Início de mês, mas eu queria uma uma geléia de pêssego.
Fui ao supermercado Mundial.
A fila estava gigantesca. Uma mulher pediu que eu guardasse o lugar dela na fila.
Nas ela demorou a voltar. Muito. Eu achei que ela havia encontrado um caixa mais vazio ou mesmo desistido de compara alguma coisa. Um homem parou a trás de mim na fila.
A mulher chegou dois minutos depois.
Ela tomou o lugar dela na fila. Ficou parada, do meu lado, dizendo que não ia sair de lá de jeito nenhum.
Começou uma feia discussão entre ela e o homem. A certa altura, eu peguei o celular e registrei algumas coisas que a mulher dizia.
– “Meu Deus é o Deus da paz, não é o dos da confusão, não.
Você entra no mercado, você vai fazer sua compra, a fila está enorme, você pede para a pessoa guardar seu lugar na fila. Se não quando você termina a fila está lá no final!
Ela da sorte que eu sou da igreja. Porque eu já marquei a cara dele, já. Depois, é assim que o sujeito leva um tiro na cara. Tem gente morrendo à toa por aí, você quer brincar com o diabo. Não brinca com o povo de Deus não! Com o diabo você pode até brincar. Mas comigo não. Que eu sou de Deus.graças a Deus porque se não o senhor estava perdido, moço. Eu falei para a menina aqui guardar lugar, ela deve estar com medo de falar aí, mas eu não tenho medo não. E, moço, eu fiquei revoltada agora porque eu vim para comprar o leite, que tava na promoção, 2,99, e agora já não tá mais e eu vim ontem, só peguei dois leites, vim hoje para comprar a caixa, nem o azul nem o vermelho estão mais na promoção. Eu já não estou boa”.
A discussão ainda estava rolando quando eu fui embora do mercado. Muitas pessoas ao redor se envolveram no barraco.
E, a tal mulher, ainda saiu da fila algumas vezes para pegar outros produtos, jogou baratas padres que ela acabou pegando sem perceber pelo chão e me chamou para defendê-la ainda umas duas vezes. Eu permaneci calada e de cabeça baixa o tempo inteiro. Me estresso muito nesse tipo de situação. Não sei se devia ter agido de outra maneira. Mas eu me dei conta de uma coisa hoje: se eu me estresso tanto em um pequeno atrito na fila do caixa no Mundial, eu jamais seria capaz de encarar o aniversário do Guanabara.
Mês: fevereiro 2018
Fotografias literárias
Um menino de aproximadamente 10 anos está com o dedo na boca na porta do banheiro feminino do shopping. No momento em que eu olho, o menino parecia ter acabado de levantar os olhos; semi-aberta, a porta do banheiro deixa entrever uma mulher que olha para frente, ignorando o menino. Mas o menino está olhando para ela. Vê-se logo que não é a mãe dele. Eu, um pouco mais adiante, observo o menino e me preocupo pensando que ele pode estar perdido, pois a garrafa de 600 ml que eu encho agora no bebedor que libera um fio fraquinho de água já está quase cheia e ainda não saiu do banheiro a mãe daquele menino. Ele obviamente não espera pelo pai. O banheiro masculino pode ser visto do outro lado de onde o menino se encontra. Olhando o campo aberto da imagem, nota-se que o menino estava inclinado, o que dava a impressão de que ele andava em círculos. Seu corpinho meio de lado, numa diagonal estranha, o dedo na boca, olhando ansioso a mulher que sai do banheiro e que não é sua mãe. O chão brilha muito. Deve ter acabado de ser polido. E o menino, vestido em roupas muito claras, contrasta com a parede vermelha atrás de si. Muitas outras pessoas estão ao redor, mas elas não chaman atenção.
Educação positiva.
Recentemente assisti a uma palestra sobre educação a luz da psicologia positiva.
A educação positiva trabalha com os pontos fortes dos alunos e preza pelo seu bem estar e tem como objetivo, não só a aquisição de conhecimentos, mas também a construção de um propósito de vida.
No ensino tradicional, tendemos a atentar apenas para os pontos em que o aluno é fraco e o obrigamos a se esforçar e a se dedicar duas vezes mais às matérias que ele não gosta. Isso é um massacre.
Na educação positiva, porteiro lado, cada aluno seria valorizado por aquilo en que ele é bom. E o que ele não gosta e não é bom seria minimizado ou eliminado. Assim o aluno seria muito mais feliz e potente, pois estaremos trabalhando suas forças e não suas fraquezas.
A apresentação foi ótima. O que me chamou atenção foi o meu incomodo assistindo à palestra. Eu estava sentindo raiva.
O palestrante ia falando do autoritarismo dos professores, da tirania das notas e das avaliações, do lugar do professor como detentor do saber e do aluno como aquele que não sabe nada, da dificuldade em lidar com as perguntas “fora da caixinha”, do banimento da criatividade etc.; ele apontava como todos esses fatores são negativos para a educação, mas eu ia ficando com raiva só de ser relembrada do meu tempo de escola.
Aquela raiva ancestral acumulada dos tempos da escola que ainda mora aqui dentro de mim.
Um exemplo magnífico da dificuldade em lidar com os alunos me chocou. Ele contou um certo professor pediu aos alunos como tarefa que desenhassem um auto-retrato. Um dos desenhos era simplesmente um monte de rabiscos. O professor chamou a atenção do aluno por não ter se empenhado na tarefa e o aluno disse: “professor, o senhor pediu um auto-retrato, mas não disse que era do lado de fora, eu fiz um auto-retrato do que eu sinto do lado de dentro”. Sem saber como se posicionar diante da resposta do aluno, o professor o encaminhou para a coordenação.
Por essas e outras eu ainda hoje sinto uma pura descrença da educação como forma de mudar o mundo. A escola era verdadeiramente um local de tortura para mim e eu sei que foi assim para muita gente. Sem dúvida propostas como a da educação positiva soam como uma esperança para o futuro, e, enquanto houver escola, que a gente se empenhe muito para não continuar traumatizado crianças em série.
Quem sabe no futuro a gente consegue dar conta daquelas propostas que defendem um modelo completamente alternativa de aprendizagem (e não meramente ensino de conteúdos como na escola tradicional), na qual a criança aprende no seu próprio tempo aquilo que a interessa?
Sonho… E muita luta dos profissionais de educação e de todo mundo.
Está na hora de mudar a marca do papel higiênico.
Eu já fui muitas vezes fazer compras com minha mãe e com minha avó. Sempre que íamos ao supermercado, fazíamos uma pesquisa de preço, é claro, mas a pesquisa se restringia, na maioria das vezes, a um grupo de marcas já conhecidas por nós, que estávamos habituadas a comprar.
Atualmente, quando eu vou ao mercado, faço a mesma coisa.
De vez em quando, meu marido vai ao mercado sozinho, sem mim, e, geralmente, quando isso acontece, ele volta com algum produto de uma marca que eu nunca ouvi falar na vida. Confesso, eu torço a cara e, vira e mexe, acho que a qualidade do produto é inferior a daqueles produtos que eu estou acostumada a consumir. Meu marido, por outro lado, não vê diferença nenhuma.
Recentemente, após ir ao banheiro, saí elogiando o papel higiênico. Tratava-se de um papel higiênico que vinha em maior quantidade, num rolo bem grosso, a folha era bastante macia, mas resistente ao mesmo tempo. Meu marido começou a se gabar, tratava-se de um papel higiênico de uma marca desconhecida, que ele havia comprado para experimentar. Eu não havia visto o saco do papel higiênico antes de usá-lo.
Na verdade, a sequência dos acontecimentos é um pouco confusa, deixa-me explicá-la de outra forma.
Na minha casa, costumamos comprar aqueles sacos enormes de papel higiênico, pois eles são mais econômicos, por isso passamos um bom tempo usando um determinado tipo de papel higiênico. Neste dia a que me referi especificamente, eu fui ao banheiro e, na hora de usar o papel, vi que o rolo estava novinho, de modo que precisava soltar aquela primeira folha que vem grudada. Ao usar o papel higiênico, me surpreendi com sua maciez, resistência e quantidade. Pensei que tínhamos que saber de que papel se tratava para comprar aquele mesmo tipo de papel higiênico para sempre. Saí do banheiro elogiando o papel e procurando o saco para ver a marca e o tipo. Foi quando meu marido confessou que o papel anterior, que era de uma marca que eu havia escolhido – eu sempre escolho, dentro do universo de duas ou três marcas específicas, aquela que estiver com o preço melhorzinho, isso vale para quase todos os produtos -, havia acabado e ele comprara um pacote novo de uma marca aleatória que estava mais barata. O ponto é que, para mim, o rolo novo poderia ser o mesmo tipo de rolo da vez anterior. Eu não sabia que havíamos mudado de pacote. Eu não sou maluca. Eu não estou constantemente, todas as vezes que vou ao banheiro, analisando a qualidade do papel higiênico. Para mim, eu só havia dado a sorte de notar, naquele dia, que era um papel higiênico magnífico. Nada me indicava que não era o que eu havia escolhido. Aí eu pensei: “bom, eu sempre compro uma daquelas três marcas que têm, no fim das contas, os preços muito parecidos. Já que esse aqui é, sem dúvida, o melhor papel higiênico de todos, vou comprar só desse de hoje em diante”.
Eu já vinha desconfiando que poderia ser uma mera crença minha o fato de sempre ficar desgostosa com produtos de marcas desconhecidas, nesse dia do papel higiênico, eu tive apenas mais uma evidência de que as minhas crenças arraigadas sobre a qualidade dos produtos me impedem de economizar dinheiro muitas vezes e fazem com que eu tenha uma avaliação tendenciosa dos produtos.
Não estou nem dizendo que a qualidade dos produtos não varia. Deve até variar sim, sei lá. Mas, certamente, varia menos do que tendemos a acreditar – e a sentir por pura sugestão – no nosso dia a dia. Além disso, em uma breve pesquisa pela internet, você descobre que várias das marcas que estão disponíveis nos marcados são da mesma grande empresa, desde uma marca mais baratinha até a mais cara da prateleira. Algumas reportagens afirmam que dez grandes empresas controlam toda a indústria de alimentos. Apenas dez empresas controlando todo o mercado de alimentos do mundo. Pelo menos curioso, não? Que grande variação de qualidade pode existir aí?
A gente já sabe muito bem que, para roupa de marca, esse discurso é muito válido. “Marca não quer dizer nada”. Toda mãe tenta conscientizar seu filho de que aquela logo na camiseta não significa que ele é melhor ou pior do que ninguém. Essa mãe se empenha em conscientizar seu filho de que a marca não é importante, pois ela sabe que a marca chique, a marca da moda, não tem nada a ver com a qualidade da camisa que seu filho está usando. Ela compra tranquila uma camiseta em uma loja popular em Caxias, porque ela sabe que seu filho estará vestido e protegido do tempo com ela do mesmo jeito que estaria se usasse uma camisa do shopping.
Mas essa mesma mãe acaba sendo capturada pelas propagandas dos produtos utilizados no cuidado do lar. E se essa mãe tiver uma filha, suas predileções passarão adiante.
Por conta do machismo presente na educação das crianças, eu fui muito mais vezes ao mercado e era mais capturada pelas propagandas da TV a respeito de coisas voltadas para o lar e o cuidado da família do que o meu marido, por isso ele não tem a ligação quase emocional com certas marcas que eu tenho.
Claro que algumas marcas ascendem enquanto outras vão sendo esquecidas, mas isso pouco tem a ver com a qualidade dos produtos.
Bom, se não for através da luta mais ampla contra o capitalismo eu não sei muito como escapar dessa situação. Então, eu disse tudo isso para chegar a um ponto bem simples: desapega. Desapega da marca da sua infância e/ou da televisão e economize mais dinheiro experimentando marcas que você nunca usou antes (ou nem nunca ouviu falar). Você vai ver que é tudo a mesma coisa e, pelo menos, vai te sobrar um dinheiro no fim do ano para passar um fim de semana em Búzios.
Quais são os seus valores?
Saber os nossos valores é algo fundamental no caminho do autoconhecimento e da felicidade. Acreditamos atualmente que quando a nossa vida está alinhada com nossos valores, vivemos de maneira muito mais completa e plena.
Existem inúmeros exercícios para nos ajudar a descobrir nossos valores fundamentais. Uma ferramenta que pode nos auxiliar nesta descoberta é a LISTA DE VALORES. A partir desta lista podemos realizar 1001 atividades. Um exercício simples consiste em escolher 10 valores da lista que você acha que te representam. Vocês encontram várias dessas listas pela internet. Esta que segue a baixo é uma que eu gosto muito. Ela trabalha com termos amplos, pouco específicos, por isso nos permite fazer um intenso trabalho de reflexão em cima do que ela traz de sugestão.
Os valores desta lista não são os únicos. De modo que ela serve mais como instrumento de inspiração do que como um guia fechado na descoberta dos nossos valores.
Você sabe quais são os seus valores?
1- Abundância
2- Aceitação
3- Acessibilidade
4- Realizações
5- Acurácia
6- Reconhecimento
7- Conhecimento
8- Conquistas
9- Adaptabilidade
10- Ser ativo
11- Adoração
12- Habilidade
13- Aventura
14- Afeto
15- Abundância
16- Agressividade
17- Agilidade
18- Estar sempre alerta
19- Altruísmo
20- Ambição
21- Antecipação (pensar no futuro procurando antecipar possíveis acontecimentos)
22- Divertimento
23- Apreciação
24- Articulação
25- Abordabilidade
26- Assertividade
27- Estar alerta
28- Confiança
29- Ser atencioso
30- Atratividade
31- Audácia
32- Disponibilidade
33- Estar consciente (awareness)
34- Temor
35- Equilíbrio
36- Beleza
37- Ser o melhor
38- Pertencimento
39- Benevolência
40- Bem-aventurança
41- Ousadia
42- Bravura
43- Brilhantismo
44- Flutuabilidade
45- Calma
46- Camaradagem
47- Candura
48- Capacidade
49- Cuidado
50- Cautela
51- Celebridade
52- Certeza
53- Desafio
54- Caridade
55- Charme
56- Castidade
57- Alegria
58- Clareza
59- Limpeza
60- Lucidez
61- Esperteza
62- Proximidade
63- Conforto
64- Comprometimento
65- Compaixão
66- Compostura
67- Fechamento
68- Concentração
69- Confiança
70- Conformidade
71- Congruência
72- Conexão
73- Ser consciencioso
74- Consistência
75- Contentamento
76- Continuidade
77- Contribuição
78- Controle
79- Convicção
80- Sociabilidade
81- Calma
82- Frieza
83- Indiferença
84- Ser descolado
85- Cooperação
86- Cordialidade
87- Justiça
88- Estar certo
89- Coragem
90- Cortesia
91- Criatividade
92- Astúcia
93- Malícia
94- Credibilidade
95- Sagacidade
96- Curiosidade
97- Atrevimento
98- Decidido
99- Decoro
100- Deferência
101- Prazer
102- Deleite
103- Segurança
104- Confiabilidade
105- Profundidade
106- Desejo
107- Determinação
108- Devoção
109- Adoração
110- Destreza
111- Dignidade
112- Diligência
113- Direção
114- Direcionamento
115- Disciplina
116- Descoberta
117- Discrição
118- Critério
119- Diversidade
120- Dominação
121- Domínio
122- Ser sonhador
123- Ser motivado
124- Dever
125- Dinamismo
126- Economia
127- Avidez
128- Êxtase
129- Educação
130- Efetividade
131- Eficiência
132- Elação
133- Elegância
134- Empatia
135- Encorajamento
136- Resistência
137- Resiliência
138- Energia
139- Satisfação
140- Entusiasmo
141- Excelência
142- Excitação
143- Conveniência
144- Exultação
145- Expectativa
146- Experiência
147- Perícia
148- Exploração
149- Expressividade
150- Extravagância
151- Extroversão
152- Introversão
153- Exuberância
154- Equidade
155- Fé
156- Fama
157- Família
158- Fascinação
159- Moda
160- Destemor
161- Ferocidade
162- Fidelidade
163- Violência
164- Furor
165- Independência financeira
166- Firmeza
167- Estabilidade
168- Magreza
169- Estar em forma
170- Esbelta
171- Flexibilidade
172- Fluxo (estar imerso em uma atividade)
173- Fluência
174- Foco
175- Fortitude
176- Franqueza
177- Liberdade
178- Amistosidade
179- Frugalidade
180- Diversão
181- Galanteria
182- Generosidade
183- Gentileza
184- Doação
185- Graça
186- Gratidão
187- Espírito gregário
188- Crescimento
189- Orientação
190- Felicidade
191- Harmonia
192- Saúde
193- Âmago
194- Presteza
195- Heroísmo
196- Socralidade
197- Santidade
198- Honestidade
199- Honra
200- Esperança
201- Hospitalidade
202- Humildade
203- Humor
204- Higiene
205- Imaginação
206- Impacto
207- Imparcialidade
208- Independência
209- Empreendedorismo
210- Ingenuidade
211- Inquirição
212- Insight
213- Inspiração
214- Integridade
215- Inteligência
216- Intensidade
217- Intimidade
218- Intrepidez
219- Intuição
220- Dedução
221- Inventividade
222- Investimento
223- Envolvimento
224- Maravilha
225- Sensibilidade
226- Retidão
227- Doçura
228- Agudeza mental
229- Cultura
230- Liderança
231- Aprendizagem
232- Liberação
233- Vivacidade
234- Privilégio
235- Lógica
236- Longevidade
237- Amor
238- Lealdade
239- Majestade
240- Grandiosidade
241- Fazer a diferença
242- Maestria
243- Maturidade
244- Mansidão
245- Suavidade
246- Meticulosidade
247- Atenção plena
248- Modéstia
249- Motivação
250- Mistério
251- Natureza
252- Organização
253- Energia
254- Obediência
255- Ter a mente aberta
256- Ser aberto
257- Otimismo
258- Ordem
259- Originalidade
260- Espanto
261- Ser ultrajante
262- Paixão
263- Paz
264- Perceptividade
265- Perfeição
266- Impertinência
267- Perseverança
268- Persuasão
269- Persistência
270- Filantropia
271- Piedade
272- Ser brincalhão
273- Ser agradável
274- Gozo
275- Erotismo
276- Polimento
277- Popularidade
278- Potência
279- Poder
280- Praticidade
281- Pragmatismo
282- Precisão
283- Prontidão
284- Presença
285- Privacidade
286- Proatividade
287- Profissionalismo
288- Prosperidade
289- Prudência
290- Pontualidade
291- Pureza
292- Razão
293- Razoabilidade
294- Realismo
295- Ser reconhecido
296- Refinamento
297- Reflexão
298- Meditação
299- Relaxamento
300- Religiosidade
301- Desenvoltura
302- Respeito
303- Descanso
304- Restrição
305- Reverência
306- Sacrifício
309- Sanguíneo
310- Autocontrole
311- Egocentrismo
312- Autoconfiança
313- Sensitividade
314- Redenção
315- Autosacrifício
316- Sensualidade
317- Serenidade
318- Serviço
319- Subserviência
320- Sexualidade
321- Compartilhar
322- Significado
323- Perspicácia
324- Propósito
325- Silencia
326- Simplicidade
327- Sinceridade
328- Inocência
329- Solidariedade
330- Solidão
331- Sabedoria
332- Velocidade
333- Espiritualidade
334- Espontaneidade
335- Brio
336- Discrição
337- Quietude
338- Força
339- Estrutura
340- Sucesso
341- Suporte
342- Supremacia
343- Surpresa
344- Simpatia
345- Sinergia
346- Trabalho em equipe
347- Temperança
348- Rigor
349- Parcimônia
350- Oportunidade
351- Tradição
352- Tradicionalismo
353- Tranquilidade
354- Transcendência
355- Verdade
356- Compreensão
357- Ser único
358- Unidade
359- Utilidade
360- Incapacidade
361- Valentia
362- Variedade
363- Vitória
364- Vigor
365- Virtude
366- Visão
367- Vitalidade
368- Calor
369- Entusiasmo
370- Vigilância
371- Riqueza
372- Obstinação
373- Disposição
374- Predisposição
375- Deslumbramento
376- Juventude
377- Zelo
378- Sutileza
- Tive acesso a esta lista de Shelley Klammer em seu curso “100 Days of Art Journal Therapy” (link: https://www.expressiveartworkshops.com/expressive-art-e-courses/100-days-of-art-journal-therapy/), que eu super recomendo!
Poucas e boas.
Hoje uma mulher negra maravilhosa estava gritando na porta do supermercado Zona Sul em Ipanema:
– Você não me peita não, hein! Eu fui te perguntar uma coisa e você cagou para mim!!! Agora você vai me ouvir!!! Você é gente que nem eu!! Quem você está pensando que é?!?! Meu amooor, eu te perguntei uma coisa e você ca-gou. Quero ver você tratar os outros assim!! Quem que você trata assim? Você cala a boca e me escuta que eu vou te ensinar a ter educação.
Os brancos da zona sul passavam em volta horrorizados. Eu passei com uma amiga e comentei:
– É isso que está faltando na minha vida.
Quanta gente por aí que eu queria meter o dedo na cara e gritar: “Cala a boca agora porque quem vai falar sou eu! Eu confiei em você, me entreguei nessa relação e você cagou para mim! Ca-gou. Eu fui muito otária mesmo para você me tratar desse jeito, mas não vai ser mais assim não, amor. Você vai aprender a me respeitar. Tu tá pensando o quê?? Tá pensando o quê?!?! Eu sou gente também. E não me peita não, hein; não me peita não, que agora você vai me ouvir. Eu te tratando direito e você tirando uma comigo?! Você abusando e abusando. Entorta tanto que uma hora quebra, meu bem. Minha paciência a-ca-bou. Eu cansei de ser usada e você cagando para mim. Só quer saber do venha a nós! E nada do vosso reino?! Eu vou te ensinar agora o que é respeitar uma pessoa”.
Um dia eu vou chegar lá.
Com relação a mulher, eu parei para perguntar se estava tudo bem. Ela disse que a tinham ignorado e tratado mal quando ela quis ir ao banheiro lá. Mas ela havia feito compras como todos outros clientes. Por ser negra e pobre, contudo, foi tratada com hostilidade pelos funcionários que, ela afirmava, eram tão pretos e pobres quanto ela e tinham que aprender a respeitar as pessoas na mesma condição.
Orai e vigiai
Ciúmes. Sentimento complicado que aflige muitos apaixonados por aí.
A tecnologia moderna disponibiliza uma série de ferramentas para apaziguar a angústia dos inseguros e possessivos.
Recentemente ouvi um sujeito comentando, depois de relatar estar espionando o celular da namorada: “Orai e vigiai”.
Ele falou que confia, mas também não vai dar mole.
Você espera que a pessoa não te traia, mas você também não dá bobeira – Não dorme no ponto – Não papa mosca. Você fica de olho.
Essa transgressão da intimidade alheia já é banal atualmente. Eu ainda não conheci ninguém que tenha dito: nós terminamos porque ele violou minha confiança olhando meu celular enquanto eu dormia.
Tudo bem que fomos acostumados a ter nossa intimidade violada quando nossos pais liam nossos diários, vasculhavam nossas coisas ou ouviam nossas conversas, mas isso justifica o fato de ser tão fácil assim perdoar esse tipo de violação na vida amorosa? Devemos nos acostumar com essa nova dinâmica nos relacionamentos?
Orai e vigiai. Como interpretar esta exortação?
Penso que talvez possamos entender da seguinte forma: orar pela otimização do nosso próprio comportamento e vigiar as nossas próprias inclinações.
Os preceitos cristão são voltados para dois fins: para aprimorarmos a nós mesmos moralmente e para ajudarmos o outro através da caridade e do amor.
Certamente Deus não está te falando para violar a privacidade de sua companheira ou companheiro. Ele certamente também não gosta quando você reage com agressividade ou violência em disputas domésticas.
Então, a dinâmica dos relacionamentos não deve ser menos baseada em confiança por conta das facilidades modernas de invasão de privacidade.
Então, você pode trocar o tempo que gasta estalqueando o mozão por terapia. Assim você analisa as raízes do seu ciúme e insegurança e trabalha para se tornar uma pessoa melhor e mais feliz no futuro.
Mentiram para você se te disseram que apertando o laço a pessoa não vai embora. Não vai cair nessa armadilha de achar que é possível controlar a vida do outro. Porque não é.