: faça. Não se esqueça de tudo que eu falei acima: condescendência, pé no chão. Então, não faça escalada free solo sem preparo, comece pelas aulas de escalada, mas comece.

11-    Não se importe com o que os outros vão pensar de você. Eu ainda tenho medo do blog afetar minha vida negativamente de alguma maneira. É muita exposição. É isso que vivemos ouvindo, pelo menos. Que não devemos nos expor na internet, que se expor na internet é perigoso. Essas coisas entram na nossa cabeça e colam como chiclete no cabelo. Um saco. Estamos sempre cercados de medos e restrições. Todos temos que romper essas barreiras para sair de casa todo dia e fazer alguma coisa das nossas vidas. Todos os dias, quando escrevo, tenho que vencer essa voz que fica repetindo na minha cabeça que, de algum modo, o que eu escrevo pode acabar sendo usado contra mim algum dia. Não vou mentir dizendo que eu não tenho um filtro aqui na minha cabeça bem poderoso que mede os temas e as palavras que são escritas em todos os textos públicos. Não quero dizer com isso que não existem temas absolutamente particulares. Essas coisas não precisam nem ser filtradas, pois elas não fazem pressão para sair. Eu digo das coisas que eu sinto vontade de dizer, mas seguro. Virar um “artista maldito” ainda é um medo que assombra minha carreira literária. Isso tem um pouco a ver com a nossa cultura da felicidade. Demonstrar as partes obscuras da natureza humana é sempre um pecado e um escândalo.

12-    Entenda-me, não se importar com o que os outros vão pensar de você é uma afirmação que se refere aos babacas que vão te jogar para baixo. Porque é importante procurar a validação e o apoio daqueles que te amam. Se, por algum motivo, esta validade não vier, tenha paciência e não desista. Sabe aquele ditado: sempre tem um chinelo velho para um pé cansado? Esse ditado é muito verdadeiro. No mundo literário tem uma adaptação: para cada livro tem um leitor. Se você insistir por tempo suficiente, vai achar a sua turma.

13-    Faça até se sentir satisfeito. Ou seja, abuse do que te faz bem. Felicidade não tem contraindicação.

14-    Mire alto. A gente chega a ter medo de sonhar alto! Gente, sonhar é de graça e é tudo liberado. O limite é a sua capacidade imaginativa. O sonho é o primeiro passo da meta.

15-    Nem todo mundo vai gostar de tudo que você faz. Essa é do tipo: aceita que dói menos. Só vou acrescentar uma coisa… Normalmente aconselham a gente a largar para lá essas pessoas que não gostam de nós. Ignorá-las. Eu penso um pouco diferente. Eu acho que a gente tem potencial para amar a todas as pessoas na face da terra e ser amado de volta por todos. (Eu sei, eu sei, sou idealista até o meu último fio de cabelo, é verdade). Mas isso não vai acontecer na nossa geração. Então, eu não te sugiro dar uma de Jesus Cristo e amar o inimigo ou a oferecer a outra face, eu te aconselho a tentar entender o porquê do ódio que o amiguinho tem de você como um exercício de humanidade e uma lição contra o ódio e o preconceito. Simplesmente ignorar o coleguinha não te ajuda em nada a evoluir como pessoa, nem mesmo evita que você sinta raiva na maioria das vezes. O exercício empático faz você mergulhar na emoção e tentar desvendar os seus mistérios. Mas também, se você quiser, manda aquela indireta no face mesmo, deus sabe quantas vezes eu já quis fazer isso!

16-    Em muitos dias eu não tinha ideia a respeito do quê ia escrever. Devem ter uns 100 textos esboçados espalhados em todos os tipos de papéis por todos os cantos da minha casa e no bloco de notas do celular. Ou seja, olhando pelo lado positivo, eu que estava escrevendo pouco e estava sem uma rotina de escrita, escrevi muito mais do que estipulei na meta. Eu a superei em alguns sentidos. Não me importa que sejam textos inacabados, textos que eu vou jogar fora ou que eu nunca vou achar de novo aqui no meio dessa bagunça. São textos escritos e todo texto escrito é melhor do que um texto não escrito.

17-    Saiba quando parar um pouco. Não se deixe arrastar pelo trator do desenvolvimento pessoal. Isso não quer dizer que você não deve mirar alto ou sempre tentar melhorar. Mas, não importa quanto esforço você faça, você vai morrer imperfeito. Tenha certeza disso. Então, não fique esperando um estágio futuro de desenvolvimento pessoal ou profissional ou qualquer outra forma de desenvolvimento que estiver na moda para aproveitar a vida. Se refestele em cada degrau do caminho.

 

Eu não sei se foi só isso mesmo que eu aprendi ou se tem mais coisa. Eu não sei se eu verdadeiramente aprendi todas essas coisas. Eu só sei que, por hoje, eu estou feliz.

Rumo a um ano de postagens diárias!

O hábito de escrever diariamente. 

Quando decidi escrever diariamente no blog, um dos meus principais objetivos era criar o hábito da escrita.
O que eu queria com esse novo hábito, era conseguir ter a disciplina necessária para escrever um livro.
A princípio fiquei com medo do blog dominar toda a minha dedicação à escrita. Ou seja, eu temia que todo o tempo do qual eu dispunha para escrever seria necessário para produzir o material do blog.
E no início foi assim mesmo que aconteceu.
Tudo que eu escrevia no primeiro mês era para o blog. Não sobrava tempo para escrever nem no meu diário.
Mas esta situação já está começando a mudar.
Logo no segundo mês eu já estava escrevendo mais do que venho publicando diariamente.
Algumas vezes, atualmente, eu começo a escrever um texto e penso: este texto não é do blog, ele vai para o meu livro. Ou: este tema eu vou guardar e trabalhar um pouco mais.
Muito importante observar que eu era aquela pessoa que não estava tendo tempo para nada antes de começar o blog.
Eu vinha me virando em mil pra dar conta do meu trabalho no consultório, as aulas que eu dou de psicologia para a área da saúde, o doutorado e uma pós-graduação em TCC – terapia cognitivo-comportamenal.
Então, eu estava vendo a escrita escapar novamente pelo meio dos dedos no meio desse turbilhão de responsabilidades e compromissos.
Tomar a decisão de transformar a escrita em hábito foi, portanto, fundamental.
O hábito, de fato, tem um poder impressionante.
É difícil de criá-lo e de gerar adaptações na sua rotina, mas quando você decide se comprometer com algo que te faz bem a coisa funciona.
O segredo?
Tomada de decisão, planejamento, implementação e manutenção do novo hábito (e, os ingredientes mais importantes na minha opinião: tolerância consigo mesmo para aceitar suas dificuldades e limitações, uma boa dose de confiança, que você pode conquistar aos poucos, e apoio das pessoas que te amam).
Não afirmo que já passei da fase de ter crises com a escrita. Provavelmente muitas mais virão. Mas eu estarei preparada para enfrentá-las!
E aguardem meu livro!

Sobre a desistência.

 

Desistir é a coisa mais prática que eu poderia fazer neste momento.

Prática. Note que eu não disse fácil.

Às vezes parece que desistir das coisas é a saída mais fácil. Eu não sei como essa ideia nasceu e se solidificou no imaginário popular. As pessoas tendem a dizer que desistir das coisas é fácil. De chamar as pessoas que desistem de fracas. Mas isso não é nem de longe uma verdade absoluta.

Essa ideia perniciosa mantém pessoas que já deveriam ter se separados há muito tempo em péssimas relações interpessoais, pois elas acham que desistir não é a saída. Desistir de fazer uma relação fracassada funcionar é, muitas vezes a melhor saída. Pode impedir que uma mulher apanhe de seu marido algumas vezes.

Desistir de uma graduação que não está te fazendo bem e que não é o que você deseja para o seu futuro para seguir outro rumo pode ser uma decisão muito saudável.

Pode ser que desistir, de fato, não seja uma opção viável em muitas situações (“Como eu vou alimentar meus filhos se eu me separar do meu marido?” ou “Eu não tenho dinheiro para pagar uma nova faculdade”), mas isso não quer dizer que desistir não seria a melhor saída em algumas situações.

Por outro lado, desistir pode sim ser muito ruim. Quando você desiste de perseguir um sonho porque você se sente incapaz de realizá-lo, quando você desiste de lutar pela sociedade que na qual você acredita por falta de esperança de que as coisas vão mudar, quando você desiste de si mesmo porque se acha uma merda.

É esse sentimento de impotência e de falta de confiança em nós mesmos e nas pessoas que temos que conseguir mudar. E não a desistência em si. Temos que continuar desistindo das coisas que nos fazem mal.

Quando desistimos das coisas que amamos, das coisas que nos são caras, o ato de desistir não causa alívio, causa dor. Causa muita dor.

Desistir de coisas que são realmente importantes para você deixa uma sensação de amargo no peito. É um peso enorme carregar a sensação de que você desistiu de uma coisa que era importante para você.

Você, contudo, não é um fracassado, ou fraco, por causa disso, você só nunca foi ensinado a confiar e acreditar em si mesmo. Quase nenhum de nós foi.

Portanto, se você vier me dizer que desistir é fácil; discordo. Mas quanto a ser prático… essa é a maior verdade.

Estou eu aqui, escrevendo, sábado à noite. Nada me impede de simplesmente não escrever.

Certamente seria muito mais prático do que ficar aqui sentada pensando no que escrever, me perguntando se alguém vai ler, me perguntando se as pessoas vão gostar, me perguntando se vão odiar, o que vão pensar de mim, será que isso pode afetar minha carreira profissional etc.

Mas será mesmo que isso é verdade? Será que é mais prático desistir?

Se eu não estivesse escrevendo eu estaria me perguntando que tipo de texto eu poderia estar escrevendo, que universos e personagens eu poderia ter criado, que tipo de escritora eu poderia ter sido.

Talvez essas inquietações e frustrações estivessem diminuindo muito mais a minha qualidade de vida e atrapalhando a execução das minhas tarefas cotidianas. Quando eu estou me sentindo deprimida e frustrada eu não funciono muito bem.

Eu já fiz isso de não escrever por muito tempo (como eu bem já contei para vocês aqui). Agora tenho a impressão de que não posso fazer outra coisa que não escrever. Mesmo quando eu não sei o que dizer, mesmo quando eu estou sem paciência, mesmo quando me dizem que escrever em blog não ajuda ninguém a se tornar um escritor (principalmente se você quiser ser “louvado na academia”).

A vida sem esses grandes propósitos de se tornar alguém admirável seria muito mais agradável e menos estressante.

Alguém que não desiste, alguém que consegue fazer tudo na vida funcionar, estudos, trabalho, família, amigos, yoga, salada, exercícios, lazer, cultura, vida emocional. Foda-se! Essa pessoa não existe.

E está tudo bem com o fato de ela não existir. Essa é a pessoa ideal de uma ideologia de merda. O jovem-adulto, geração saúde, bem-sucedido e inteligente no sentido tradicional e emocional. E, não se esqueça, o ponto fundamental é que você tem que livremente escolher ser todas essas coisas. Você precisa se conscientizar da importância de ser assim. É aí que começa o seu sucesso.

Nesse universo desistir é sinal de derrota.

Qual é a sua desculpa? Se lembra desse slogan?

Parece que “ser alguém na vida” e “ser notado” são os únicos propósitos contemporâneos. Os órgãos de fomento devem pensar assim para nos obrigar a colocar nossos nomes em tantos artigos.

Eu quero que a escrita ocupe outro lugar na minha vida.

Escrevo porque quero escrever e escolho fazer isso no lugar de fazer outra coisa. Essa é uma escolha que eu tenho tido que fazer todos os dias. Às vezes me pergunto no que isso vai dar, quando eu vou parar, em um ano? Dois? Às vezes eu relaxo e sigo o fluxo dos meus desejos.

Essa tem sido uma sensação cada vez mais recorrente para mim. Com o trabalho… Com o doutorado… Com as minhas pendências emocionais.

Resumindo, as únicas coisas que você precisa saber são as seguintes: você tem que desenvolver confiança em si mesmo (essa é, sem dúvida, a lição mais importante); você pode e deve desistir do que estiver te fazendo mal; e não tem problema nenhum no fato de você ser um jovem-adulto, geração saúde, bem-sucedido e inteligente no sentido tradicional e emocional, contanto que você saiba que o seu coleguinha do lado não está errado se ele não fizer essa mesma opção, porque você não é o dono da verdade, você apenas possui certos valores, que não são eternos nem imutáveis, dos quais nem todas as pessoas compartilham.