Poesia de Facebook. 

Meia noite eu começo a escrever o texto.
Primeiro dia depois de um ano que eu virei meia noite sem escrever. Eu ainda não dormi, portanto, para mim, não acabou o dia, mas eu virei as 24h sem escrever, sem publicar.
O mundo não caiu. Nada de catastrófico aconteceu.
Preciso de um tempo para digerir esse meu novo processo. Entender qual é o próximo passo na escrita.
Por isso hoje vou publicar uma bobagem leve para relaxar!

Quero compartilhar o que eu considerei uma ótimo poesia que veio de uma brincadeira do Facebook. Você digita “Eu sou” e depois deixa a sugestão do seu celular terminar a frase para você. O meu ficou assim:

“Eu sou o único e exclusivo propósito
de que o ser humano é um bicho muito sociável
mesmo que você esteja no zap
com alguma pessoa querida amiga”.

Balão preso na pedra. 

Minha cabeça está como um balão, voando lá em cima, leve e balançando com o vento. presa no pescoço por um cordão bem fininho.
Meu corpo, pesado, se arrasta pelo chão, de casa para o trabalho, do trabalho para casa.
Meu corpo afunda na cama, minha cabeça viaja no tempo. Meu corpo dói, minha cabeça brilha, macia e flexível, enquanto meu corpo rígido quebra sob a pressão.
Minha cabeça pensa e pensa, mas meu corpo parece que se recusa a agir. Minha mente me diz as palavras certas, mas minha boca não se move. A cabeça sabe, aponta para onde ir, mas as pernas e os braços estão imobilizados.
As pessoas vêem o meu corpo, mas a minha mente tem mais cores, mais formas e mais vida do que eu estou conseuindo colocar para fora neste momento. Meu corpo tem censura, é depositário de expectativas frustradas e está cheio de cansaço acumulado. Mas a minha mente é livre e totalmente dona de si. Então, não pare na porta. Se você quiser verdadeiramente me conhecer vai ter que entrar aqui dentro e fazer o grand tour junto comigo pelos cantos dos meus mistérios e das minhas alegrias. Eu sei que é assim que eu gosto de conhecer as outras pessoas.