Carpe homini.

Acho que todo mundo já pensou que estava sozinho em algum momento.
Completamente sozinho.
Que ninguém entenderia o que estava acontecendo ou como estávamos nos sentindo.
Ou fui só eu que senti isso?
Enfim, com o tempo eu fui percebendo uma coisa que os escritores famosos parecem sempre ter sabido: só existem um ou dois dramas humanos que nós ficamos repetindo sem parar.
Quando você percebe isso, começa a se conectar a outras pessoas. Quando não, você vai se isolando.
Eu diria que a coisa vai um pouco além de encontrar o seu grupo, sabe? A sua turma. A gente normalmente procura pessoas com as quais compartilhamos algo em comum e excluímos outras. Isso é saudável porque, em certa medida, precisamos de relacionamentos profundos e duradouros que geralmente nascem desse tipo de encontro. No entanto, eu tenho percebido cada vez mais que se conversarmos com qualquer pessoa por tempo suficiente vamos encontrar um sofrimento nuclear que faz sofrer a todos nós e que nos une fortemente. Uma forma de resmungar do calor, da violência, ou da falta de emprego. Ou, vamos ser otimistas? Uma certa felicidade muito humana por estarmos vivos que compartilhamos com o vizinho. Uma felicidade de curtir as coisas boas e simples.
Isso não quer dizer que você tem que ter relacionamentos profundos e duradouros com todo mundo, mas que você sempre pode e deve se sentir cercado de contato humano. Nem todos precisam ser profundos, mas eles existem por toda parte, então, aproveite.
Às vezes, quando estão com um problema, as pessoas se perguntam: de que adianta falar sobre isso se não vai resolver? Como estamos enganados ao pensar assim! Falar sobre qualquer coisa com qualquer um ajuda. Talvez não uma ajuda imediata, mas algo que nos fortalece.
Eu percebo que quando eu saio de casa e puxo um papo furado sobre o tempo no elevador, eu chego em casa mais animada do que nos dias em que saio muda e volto calada.
Falar com as pessoas, seja num nível profundo ou superficial, sempre ajuda. Nós somos seres que vivem em sociedade e somos todos muito mais parecidos do que imaginamos. Seres humanos estão por toda parte. Aproveite-os!

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