Não precisa começar pelo começo, apenas comece de algum lugar. 

Com o passar do tempo eu venho reunindo confiança e força de vontade para colocar em prática alguns desejos que eu possuía já há algum tempo, mas que eu não tinha coragem ou disposição para executar.
Como vocês já sabem, o Blog foi um primeiro passo nessa direção e depois eu fui abrindo caminho. Não sozinha, é claro. Teve o apoio da minha família, meu marido e minha mãe, e o apoio dos meus amigos, sempre disponíveis para jogar conversa fora e dar bons conselhos.
E eu fico feliz em dizer que estou aqui me programando para gravar amanhã mais alguns vídeos para um canal no youtube que idealizei como forma de divulgação da instituição onde dou aulas! Trata-se de uma instituição de cursos de formação e pós-graduação em Terapia Cognitivo-comportamenal e Psicologia Positiva, são duas instituições, na verdade, CPAF-RJ e IIPsi+. Estou muito feliz lá e o trabalho realizado é fantástico e de excelente qualidade (eu me esforço muito e meus colegas professores também!) e eu estou com os dois pés dentro! Com um trabalho potente em equipe e a colaboração e apoio de professores e alunos, o canal está ficando lindo! Visitem, assistam os vídeos e se inscrevam no canal! Este é o link: https://www.youtube.com/channel/UCvGSZ0Ro2tB6dcyHjgC_l7g

Fazer um canal no youtube é um desejo antigo que eu tenho. Desde que começou essa onda dos youtubers. Claro, no início eu tinha vergonha disso, mas o lema é “A vida é curta demais para termos vergonha daquilo que a gente gosta”. Eu estou me preparando inclusive para, no futuro, lançar um canal falando sobre psicologia e artes e do meu próprio envolvimento com as artes. Aguardem (é bom tornar o desejo público porque aí a galera pode me cobrar)!
O importante dessa história toda é perceber que para transformar a sua vida você não precisa abraçar o mundo de uma vez só. Eu comecei com o Blog e ele foi abrindo caminho para diversas outras coisas boas na minha vida! Eu não sei se eu comecei do lugar certo, ou pelo que era mais eficiente, do lugar que me levaria mais longe, mas eu estou muito feliz por ter começado. Projetos grandes de mudança ou reorganização da vida assustam e nos paralisam. Mas se você começar, simplesmente começar, por algum lugar, vai dar certo!

Os pães de forma não estragam mais. 

Você reparou que o pão de forma não está mais estragando?
Antigamente acontecia o quê? Eu ia comendo o pão devagarinho, até que derrepente chegava aquele dia que eu ia pegar o pão para comer e tinha dado bolor nele. Por causa do problema de visão (já comi pão com mofo algumas vezes) eu adquiri o hábito de, chegando perto da data de validade, perguntar para o meu marido se tem mofo no pão. Já há algum tempo a resposta dele é sempre não. Aí eu vou ver a data de validade: vencido há duas semanas. Poxa, amor, tem certeza de que não tem bolor? Não.
Teve um dia que eu comprei um pão que eu não gostei muito. Sabe esses pães agora que têm doze grãos, vinte grãos, trinta grãos? Pois então, teve um que eu achei meio estranho, comi um pouco, mas quando ele já estava da metade para o final eu deixei ele lá e comprei outro. Esqueci o tal do pacote de pão lá na fruteira. Fui comendo o pão novo. Chegou um domingo a noite que me deu a maior vontade de obter um pão com ovo, mas… O pão tinha acabado! Que tristeza. Estou eu revirando a cozinha para ver o que eu ia comer, quando acho o tal pão ruim vencido há uns dois meses! Eu pensei que ele certamente estaria estragado. Abri para ver, por curiosidade (eu mesma olhei, certamente a situação ia estar tão ruim que eu ia conseguir ver o mofo sozinha, só que não). Não conseguindo verificar o estado do pão, fui perguntar ao meu marido e ele confirmou que o pão realmente não estava mofado. Cacete! O que está acontecendo?
Eu lembro que na época do ensino médio, um professor falou para fazermos o experimento de deixar uma barata frita do McDonalds e um batata fita caseira fechadas em dois potes diferentes e observar. Perceberíamos que a batata caseira ia ser completamente devorada por fungos e a do fast food ficaria intacta.
Os pães de forma aparentemente não estragam mais mesmo. Eu vou passar a separar uma fatia de cada tipo de pão que eu compro aqui em casa para ver até quando dura. Se eu achar algum pão menos alienígena eu comento com vocês.
Mas, passem a observar… De um modo geral. Depois que eu reparei essa questão do pão, eu comecei a ver que tem muita coisa durnado mais do que durava antes….

O importante é que você faça aquilo que vai te fazer bem. 

Quantas pessoas estão me dizendo que têm vontade de criar um blog! Crie!!! É maravilhoso. Eu sei que a gente têm vergonha de se expor oi de não ter nada de interessante para dizer, mas hoje, novamente, uma pessoa me disse: “A vida é muito curta para a gente ter medo de fazer o que deseja”. E é verdade. Para se reprimir e não seguir os nossos sonhos e para não colocar os nossos desejos em prática a vida é muito curta mesmo. A gente não tem tempo para desperdiçar se privando de certas coisas com medo do que as outras pessoas vão pensar. E, sinceramente, sempre vai ter alguém reclamando da gente e alguém aplaudindo. Independentemente do que a gente faça, a gente vai sempre agradar algumas pessoas e desagradar a outras. É aquilo que o povo fala: “Se nem Jesus agradou todo mundo…” Pois, então.
Ok. Se você me dissesse: “Ah, não sei…. Hoje eu estou com vontade de ter um filho”. Eu te diria para segurar a onda e pensar um pouco melhor no assusto, porque filho a gente não deleta depois que tem, mas um blog? Pintar o cabelo? Essas coisas você pode fazer sem nem mesmo pensar duas vezes! Mergulha de cabeça e se não gostar corta ou deleta.

Você consegue correr nos sonhos?

Eu estava atravessando a Av. Presidente Vargas de madrugada e estava vindo um carro em minha direção. Acelerei o passo e tentei começar a correr, mas o meu esforço teve o efeito contrário, quanto mais eu tentava acelerar, mais pesado ia ficando o meu corpo. Eu fiquei de joelhos e em dois segundos já estava rastejando pela rua e tendo que rolar pelo chão para conseguir chegar na calçada do outro lado.
Meus sonhos não são sempre assim. Geralmente, quando eu tenho que fugir de algo ou quando preciso me movimentar com velocidade, eu viro a melhor do mundo no le parkour. A melhor do mundo! Eu escalo prédios e pulo de telhado em telhado, dando saltos incríveis e em super velocidade sem problema nenhum. Como pode?! Às vezes eu até vôo. Mas correr mesmo de modo tradicional? Impossível.
Fui procurar na internet o significado disso, achei um monte de baboseiras a respeito de viagens pelo mundo dos espíritos perseguidores que querem nos devorar, sobre dívidas e arrependimentos do passado dos quais não conseguimos escapar etc., mas foi interessante descobrir que muitas pessoas têm essa mesma experiência.
O que isso pode significar eu não sei (digo em sentido laico mesmo. Como é o funcionamento do nosso cérebro enquanto dormimos? Ainda não temos respostas científicas satisfatórias para as perguntas sobre o sono e o sonho), mas é interessante saber que trata-se de uma experiência compartilhada essa dificuldade de correr nos sonhos. Eu não sei se isso aumenta ou diminui o número de perguntas a respeito desse fenômeno, mas isso é certamente interessante.
Uma das coisas que a ciência nos diz, hoje em dia, é que todo mundo sonha, vários sonhos por noite, e que algumas pessoas têm mais facilidade para se lembrar dos sonhos do que outras. Mas e quanto ao conteúdo dos sonhos? Será que eles são mais homogêneos do que pensamos?
Como os sonhos são sempre meio loucos, acho que tendemos a acreditar que ele são muito únicos e particulares. Mas sabe o que eu penso? A loucura em si, a loucura clínica, também nos parece absolutamente singular, mas geralmente os delírios giram em torno de certos temas específicos (delírios de perseguição, por exemplo) que já foram identificados pelos pesquisadores da saúde mental. Será que os sonhos também apresentam essa característica? Um estudo extensivo dos sonhos que as pessoas sonham nos permitiria classificá-los de acordo com as temáticas presentes ou os eventos que os constituem? Se alguém quiser me patrocinar, eu teria interesse em fazer essa pesquisa.

Santa Apolônia. 

Na antiguidade, alguns filósofos (Sêneca, por exemplo) acreditavam que dor de dente era um motivo legítimo para o suicídio (quem já passou por isso afirma que a dor é tremenda).
Falei isso para o meu dentista hoje e ele me presenteou com duas histórias bizarras (fascinantes para mim, como escritora).
A primeira foi uma história que o avô dele contava. Meu dentista já tem uma certa idade e o avô dele morreu há uns trinta e cinco anos com mais de oitenta anos, então o avô do meu dentista nasceu em torno de 1890. Tem muito, muito tempo. Nenhuma das duas grandes guerras tinham acontecido; o telefone havia sido inventado apenas vinte anos antes; o primeiro filme da história ainda não havia sido filmado. Lá naquela época, a prática da odontologia era muito diferente da atual, começando pelo fato de que aqueles que cuidavam dos dentes da população não precisavam ter uma formação específica (para você ter uma idéia, a profissão foi regulamentada no Brasil em 1964).
Bom, lá naquela época, contava o avô do meu dentista, numa cidade do interior, a população tinha a oportunidade de tratar as dores de dentes só de vez em quando, nas épocas em que um certo frade visitava o local. O frade caminhava pelas ruas tocando uma sineta e carregando uma mala grande e pesada. Quando algum necessitado ouvia a sineta, chamava o frade até a sua casa, e ali na porta da rua mesmo, o frade abria sua mala grande e pesada que estava cheia de alicates e arrancava o dente do queixoso.
“Sem anestesia, sem nada”, meu dentista complementa. E eu falei: “Nossa devia ser uma dor horrível”. “Quando não levava à morte”, ele completa.
E então, apontando para a imagem de uma santa em seu consultório, me conta a história de Santa Apolônia.
Apolônia de Alexandria foi perseguida pelos romanos nas suas investidas contra o povo cristão no início da nossa Era, por volta de 250 d.C. Quando atacada, ela teve todos os seus dentes violentamente quebrados ou arrancados e não sobreviveu ao ataque. Ela se tornou mais tarde, a padroeira dos dentistas e daqueles que sofrem com dor de dente.
Cacete. Ir ao dentista é sofrido ainda hoje em dia, mesmo com cadeiras confortáveis, reclináveis, ar condicionado e tudo limpinho. Fico me perguntando se esse horror todo do passado deixou uma marca no nosso DNA. Antes, o barulho da tal sineta devia causar o horror que temos hoje ao ouvir o som da broca (só de escrever me dá nervoso).
Certa vez eu conheci uma menina que disse que amava o som da broca do dentista e eu me afastei na hora! Eu pensei: “Jesus! Essa mulher não é de Deus não”! (que fique claro que isso é uma piada. Eu não acho que a mulher tinha ligação alguma com o capeta até porque eu nem acredito que um tal ser exista. Eu ia deixar esses comentários subentendidos, mas na situação atual é melhor não abrir margem para dúvida alguma).
Um mal necessário, pelo menos a minha visita ao dentista de hoje foi muito interessante. Pensei até em retomar um conto que eu esbocei há uns três anos sobre uma mulher com problemas nos dentes.

Ainda sobre a vida fora da casa dos pais.

Fico me perguntando como é possível que nunca tenham cortado a luz na casa da minha mãe.
Eu e meu marido estávamos prontos para sair de casa hoje de manhã para ir para as nossas respectivas aulas do doutorado (ele na física e eu na filosofia), quando o interfone toca. Depois de desligar, meu marido começa a rondar pela casa tirando as coisas da tomada e me diz que o porteiro é quem havia interfonado para avisar que iam desligar a luz. Ok, pensei. Ótimo. Deve ser algo necessário para ver aquela questão do vazamento da semana passada (escrevi sobre um vazamento bizarro que ocorreu no meu prédio ¡na semana passada! neste texto). Que bom que estão consertando aquele negócio.
Quando chegamos na portaria, a grande surpresa: “Olha aí! Vieram cortar sua luz”! “Como assim, amigo?! Cortar a minha luz”? “Sim. Tem uma conta em atraso, senhor”. Nossa! Que desgraça!
De fato, o diabo da conta de fevereiro não foi entregue (sabe lá Deus o porquê. Nós achamos as contas de janeiro e março lá em casa, mas a de fevereiro mão estava em lugar nenhum. Concluímos que ela não foi entregue, pois as outras contas, inclusive as do ano passado, estão todas lá na pastinha).
Enfim, pagamos a conta imediatamente. “Oh, seu moço, tá aqui o comprovante, oh, do pagamento, o senhor não pode, então, deixar a luz ligada, não”? “Pode não, senhora, desculpe, a gente vai desligar e a senhora liga para lá e pede para religar”. Puta que pariu, moço, sério isso?
Até o porteiro se estressou. Parece que ele tem uma casa lá em Campo Grande que não tem luz. Para resolver o problema ele teve que mandar botar poste e cumprir mais um monte de exigências e a empresa de energia já está com a visita atrasada para ir lá e realizar a ligação há mais de vinte dias. “Quer dizer que para vir aqui cortar a luz vocês vem, mas lá ligar a minha cadê que alguém vai? Cadê que a empresa manda alguém”? E aí o porteiro falou para os caras que eles não iam desligar nada… e o cara ameaçou cortar a luz do prédio inteiro… e o porteiro ficou irado e foi lá fora tirar foto da placa do carro dos caras… e o maluco foi correndo atrás para tampar a placa. Foi um “pega pra capá”.
Enfim, estamos sem luz porque esquecemos de pagar a conta. Repito: como é possível que minha minha mãe nunca tenha esquecido, pelo menos não assim tão completamente, de pagar a conta de luz?
Mas não tem problema não. Cá estamos nós, estou agora em um quarto de hotel, com hidromassagem e sauna, comendo e relaxando.
Se fudeu, Light! O que vem de baixo não me atinge! Quis me sacanear?! Pois eu estou aqui de camarote curtindo a vida!

Você pode substituir ações negativas e destrutivas por ações positivas e construtivas. 

“É uma loucura fazer sempre as mesmas coisas e esperar obter resultados diferentes”.

Parece óbvio, não é mesmo? Talvez ninguém discordasse dessa frase se você a dissesse assim desta maneira. Mas se você parar para observar com cuidado e atenção a vida de certas pessoas, você vai perceber que é difícil para muita gente transformar esta verdade preciosa em ações.
Algumas pessoas, se tivessem consciência de suas ações, te diriam o seguinte: “Não! Discordo! Eu acho que a gente pode ficar fazendo senpre exatamente a mesma coisa e obtendo a cada repetição um resultado diferente. Veja lá em casa, por exemplo, eu chegava da rua e brigava com a minha mulher todo dia e ela ficava falando para eu me acalmar, queria sentar conversar e entender qual era o problema, mas não adiantou de nada, eu continuei chegando em casa e brigando com ela todo dia. Até que chegou uma época em que ela no lugar de querer conversar para tentar resolver o problema, passou a brigar comigo de volta. Mas isso também não adiantou de nada, claro. Ela sabe gritar e eu sei gritar também, ora! Então eu continuei chegando em casa da rua, do trabalho, todo dia e brigando e brigando com ela até que veio o tempo em que ela simplesmente passou a me receber calada e me ouvir esbravejar sem esboçar nenhum tipo de reação e depois ir para a cozinha terminar de aprontar o jantar sem me encher a paciência. Portanto não venha você me dizer que se a gente fizer sempre a mesma coisa vai obter sempre o mesmo resultado, porque eu acabei de te provar que isso não é verdade”.
Bom, parabéns para o asno que conseguir pensar desse jeito, ele merece certamente uma medalha porque para ser estúpido assim é preciso se esforçar bastante, não é verdade?
Não.
Não é difícil encontrar quem esteja mergulhado nesse tipo de rotina sem se dar conta. A gente não pode olhar para este exemplo, para a vida do amigo, e julgar o que está acontecendo com ele como se fosse algo que nunca vai acontecer conosco, porque olhar para o outro e críticar é mole, mas olhar para a nossa própria vida e ver o que estamos fazendo de errado não é tão fácil assim. Não existe vacina contra estupidez, todos estamos sujeitos a ela.
Você nunca se pegou repetindo a mesma maneira prejudicial e doentia de lidar com alguma pessoa ao seu redor? Mesmo que se trate de uma pessoa que você ama? Adicione a isso o nosso medo da mudança e você tem a receita da miséria.
Então, se nós quiséssemos destrinchar a frase lá do início do texto para entender seu significado profundo teríamos algo do tipo: ” Se você ficar sempre repetindo as mesmas ações negativas, as coisas vão entrar num processo de mudança continua, mas sempre para pior. O que não adianta é fazer sempre a mesma coisa ruim e querer que as coisas ao seu redor comecem a melhorar”. O que tem que acontecer é que você tem que abraçar a mudança e começar a substituir as ações negativas por ações positivas e construtivas e então coisas boas poderão acontecer na sua vida.

Aprendendo coisas novas (ou tentando).

Hoje estou digitando com os dedos doloridos, pois fiquei uma hora brincando com o violão (que o corretor havia corrigido corretamente para “brigando” com o violão. Às vezes eu acho que esse corretor automático me conhece melhor do que eu mesma).
Eu não sou completamente estranha a música. Fiz o curso básico do Villa-Lobos, que dura dois anos, e estudei canto por alguns outros tantos anos. Já estudei teclado por um tempo e sou paixonada por flauta doce (com a qual eu me divirto de vez em quando também). Então, eu até consegui ler os acordes do violão sem grandes dificuldades, o problema é que colocar os dedos naquelas posições é impossível! Não digo nem trocar de um acorde para o outro, diga arregaçar os dedos e fazer pressão na corda ainda por cima. Galera que toca violão, como consegue? Eu lembro que o pessoal lá na escola de música, os guitarristas das bandas que eu já toquei e tal ficavam forçando os dedos para separá-los. É isso mesmo? Esse procedimento ajuda?
Bom, enquanto eu me embolava aqui com o violão eu me lembrei de duas amigas.
Uma delas diz que eu sou muito empolgada com as coisas. Por exemplo, eu penso em me mudar da cidade do Rio de Janeiro e na mesma noite já preencho o currículo no site de uma empresa que fica na cidade para onde eu gostaria de ir. Qual é o problema, afinal? Eu apenas preenchi um currículo eu não vendi meu apartamento e assinei um contrato. É com a mesma leveza e despreocupação que eu pego um instrumento no qual eu jamais soube tocar (e mal) mais do que a introdução de Come as You Are para tentar praticar os três acordes iniciais de uma das músicas mais maravilhosas que eu já ouvi na vida (para os curiosos: Between the Bars, do Elliott Smith). Eu faço isso sem grilo e não tem problema nenhum se eu nunca mais tocar no violão.
Aí chegamos a outra amiga. Essa outra amiga me disse que estava com um projeto novo que eu achei genial: de aprender algo novo a cada seis meses. Eu vou até perguntar para ela se ela está acumulando atividades (tipo começa uma aula de dança e depois de seis meses soma um curso de desenho, mais seis meses e ela acrescenta à agenda um terceiro curso) ou se de seis em seis meses ela troca a atividade que está aprendendo. De qualquer maneira, o projeto é maravilhoso. Todos nós devíamos fazer um pouco mais disso. Aprender coisas novas periodicamente. Esse é um ótimo estímulo para estarmos sempre nos aperfeiçoando e mantendo a mente aberta e ativa.
Eu acho que eu vou embarcar nessa também. Eu tenho vários interesses nos quais eu vou começar a investir descompromissadamente. Serão excelentes oportunidades para relaxar, conhecer gente nova e, quem sabe, descobrir novos talentos.

Metáforas.

Você é o milho da minha pipoca

O ácido na digestão

Você é a cola da minha coca

A ideia na minha revolução

 

Você é a roda do meu carro

O álcool da tequila

Você é a volta de um barco

É amor na minha vida

 

Você é o casaco no frio

O oxigênio na combustão

Você é a água de um rio

O homem que me causa ilusão

 

Você é o grau da minha lente

É o meu ângulo adjacente

São seus os cabelos no meu pente

Ó, minha luz do sol poente

 

Você é o giz que risca meu quadro

É o solado do meu sapato

Tu és meu, somente meu amado

 

Você é o sangue em minha veia

O produtor em minha cadeia

Preso, atado em minha teia

 

Você é o fogo que me queima

E o band-aid que me cura

São tuas todas as minhas juras

 

(poema produzido durante uma aula chata do ensino médio em maio de 2007, que apenas anos mais tarde encontrou destinatário…).

Sob(re) todas essas máscaras. 

Esse papo de “usar máscaras” é bem batido.
Tem gente que acha que é falsidade e bate no peito para dizer que não usa máscaras, é sempre absolutamente honesto, sendo si mesmo, mesmo que doa (em quem doer).
Outros afirmam que o uso de máscaras no dia a dia é inevitável. Para cada ocasião, uma máscara diferente.
O uso de máscaras pressupõe algo que está por trás, algo de mais verdadeiro e íntimo que nós escondemos do mundo. Pois bem, se essa implicação é verdadeira, acredito que estou no grupo dos mais cínicos: a nossa primeira e única expressão verdadeira e original é um sorrisinho involuntário que damos ainda bebês e, a partir daí, são máscaras em cima de máscaras. Mas eu sou uma cínica otimista ao acreditar que não tem problema nenhum nisso. Temos é que nos apoderar e aproveitar mesmo todas as máscaras e personagens que vestimos. Temos que aproveitar os pontos fortes de todas as nossas “faces” e conhecer, lidar e cuidar bem de todos os nossos pontos fracos. Sinceramente, ser uma e única pessoa, rígida e inflexível em todas as ocasiões não é louvável, é bizarro. A diversidade de papéis é um parte muito importante da vida.