Feliz dia dos pais. 

Pai, eu sei que as coisas estão complicadas para nós. O relacionamento entre as pessoas fica complicado assim mesmo quando uma das duas morre. Não é fácil. Mas eu quero que você saiba que gosto dos nossos papos, dos seus conselhos, gosto da companhia que você me faz em momentos difíceis.
A morte é uma coisa muto estranha. Essa ausência é irreal demais. Por isso eu espero que você me perdoe por imaginar que você ainda está presente. Não sei se isso perturba o seu descanso. Mas eu não consigo esquecer nem abrir mão. Você tá achando que só porque você morreu eu vou te deixar em paz e parar de te dar trabalho?! Vai sonhando. Vamos continuar tendo brigas e boas conversas pelo menos até o dia em que eu morrer também. Até lá você continua vivinho da silva dentro da minha cabeça, ou coração, não sei.
Estando em algum lugar ou não estando em lugar nenhum. Debaixo da terra ou alto no céu. Reencarnado ou tendo virado adubo. Eu estando louca ou apenas com saudades. É inegável que ainda há alguma vida em você. Então, feliz dia dos pais para você. Eu te amo muito.

Coloque uma pitada de felicidade na sua tristeza.

– Eu acho que estou me sentindo melhor.

– Que bom! O que melhorou na sua vida?

– Algumas coisas… O chato é que eu continuo não conseguindo ir malhar três vezes por semana ainda e a alimentação ainda não está do jeito que a nutricionista falou.

– Mas já melhorou alguma coisa, não é? E você já está indo à academia? Da última vez que nos falamos você ainda não tinha se matriculado.

– Sim. Mas você sabe que ainda aconteceu outro problema? Sabe aquele prazo do trabalho que eu falei?

– Sim.

– Já está chegando e eu ainda não consegui entregar nada.

– Mas você não perdeu o prazo ainda?

– Não, mas está perto. Não sei se vai dar tempo.

– Entendo. Mas você disse que as coisas haviam melhorado?

– Sim. Acho que estou melhor ultimamente.

– Me diga o que melhorou!

– Ah, algumas coisas melhoraram. Só essa questão do trabalho que ainda está complicada, sabe? Ainda tem aquele cara me tira do sério. Ele é um saco. E, menina, nem posso te chamar para ir lá em casa. Está tudo uma bagunça!

– Mulher! Você me disse que as coisas melhoraram. Eu te perguntei o que melhorou, mas você me responde com outros problemas! As coisas melhoraram ou não?

– Melhoraram sim!

– Então, cacete, me diz especificamente o que melhorou! Faz esse esforço.

– Hum, ok. Bom, como você falou, eu comecei a frequentar a academia. Faz um mês já. Eu não estou conseguindo ir as três vezes por semana que seriam ideais, mas eu fui uma ou duas vezes por semana nesse tempo. De qualquer modo, começar a fazer academia me animou e eu passei a usar as escadas no trabalho. Menos quando chego atrasada, porque eu ainda não estou dormindo tão bem assim. Mas ok, você quer as coisas boas.

– Isso.

– Eu fui à nutricionista também, não é? Eu estava precisando voltar. E já estou comendo melhor. Perdi um quilo só esse mês, mas já é alguma coisa.

– É verdade. Parabéns!

– Obrigada. Hum… Esse prazo do trabalho, eu ainda não terminei, mas eu já fiz alguma coisa, na verdade eu já tenho em mente o que preciso fazer e, se eu focar nos próximos dias, eu acho que consigo terminar a tempo.

– Você já passou por situações desse tipo antes? Conseguiu cumprir os prazos mesmo depois de procrastinar?

– Sim.

– Então as evidências estão a seu favor.

– Acho que sim. Bom, estou feliz também porque minha família está apoiando a dieta. Meus filhos reclamam, mas sabem que é para o meu bem, então eu tenho feio algumas comidas diferentes para eles, mas eles têm comido comigo coisas saudáveis da dieta. Isso me poupa trabalho.

– Ótimo.

– É verdade. E eu também estou pensando, sei lá, estou querendo viajar ou fazer algum passeio bacana… Não sei bem ainda, mas tenho me sentido mais animada ultimamente.

– Que bom! Parece que tem muita coisa boa acontecendo em sua vida.

-É. Acho que sim.

 

 

Reconhece esse tipo de situação? Para falar das coisas negativas nós temos uma bela memória, criatividade e vigor, mas as coisas positivas precisam ser arrancadas de nós. Dependendo de com quem estivermos falando, essas informações ficarão guardadas dentro de nós e não serão valorizadas. Ou pior, serão esquecidas. Da próxima vez que você for falar da sua vida, esforce-se por pensar e colocar para fora as coisas boas. Não precisa ser feliz como nos comerciais de margarina, mas coloque pelo menos uma pitada de felicidade no meio da sua tristeza.

Caso 1: Senhora K.

CAPÍTULO I – Próxima estação: Uruguaiana.

Katarina desceu na estação Uruguaiana do metrô super atrasada, atropelando as pessoas que andavam lentamente na sua frente.
– Licença. Com licença! – Se a pessoa não se mexesse, ela forçava passagem. – Com li-cen-ça. Obrigada.
A estação estava lotada. O que não era nem um pouco comum para aquela hora do dia. Putz… É chuva. Deve ter começado a chover… Espero que não esteja tudo alagado.
A sensação dentro da estação era terrível. Um calor abafado, muito úmido. As pessoas ao redor molhadas de água da chuva e cheirando a suor, cozinhando dentro de seus casacos e cachecóis exagerados. Karina estava com uma blusa branca bem levinha e não sentia frio. A calça que era obrigada a usar por conta da reunião para a qual estava indo estava colando nas pernas dilatadas pelo tempo quente.
Quando chegou na saída da estação, sentiu uma brisa fresca carregada de gotículas de água. Muitas pessoas na sua frente, paradas. Forçou caminho.
– Ah! Não acredito! – O Centro da Cidade já estava debaixo d’água. – E agora? Eu já estou atrasada.
Karina refletiu por cinco segundos antes de tomar uma decisão, se é que se pode dizer que ela realmente tomou uma decisão depois de um processo consciente de raciocínio. Mais parece que ela sentiu uma mistura de diversas emoções. Sentiu um senso de responsabilidade, empurrou para o fundo da mente a censura por já estar atrasada (talvez se tivesse ido mais cedo tivesse chegado no trabalho antes da chuva), sentiu algo que deve ser parecido com o que sentiam os gladiadores romanos, uma adrenalina de quem está prestes a enfrentar um inimigo monstruoso e encarar a própria morte (na ausência dos leões, nos resta o medo dos ratos que bóiam nas águas poluídas que inundam o Rio de Janeiro). Com tudo isso, ela resolveu agir. Esfiar o pé na água podre, mergulhar a perna até o joelho naquela nojeira e ir andando o mais rápido possível, ainda pegando chuva, até o trabalho. O que ela deveria ter levado em consideração para tomar essa decisão, era o fato de que a tal reunião não era nem um pouco importante. Não teria problema algum se ela não comparecesse. Ela deveria ter pensado que ia fazer um papelão chegando lá encharcada para um compromisso irrelevante. Todos olhariam para ela e falariam:
– Olha lá a maluca da Katarina. Enfiou o pé na água, cruz credo, essa mulher vai pegar uma doença. Essa água imunda aí da rua, agora ainda está lá toda molhada no ar condicionado. Eu hein… Tá doido. Será que não sabe, gente, que essa reunião não é nada demais? Deve ter pirado de vez.
Mas nada disso passou pela sua cabeça, portanto ela meteu o pé bravamente na água podre e foi.

 

OBS: O presente texto é de caráter puramente ficcional.

O que dizem as pessoas inteligentes que sabem ganhar dinheiro? Ou: eu deveria sempre querer ganhar dinheiro?

 

Graças a Deus eu tenho sim fontes de renda. Trabalho bastante. É importante que digamos isso antes de começar. Eu não estou passando fome e tenho casa. Posso até ligar o ar condicionado quando está calor sem grandes preocupações.

Bom, agora vamos ao ponto. Estava refletindo ainda agora, enquanto lavava a louça do almoço que ainda estava na pia sobre o que deveria escrever. “Sobre o quanto odeio lavar louça”, pensei. Ou sobre como é legal fazer mindfulness lavando louça. Esse é um tema que está em alta no momento e às vezes eu realmente medito lavando louça. Ajuda a lidar com a raiva. “Não”… Eu deveria escrever sobre essas imagens na minha cabeça. (Para que você entenda de que imagens estou falando: estava tocando aquela música na qual a mulher fala que amou o cara por mil anos e que vai amar por mais mil. Ele diz em uma parte da música que vai morrer todo dia esperando por ele, ou, pelo menos, é isso que eu entendo. Aí eu comecei a imaginar como seria isso de maneira meio mórbida. Eu vou morrer, meu marido vai morrer, e eu tenho certeza de que no momento de nossa morte eu vou achar que não tivemos tempo suficiente para aproveitarmos a vida juntos. Então, imagina se eu encontrasse uma lâmpada mágica e o gênio me desse a seguinte opção. “Olivia, eu posso te dar mil anos para viver com seu marido”. Meu rosto ia se iluminar de alegria, mas o gênio rapidamente complementaria. “No entanto, você teria que esperar outros mil anos antes que isso pudesse acontecer e durante esses primeiros mil anos, você teria que viver vendo a vida sendo tirada de você todos os dias. Você não seria capaz de aproveitar absolutamente nada. Você viveria apenas para morrer todos os dias enquanto espera para se reencontrar com seu amado”. Eu imagino que a primeira coisa que eu perguntaria era onde o meu amor ficaria durante esse tempo todo. O gênio diria “Dormindo. Em um lugar onde você jamais conseguiria encontra-lo. No fim dos mil anos separados eu te levaria até ele, você poderia despertá-lo com um beijo e aí sim vocês teriam mais mil anos para serem felizes juntos”. Vocês aceitariam? Eu tenho certeza de que eu aceitaria. Seria uma espécie de Mil e Uma Noites às avessas. Eu passaria então os próximos mil anos tentando achar meu amor para acordá-lo logo, porque sou teimosa e estaria em muito sofrimento e com muitas saudades. Será que eu o encontraria? Será que seríamos punidos se eu o acordasse antes do tempo? Será que eu ficaria louca com a espera? Suportaria morrer todo dia? Será que iria doer?).

Eu imagino muitas histórias. Constantemente. E apesar de atualmente conseguir escrever todos os dias, não me sinto capaz de escrevê-las. Em termos de competência mesmo e de perseverança. Talvez um dia eu consiga. Não estou me lamentando. Só avaliando o estado atual das coisas. Não sinta pena. Esse é o primeiro passo para a mudança.

Bom, mas aí eu me perguntei: “Será que a galera que lê o blog ia gostar disso? Aí entram as coisas que as pessoas inteligentes dizem. Todos os cursos e dicas para aqueles que querem ser escritores falam que você tem que encontrar o seu público se quiser fazer sucesso e ganhar dinheiro. Um dos requisitos para isso é escrever com uma temática clara. Assim é que seus leitores te encontram e se tornam fiéis a você.

A questão é que tem sido tão bom para mim apenas escrever e tem tanta coisa ainda que eu quero escrever, coisas que giram em torno dos mais diferentes temas que você pode imaginar, que eu estou começando a achar que eu não quero mais ganhar dinheiro com isso ou ficar conhecida e famosa se, para isso, for necessário sacrificar tantas aspirações. Mas, não se esqueça, como eu disse no início do texto, eu já ganho dinheiro. Trabalho como psicóloga em consultório particular e dou aulas de psicologia. Se eu realmente precisasse viver da escrita seriam outros quinhentos.

Portanto, a ideia não é ganhar dinheiro, mas fazer algo que eu gosto e que me faz feliz para cacete. Esse comentário se refere apenas ao dinheiro e não aos leitores. Ainda tenho esse lado da alma de artista que sofre para colocar algo para fora, mas que gosta quando as pessoas apreciam o trabalho e quer que ele seja visto. Mas se algum dia eu iniciar aqui no blog uma saga de aventura louca ou um conto erótico, não se espante. A ideia é essa mesmo.

Tudo isso vai passar. 

Eu sei que pode parecer como se tudo estivesse perdido neste momento. Mas você sabe que eu sempre estarei aqui para você.
Sim, eu sei que dói muito. Eu também já tive essa sensação de que essa ferida jamais iria cicatrizar. Mas, assim como eu encontrei, você também vai encontrar a sua felicidade. Você merece. Você vai ser mais feliz do que você jamais imaginou que seria possível. Essa dor é necessária para que você se torne mais forte e melhor do que você era antes.

Nono mesversário. 

Olha só que situação!
Passou o dia treze e eu nem me dei conta de que havia chegado o nono mesversário do blog!
Nove meses cumprindo a meta de escrever e publicar todos os dias.
Nem todos os dias foram fáceis, mas está sendo uma experiência maravilhosa.
Enfrentar a ansiedade em relação à escrita e à divulgação do que eu escrevo já por um longo período (sendo esta questão da publicação ainda mais ansiogênica do que o processo de escrita em si, que também não é fácil).
No início, até os quatro ou cinco meses, eu ainda me sentia insegura e temia falhar em algum momento, deixar de publicar em algum dia. Atualmente eu já venci esse medo. Eu sei que se eu falhar a partir de agora não vai ser por ansiedade ou evitação, mas por mero acaso. Se eu for assaltada, por exemplo, se estiver na rua de noite, ainda não tiver publicado e não conseguir chegar em casa a tempo, antes de meia noite. Ufa… Vamos torcer então para isso não acontecer!
Enquanto eu procrastinei, e enrolei e evitei enfrentar minha ansiedade, ela não foi embora. Eu só consegui superar essa ansiedade específica com a escrita quando eu a enfrentei todos os dias por mais ou menos 180 dias. É difícil. Exige esforço. Mas o resultado é muito maravilhoso. Eu ainda sofro com ansiedade. Mas, antes, se eu tivesse que dar uma nota para a ansiedade que eu sentia, de um modo geral, eu daria 7. Atualmente, eu dou 4. Já é uma grande diferença! E eu não fiz esse esforço em todas as áreas da minha vida. Ainda tenho muitas ansiedades para enfrentar.
Mas eu vou chegar lá!

Minha tristeza ordinária. 

Hoje eu não postaria.
Sem vontade nenhuma de escrever.
Triste e abatida.
Ainda assim, eu percebo que no fundo, no fundo, o que eu mais queria era escrever.
Escrever um texto foda, sabe.
Daqueles textos bem doídos.
Doídos mesmo.
Que tem uma beleza poética indescritível, uma profundidade impressionante, e transmitem uma angustiada melancolia. Como poema de Baudelaire ou um conto do Poe.
Pois é.
Queria que a minha tristeza tivesse esse poder.
Mas quando eu fico muito triste e sinto vontade de escrever para expressar essa dor, vem essa ânsia de querer escrever um texto foda e aí eu me sinto oprimida e pressionada e perco totalmente a vontade de escrever.
Complicado, não é?
Não sei o que fazer com isso ainda. Essa prática diária de escrita me força a vencer muitas barreiras. Mas para produzir uma obra literária de fato, eu ainda preciso vencer muitas barreiras mais. Uma delas é essa: a dificuldade de escrever sobre experiências muito negativamente carregadas que ainda me afetam no momento presente (catástrofes do passado eu já consigo narrar).
Mas infelizmente não é hoje que nasce minha grande obra. Por hoje é só tristeza. Feia, sem graça e ordinária.

Encontre sua zona de conforto. 

Estamos acostumados a pensar que estamos presos a nossa zona de conforto.
Não fazemos ou experimentamos coisas novas por causa, supostamente, da mal afamada zona de conforto.
Depois dos quase dez anos de atendimento clínico que já acumulei (e quase trinta anos de vida) penso que não é verdade que as pessoas estão presas em zonas de conforto.
Grande parte das pessoas está presa em sua zona de desconforto. Sabe? “Tá ruim, mas tá bom”. Essa tal zona de conforto é uma ilusão, na verdade. Trata-se sim de uma zona de sofrimento ao qual a pessoa já está acostumada. Tendo isso em vista, uma parte importante do trabalho que essa pessoa tem que fazer é o de, em primeiro lugar, descobrir qual seria a sua verdadeira zona de conforto; em que situação você se sentiria pacificamente tranquilo, equilibrado e bem estabelecido? Depois, a pessoa deveria aprender a criar essa zona de aconchego, conforto e segurança em sua vida.
Qual é o problema?
Todos os “programas motivacionais” te dizem que você tem que sair da sua zona de conforto para se aprimorar e alcançar um rendimento mais alto, ativar sua criatividade. Com isso, gera-se uma confusão. “Se tenho que sair da minha zona de conforto para melhorar, quer dizer que tenho sempre que viver com algum grau de insatisfação e incompletude”.
Isso não é verdade.
Você não está abaixo de seu estado de excelência porque está em sua zona de conforto, mas sim porque está na zona de desconforto.
Quando você entender isso, vai ver a importância de fazer modificações em sua vida. Quem quer sair da zona de conforto? Ninguém! E com razão. Mas todos queremos sair da zona de desconforto.
Para sair da zona de desconforto temos que fazer um esforço. É verdade. Essa é a dificuldade que tentamos evitar. Quando nos machucamos, cortamos a pele, por exemplo, sentimos dor. Fazemos o curativo, pouco depois, a dor diminui. Na hora de trocar o curativo, geralmente dói de novo. Óbvio. Você está mechendo no que está ferido. Vai doer mesmo. Mas isso é necessário para a cura. Na psicologia é a mesma coisa. Sair da sua zona de desconforto dói assim como trocar o curativo de um machucado, mas é necessário para a melhora da qualidade de vida.
Então a mudança exige esforço sim, mas esse é o tipo de esforço que, quando você termina de realizá-lo, você se sente melhor. Se sente desafiado e vitorioso, sente que se superou e evoluiu. A sua zona de conforto, se for uma verdadeira zona de conforto e não uma ilusão de vida boa, não vai travar a sua evolução. Pelo contrário: as pessoas se desenvolvem mais e melhor quando se sentem encorajadas protegidas, seguras e confortáveis. Essas são as condições para que possamos nos desafiar e sairmos vitoriosos. Então não espere mais e saia da sua zona de desconforto!

Causo de cinema e copa do mundo. 

Pela primeira (e espero que única) vez na vida eu assisti um filme com meu marido em uma sala de cinema vazia. Estávamos apenas nós dois. No início achei incrível. Eu poderia falar alto, mexer no celular e reclamar dos personagens assim como faço em casa só que no cinema.
Ok. Estava passando então um trailer de filme de terror quando de repente, putaquepariu, entram duas garotas no cinema bem na direção das fileiras onde estávamos sentados. Caralho! A gente levou um susto da porra. Foi muito bizarro!
O filme começou pouco tempo depois. Umfilme nacional chamado Boas Maneiras. Legal o filme. Sem muita “moral da história”, um filme interessante mostrando lobisomens sob uma perspectiva diferente. Tipo… Um filme de lobisomem que quem curte comédia romântica e tem a mente aberta curtiria. Beleza. Começou o filme e uma das meninas grita lá de cima: “Colega, que filme é esse”? Eu respondi e elas levantaram rindo e forma embora do cinema. Quando elas saíram da sala eu e meu marido olhamos um para a cara do outro: “Cacete, elas realmente deviam ser fantasmas”! Eu não relaxei o resto do filme.
Aquela sala enorme de cinema, só nos dois, qualquer barulho me assustava. Não consegui relaxar.
Nunca mais!
Pessoas… Ruim com elas, pior sem elas.
Não precisa ser igual sessão de Piratas do Caribe às três da tarde. Você já passou por essa experiência? Não recomendo. Mas não precisa ser como a sessão mal-assombrada de ontem também. Ainda mais porque o filme em si que fomos assistir tinha uma certa tensão. Bom, acho que foi emocionante no fim das contas.
O cinema foi o do Downtown. Vale a pena. Gosto cada vez mais e mais desse shopping. Ele é muito agradável e o ingresso não é caro.
Eu não sei se eu consegui passar a estranheza do acontecimento de ontem. Se eu estivesse em um dia ruim, eu teria ficado verdadeiramente com medo e incomodada. Ainda bem que meu dia tinha sido maravilhoso! Então foi tudo curioso e interessante!

Além disso começou a copa para a seleção brasileira, não é? Quantas emoções. Assombração ontem no cinema e hoje com esse jogo que foi uma praga também. Eu vi o jogo. Fique com a garganta doendo de tanto gritar. Que raiva do Neymar. Ele deve estar jogando mal futebol porque tem investido todo o tempo dele em aulas de teatro e cabeleireiro (tava caprichado e o penteado nem desmanchou com o jogo). Que raiva que me dava toda vez que ele caia. E foram muitas vezes. Eu tinha apostado em 2×1 Brasil. O Brasil fazendo o primeiro gol e relaxando. Aí o outro time empatava. Que foi como aconteceu mesmo. Até aí eu acertei, mas eu tinha esperança de que o Brasil recuperasse a vantagem. E não rolou. Sexta-feria! Tomara que a coisa aconteça!