Não te amo nem nunca vou te amar. 

De novo,
Ela
Na minha cabeça.
E eu?
Aqui sozinho.
Eu,
Sinceramente,
Não amo.
Amar você?
Mas insisto.
Insanidades.
Descontentes
E alucinados
Sempre que nos encontrávamos
Eu e você.
Estava tudo errado
E você repetindo
Está tudo certo
Mas não estava.
E eu sabia
Mas concordava
E rolava tanta química
Que eu cagava para todas as suas verdades deturpadas.
E eu pedia para continuar
Apesar de saber
Sempre saber
E não conseguir parar de saber
Que ia dar merda.
Eu e você
Fomos feitos um para ferir o outro
Na medida exata da nossa dor.
Eu não te amo.
Eu só não podia evitar.

Poeira do espaço sideral.

Não importa quando acaba. Quando começa.
Ou o quanto dura.

De vez em quando eu sou tomado por este arroubo de desesperança,
Por essa angústia.

Mas eu acredito no sentido. Que existe um sentido. De verdade.
Um sentido humano.
Absolutamente humano.
Tão real, que no fundo é a única coisa que existe de fato e que verdadeiramente importa.

E o mais importante mesmo é estar vivendo isso tudo agora, aqui, com você.
Eu te amo. Muito.
Não importa quando, nem onde, nem como, nem porque ou até quando ou desde quando; importa que seja intensa, apaixonada, forte e profundamente.

ANTES DE DORMIR PROGRAMEI UM SONHO.

Eu acordei gritando. Foi isso? Minha garganta está um pouco estranha, mas não está exatamente dolorida. Eu tive um pesadelo, será? Com o que eu estava sonhando? Bom, pode ter sido apenas o estresse. Fui dormir muito estressada, não devia ter tomado aquele café depois da janta, mas também não devia ter bebido, não é… Enfim, eu vou dormir estressada, cheia de estímulos conflitantes no meu organismo e pronto! Acordo no meio de uma crise de ansiedade. Mas será que foi isso mesmo? Eu acho que eu estava sonhando com alguma coisa…. Acho até que meu marido estava lá… Sim… Nós estávamos em uma praia e haviam dois navios imensos no horizonte que se agigantavam monstruosamente conforme se aproximavam da orla. A aproximação destes navios causou um enorme tsunami que engoliu a nós dois e a mais alguns outros entes muito queridos. Quando eu estava sendo puxada para o fundo do mar a reação começou a acontecer e eu acordei gritando. Nossa… Que sonho horrível… Que será que isso quer dizer?

NO DIVÃ

 Depois disso levei uma eternidade para voltar a dormir e, mesmo tendo dormido novamente mais umas boas três horas, acordei exausta. O que me diz? O que esse sonho significa? A primeira coisa que eu pensei a respeito dos navios é que eles me lembravam o Titanic. Uma linda história de amor, mas fracassada, não é? Fracassada porque ele morre no final! Ele morre. É o fim último e incontornável de todos os relacionamentos. Será que eu quero terminar o meu relacionamento? Mas se fosse isso mesmo, não teria motivo para que eu morresse também. Pode ser que eu esteja insatisfeita com quem eu sou nesse relacionamento. Mas e os meus familiares que estavam lá e que morreram também? Ah, esquece. Eu não sei para que serve isso de interpretação dos sonhos para vocês psicanalistas. Do jeito que vocês falam, parece até que fui eu quem programou este sonho antes de dormir, mas isso não é verdade e eu simplesmente não tenho responsabilidade nenhuma sobre os meus sonhos.

 

(Eu escrevo sobre a minha própria vida frequentemente. Como no blog eu escrevo todo dia, a maioria dos textos acaba nascendo de algum acontecimento cotidiano mesmo. Mas eu continuo escrevendo outras coisas: contos, tenho um romance em construção… E, de vez em quando, eu posto esses outros textos no blog. Estou escrevendo isso, pois algumas pessoas têm ficado preocupadas comigo por causa de certos textos que, na verdade, são ficcionais. É o caso deste texto de hoje. É um texto ficcional. Eu costumo separá-los por categoria. Aqueles textos que estão na categoria AUTOBIOGRÁFICOS realmente aconteceram comigo. Se o texto não estiver nesta categoria, ele é ficcional. Então fiquem tranquilos, eu estou bem)!