Ele chegou!

Hoje ele chegou. O Tom já está aqui em casa. Ele é lindo e muito fofo.
Nós o pegamos na veterinária. Assim que saímos na rua, ele ficou agitado. Entrando no carro, tentou fugir. Deu um pulo! Eu consegui continuar segurando-o, mas levei um pequeno arranhão. Não dou, só percebi bem depois. Um pouco mais tarde ele me atacou propositalmente. Depois que ele começou a explorar a casa, horas depois, ele gostou de ficar debaixo da minha poltrona. Estou eu sentada, ele debaixo da poltrona, de repente, nha! Tom atacou meu pé. Brincado, é claro. Olhou e pensou: brinquedo! A casa toda parece agora um imenso playground. Bom, voltando…
Chegando na minha casa, ele ficou assustado, queria sair de qualquer jeito. Ficou miando e pulando perto da porta. Se escondeu em todos os lugares da casa que eu nunca varri. Ficou cheio de poeira, coitado. Como o padrinho dele falou, é só amarrar um pano no rabo dele que a casa vai ficar um brinco!
Interessante o fato de que ele encontrou um canto para ficar, onde ele pareceu se sentir seguro, e eu fiquei feliz por ter sido justamente no chão do lado da cama, perto de onde eu durmo. Fiquei imaginando que ele sentiu o meu cheiro e por isso ficou tranquilo nesse lugar. Levei comida e água para ele lá. Ele come muito graciosamente! Quando ele deitou para cochilar eu deitei também. Coloquei uma caixa de papelão com um lençol para ele no chão e deitei na cama.
Quando eu acordei ele acordou também. E quando saí do quarto ele me seguiu. Foi quando que ele começou a explorar a casa. Encontrou cada buraco para se enfiar. E eu fui atrás dele limpando os lugares onde parecia que ele estava gostando de ficar.
Eu já passei a semana cuidando da casa muito mais do que eu normalmente faço, mas aparentemente não foi o suficiente.
Como cuidar de gatos? Tópico das minhas próximas pesquisas!
Uma coisinha fofa, pequena, que precisa de cuidados e é muito amorosa. Tem como não se apaixonar?

A felicidade, calma e tranquilidade está nas coisas mais simples. 

Lista de coisas que gosto de fazer que me deixam feliz e relaxada:

Ler
Dançar
Escrever
Colorir mandalas
Caligrafia artística
Pintar (madeira, vidro, tela, basicamente qualquer tipo de material com qualquer tipo de tinta)
Correr
Cuidar das plantas
Gravar vídeos (que ainda não tenho coragem de postar)
Decorar a casa
Ver séries e filmes repetidos (só os que eu gosto muito)

Aí está. Uma lista de coisas que eu gosto de fazer e que fazem com que eu me sinta bem. Coisas que eu posso fazer por mim mesma sem depender de mais ninguém e que recarregam minha energia.
Você sabe qual é a sua lista? Quais são as coisas às quais recorrer quando você está dominadx por emoções negativas? Nervosx, confusx, ansiosx, triste…
A maioria das pessoas não sabe quais são as coisas que as fazem se sentir bem. Então, quando estão se senindo mal, não sabem nem mesmo como começar a fazerem algo por si mesmas, para sair do buraco. Se você é uma dessas pessoas, dedique um tempo para descobrir o que te faz bem.
Como fazer isso? Preste atenção ao seu dia a dia. Quais são as coisas que te fazem bem? Que te deixam feliz? Pense também no seu passado. Que coisas você fazia, na sua infância e adolescência, que te deixavam feliz?
Vale a pena investir em si mesmo e lembrar sempre que a nossa felicidade é constituída em grande parte pelas mais simples coisas do dia a dia.

Tom, o gato. 

Eu vou ter um gato! Um gato!
Nossa.
Que sensação essa de cuidar de um ser vivo que depende de você…
Acho que eu nunca me preocupei tanto com tomadas, papéis jogados pela casa, poeira, louça etc.
Eu nem peguei o gato ainda, mas já estou antecipando tudo que é tipo de problema e necessidade que ele possa ter. E estou nervosa também, com a responsabilidade. Mas quando é que estamos verdadeiramente preparados para esse tipo de coisa?
Acho que ele chegará em aproximadamente uma semana.
Meu tio o encontrou no quintal da casa da minha avó. Abandonado e maltratado. Dá uma dor no coração só de pensar.
Tom, você não vai mais sofrer desse jeito. Agora você já tem uma casa com gente que te ama!
Eu nuca tive um gato e eu sou muito alérgica. Vamos ver no que essa história vai dar. Mas acho que o amor vai nos fazer bem. Quem não fica bem com um pouco mais de amor na vida?

O que dizem as pessoas inteligentes que sabem ganhar dinheiro? Ou: eu deveria sempre querer ganhar dinheiro?

 

Graças a Deus eu tenho sim fontes de renda. Trabalho bastante. É importante que digamos isso antes de começar. Eu não estou passando fome e tenho casa. Posso até ligar o ar condicionado quando está calor sem grandes preocupações.

Bom, agora vamos ao ponto. Estava refletindo ainda agora, enquanto lavava a louça do almoço que ainda estava na pia sobre o que deveria escrever. “Sobre o quanto odeio lavar louça”, pensei. Ou sobre como é legal fazer mindfulness lavando louça. Esse é um tema que está em alta no momento e às vezes eu realmente medito lavando louça. Ajuda a lidar com a raiva. “Não”… Eu deveria escrever sobre essas imagens na minha cabeça. (Para que você entenda de que imagens estou falando: estava tocando aquela música na qual a mulher fala que amou o cara por mil anos e que vai amar por mais mil. Ele diz em uma parte da música que vai morrer todo dia esperando por ele, ou, pelo menos, é isso que eu entendo. Aí eu comecei a imaginar como seria isso de maneira meio mórbida. Eu vou morrer, meu marido vai morrer, e eu tenho certeza de que no momento de nossa morte eu vou achar que não tivemos tempo suficiente para aproveitarmos a vida juntos. Então, imagina se eu encontrasse uma lâmpada mágica e o gênio me desse a seguinte opção. “Olivia, eu posso te dar mil anos para viver com seu marido”. Meu rosto ia se iluminar de alegria, mas o gênio rapidamente complementaria. “No entanto, você teria que esperar outros mil anos antes que isso pudesse acontecer e durante esses primeiros mil anos, você teria que viver vendo a vida sendo tirada de você todos os dias. Você não seria capaz de aproveitar absolutamente nada. Você viveria apenas para morrer todos os dias enquanto espera para se reencontrar com seu amado”. Eu imagino que a primeira coisa que eu perguntaria era onde o meu amor ficaria durante esse tempo todo. O gênio diria “Dormindo. Em um lugar onde você jamais conseguiria encontra-lo. No fim dos mil anos separados eu te levaria até ele, você poderia despertá-lo com um beijo e aí sim vocês teriam mais mil anos para serem felizes juntos”. Vocês aceitariam? Eu tenho certeza de que eu aceitaria. Seria uma espécie de Mil e Uma Noites às avessas. Eu passaria então os próximos mil anos tentando achar meu amor para acordá-lo logo, porque sou teimosa e estaria em muito sofrimento e com muitas saudades. Será que eu o encontraria? Será que seríamos punidos se eu o acordasse antes do tempo? Será que eu ficaria louca com a espera? Suportaria morrer todo dia? Será que iria doer?).

Eu imagino muitas histórias. Constantemente. E apesar de atualmente conseguir escrever todos os dias, não me sinto capaz de escrevê-las. Em termos de competência mesmo e de perseverança. Talvez um dia eu consiga. Não estou me lamentando. Só avaliando o estado atual das coisas. Não sinta pena. Esse é o primeiro passo para a mudança.

Bom, mas aí eu me perguntei: “Será que a galera que lê o blog ia gostar disso? Aí entram as coisas que as pessoas inteligentes dizem. Todos os cursos e dicas para aqueles que querem ser escritores falam que você tem que encontrar o seu público se quiser fazer sucesso e ganhar dinheiro. Um dos requisitos para isso é escrever com uma temática clara. Assim é que seus leitores te encontram e se tornam fiéis a você.

A questão é que tem sido tão bom para mim apenas escrever e tem tanta coisa ainda que eu quero escrever, coisas que giram em torno dos mais diferentes temas que você pode imaginar, que eu estou começando a achar que eu não quero mais ganhar dinheiro com isso ou ficar conhecida e famosa se, para isso, for necessário sacrificar tantas aspirações. Mas, não se esqueça, como eu disse no início do texto, eu já ganho dinheiro. Trabalho como psicóloga em consultório particular e dou aulas de psicologia. Se eu realmente precisasse viver da escrita seriam outros quinhentos.

Portanto, a ideia não é ganhar dinheiro, mas fazer algo que eu gosto e que me faz feliz para cacete. Esse comentário se refere apenas ao dinheiro e não aos leitores. Ainda tenho esse lado da alma de artista que sofre para colocar algo para fora, mas que gosta quando as pessoas apreciam o trabalho e quer que ele seja visto. Mas se algum dia eu iniciar aqui no blog uma saga de aventura louca ou um conto erótico, não se espante. A ideia é essa mesmo.

Não tente controlar sua ansiedade. 

Você tenta controlar sua ansiedade
E ela escapa.
É como o amor…
Quanto mais forte você tentar prendê-lo,
Mais fora de controle ele se encontra.
A ansiedade se agrava com suas tentativas de controlá-la.
Não é para não fazer nada.
Trabalhe seu corpo e sua mente sempre.
Eu fui no ortopedista há uns tempo atrás.
Dor nos ombros e nas costas.
Ele não passou remédio,
Passou exercício físico:
Está doendo porque não está sendo exercitado adequadamente.
A ansiedade é a dor do seu cérebro quando você não está trabalhando certas crenças e regras de comportamento e pensamento que você tem.
Trabalhe sua mente e cuide do seu corpo. A ansiedade vai ceder.

Ler no metrô.

Impressionante como eu consigo me concentrar quando estou lendo no metro.
Eu tenho percebido que eu tenho, sempre que possível, pego o metrô intencionalmente e animada porque vou conseguir ler na viagem. Não é só por ler, sabe? Eu amo ler. E eu tenho percebido que ler NO METRÔ é bem legal para mim.
Eu leio em outros lugares também, mas ler no metro tem um apelo específico.
Uma grande amiga já havia me falado uma vez que gosta de escrever no metrô e eu lembro de ter achado intrigante. Do estou trazer alguma coisa, um ambiente, que propicia a escrita dela.
Então, outro dia, quando eu finalizei um livro dentro do metrô e fiquei sem nada para fazer no meio da viagem, que eu percebi o quanto aprecio a atividade específica de ler nesse transporte.
Desde que percebi isso, eu separei o “livro do metrô”. Seleciono um livro e o leio apenas quando estou no metrô. Fico me perguntando se um dia eu sair para andar de metrô só para ler, sem estar indo para lugar nenhum, só passeando de um lado para o outro e lendo, seria bom do mesmo jeito. Se eu descobri um novo hobbie ou apenas uma boa maneira de suportar o metrô lotado.
Vou fazer essa experiência qualquer dia desses.

Uma exceção: todas as regras e hábitos de leitura estão suspensas em períodos de entrega de artigo ou preparação de aula. Porque nesses momentos eu leio as referências bibliográficas até tomando banho.

Series finale.

Eu queria que as séries que eu gosto durassem para sempre.
Fico muito triste quando elas terminam.
Alguma coisa com o hábito de assisti-las e a regularidade, sei lá.
Eu tenho essas fixações.
Sempre vou nos mesmos restaurantes e peço as mesmas comidas, por exemplo.
Ouço as mesmas músicas repetidas vezes.
Eu até conheço coisas novas, sabe? Mas elas passam rapidamente a integrar uma estrutura rígida.
Eu costumo brincar dizendo que eu nasci para ser fã de Malhação (que eu infelizmente odeio), porque o troço não acaba nunca! Está passando desde que eu me entendo por gente e vai continuar depois de mim. É desse tipo de coisas que eu estou falando.
Discordo completamente de quem acha que é a finitude que confere valor às coisas. Isso não é verdade. A finitude acaba com o valor que as coisas têm em um golpe curte e seco que tem data e hora para acontecer. 
Não… Também não acredito nisso.
A finitude não tem esse poder.
As coisas que perdemos mantém o seu valor brilhando como um diamante resistindo sob o poder esmagador de um buraco negro. Ela não destrói o que amamos, mas torna tudo muito mais triste.
Eu amo o final do filme A Rainha dos Condenados. O casal andando na rua com a velocidade das coisas passando aceleradas ao redor e eles seguindo sempre em frente, ao mesmo tempo que estão fora do tempo. 

Essa é a minha idéia de um final feliz, um não final.

Não pensa, só vai lá e faz.

Há dois meses a minha rotina ficou tão pesada que eu parei de ir nas aulas de pole dance. Passei um mês só estudando e trabalhando. Quase pirei. Eu fiz isso por anos e anos no passado, mas de uns tempos para cá, como eu já falei com vocês, comecei a mudar muitas coisas na minha vida e hoje em dia já não saberia viver só de obrigações. Então, depois de um mês de massacre eu comecei o curso de desenho. E hoje eu fico muito feliz em dizer que voltei para o pole dance!

Sabe o que me fez sair em primeiro lugar? O horário. Com meus novos compromissos, eu só conseguiria ir na dança oito da manhã! E eu tenho aquela dificuldade para dormir.

Hoje o despertador tocou… Eu cochilei mais dez minutos… Ele tocou de novo e eu fiquei pensando… ponderando… ponderando… os prós e contras de fazer aula de dança considerando como estou sobrecarregada… eu assumiria um compromisso oito horas da manhã… e se eu não conseguir dormir direito ainda por cima…

Aí eu resolvi não ir para a aula.

Imediatamente, contudo, eu pulei da cama. Lembrei do meu marido falando: “Não pensa! Só levanta e vai!” E foi isso que eu fiz. Estavam na minha cabeça as imagens de mim zumbizando (semi-morta de sono) no trabalho, do esforço físico que teria que fazer na aula, das obrigações que eu talvez não conseguisse cumprir depois, mas eu fiquei cantando em voz alta como uma estratégias par anão me prender a nenhum desses pensamentos. Eles estavam ali pairando, mas eu não estava pensando ativamente em nenhum deles. É como quando uma pessoa babaca fica te enchendo o saco e você tem que fingir que ela não existe, sabe? Uma hora ela desiste. É assim que temos que tratar nossos pensamentos quando eles querem nos atrapalhar. Quando tem algo que você tem que fazer, que você sabe que é bom para você, seja levantar para fazer exercícios, seja se declarar para aquela pessoa que você está afim, simplesmente não pense! Só vai lá e faz. Você já está preparada, certamente já pensou o suficiente sobre o assunto, o que falta é fazer. E na hora do “vamos ver” os pensamentos, muitas vezes, nos paralisam.

Hoje eu só acordei por um milagre. 

Hoje o despertador tocou cedinho. Mas, assim que eu olhei o relógio, eu lembrei que a minha paciente chegaria meia hora mais tarde essa segunda feira. Como eu me arrumo para sair de casa em quinze minutos, eu resolvi dormir mais um pouco. Dei o tempo de uma soneca no despertador e apaguei.
Tive então um pesadelo horrível. Meu pai, falecido há muitos anos, estava me perseguindo com uma garrafa de vidro. Ele ficava correndo atrás de mim e eu fugindo até que ele me alcançou. Chegamos ao ápice da pesadelo, meu pai ali na minha cara com a garrafa em punho, mas eu consegui desarmá-lo e jogar a garrafa de volta nele. Depois desse momento, com a adrenalina da situação, eu comecei a acordar e, no finalzinho do sonho, meu pai apareceu novamente, com uma cachorrinha que nós tínhamos quando eu era pequena. Ele estava tranquilo e sorridente.
Eu abri os olhos. Faltavam exatamente quinze minutos para eu estar no trabalho. O despertador não havia tocado. Eu tenho horror da idéia de perder a hora completamente algum dia porque eu trabalho dando aula e em consultório. Trabalhos que envolvem diretamente outras pessoas que ficariam muito prejudicadas caso eu falhasse dessa forma.
Eu pulei da cama, caí debaixo do chuveiro e comecei a pensar. Que coisa sonhar com meu pai novamente… Nos últimos anos esses sonhos têm sido raros. E porque um sonho tão tenso? Ele me perseguindo com aquela garrafa, mas aparecendo tranquilo no final… E aí me veio essa idéia maluca de que se não tivesse sido o sonho com o meu pai, ou melhor, o pesadelo que me gerou adrenalina, eu não teria acordado a tempo para trabalhar hoje. Nada teria me impedido de dormir até meio dia, ainda mais porque eu fui deitar já eram quase três da manhã e eu estava acordando apenas quatro horas depois.
Dá para compreender a idéia de um milagre quando um evento desses acontece.
E como são os pais, não é mesmo… Ainda depois de mortos ficam se preocupando e se sacrificando pela gente.