Como sair de um “beco sem saída”? 

Às vezes a gente tem uma forte impressão de que chegamos a um beco sem saída.
Certa vez ouvi num programa de rádio da AM, desses que passam nove ou dez horas da manhã, que um velho ditado chinês dizia “O QUE NÃO TEM SOLUÇÃO, SOLUCIONADO ESTÁ”.
Eu tomei isso como uma grande verdade (todo mundo tem na vida um velho ditado chinês que lhe traz sabedoria, certo?).
Passei a repetir isso inúmeras vezes, para diferentes pessoas.
Só que eu tenho percebido que, na verdade, tudo tem solução nessa vida sim. Digo tudo mesmo.
Mesmo para a morte?
Sim.
A solução para a morte é aproveitar a vida. Mas eu não quero ser assim tão filosófica hoje.
O que acontece é que muitas pessoas se aproximam de mim para narrar uma determinada situação na qual se vêem presas que não conseguem resolver de jeito nenhum. E eu ouço aconselho (se se tratar de um amigo), oriento (se for um aluno meu), uso uma técnica apropriada (se for um paciente), mas algumas pessoas encontram formas de rebater qualquer coisa que você disser sem parar para pensar por um segundo antes de reagir negativamente.
Essas pessoas acabam realmente ficando presas e reclamando incessantemente.
Não deixe isso acontecer com você.
Se você perceber que tem dificuldade para sair desse ciclo de autopiedade, certifique-se de fazer duas coisas: converse sobre a situação com o maior número de pessoas possível (que são confiáveis e que querem seu bem), ouça o que elas têm a dizer; antes de refutar qualquer um dos conselhos ou sugestões que seu ente querido te oferecer use esta regra: não retruque imediatamente. Pense na sugestão uma vez ao dia por cinco minutos (dois minutos para os pontos negativos da sugestão, dois para os pontos positivos e um para conclusões), pelo menos, por três dias.
Mesmo que você não acabe fazendo exatamente o que te disseram, eu tenho certeza de que a sua visão dos fatos já vai ser mais flexível e abrangente. Isso vai te fazer bem.

Sempre em frente!

Hoje é um dia no qual eu falharia no Blog se eu não tivesse um pensamento flexível e fosse indulgente com as minhas limitações.
O texto de hoje é a justificativa de porque não vou escrever.
Hoje eu não tenho tempo para escrever. Atendi 15 pacientes. São 15 horas de trabalho. Cheguei em casa agora e ainda tenho um artigo para terminar.
Se eu não amasse tudo que eu faço, eu já estaria doente.
Como está o seu trabalho? Tenho certeza de que está puxado também. Ou o seu aperto financeiro? Está complicado, não é? Mas acredita em mim, tome o meu exemplo: dá para seguir em frente.
Não desista!
E, qualquer coisa, desabafa aqui nos comentários.

Sobre o amor, o sofrimento e a esponja do mar. 

Ontem eu estava em um bar, na Lapa, discutindo relacionamentos amorosos.
Aí um amigo me perguntou como eu achava que deveriam ser os relacionamentos. Sofrer de amor é normal e necessário? Ou daria para viver sem sofrer de amor?
Eu disse: “Bom, acho que a utopia seria o amor livre universal. Muito amor, zero sofrimento”. Passamos as próximas quatro horas falando sobre isso.
Eu, partidária da idéia de que numa sociedade utópica isso seria possível. Ele afirmando que sofrer (por ciúmes e pelo término do relacionamento com a pessoa amada) é o indício do quanto a pessoa significa para nós. Indício do fato de que elas são insubstituíveis. Eu afirmando que, na minha utopia, mesmo se um relacionamento acabasse, você estaria enredado numa rede de amor tão grande e intensa, que não haveria sofrimento. O único sentimento possível seria felicidade. Você ficaria feliz por aquela pessoa que se afastou de você ter ido dar e receber amor de outras pessoas.
Ele achou esse mundo que eu descrevi frio, individualista, cheio de pessoas descartáveis.
Eu ficava pasma.
Como frio? No nosso mundo a gente sofre pela perda do amor de uma pessoa porque o amor é escasso. A gente vive uma intensa fome de amor. Cada pessoa que a gente perde atualmente significa uma ameaça de solidão e de solteirisse, de relacionamentos vazios para o resto da vida.
Num mundo com muito, muito, muito mais amor, as pessoas que se vão, teriam para sempre um lugar especial em nosso coração, claro, mas não sofreríamos justamente por saber que ela estava apenas indo ser feliz amando outras pessoas. Não seria uma perda, um término. O amor não seria um período de relacionamento marcado pelo tempo que ele dura. O amor entre todas as pessoas seria eterno e profundo.
A resistência dele em relação à minha utopia (ou seja, não é algo para se colocar em prática amanhã, nem daqui a vinte anos sequer, é meramente um sonho, um olhar sobre um futuro alternativo distante) me fez lembrar de um exercício de imaginação que eu fiz há umas semanas.
Nesse exercício eu era instruída a pensar no meu salário dos sonhos, o dinheiro que eu gostaria de ter na minha conta todo fim de mês. Depois que eu idealizava a quantia, a pessoa que estava orientando a visualização dizia: “Agora que você já pensou no seu salário ideal, pense em um número mais alto do que esse que você imaginou”. Eu pensei comigo mesma: “Não! Mais alto ainda?! Gente, eu não consigo nem imaginar isso”. Precisei me esforcçar muito para seguir a orientação. E ainda assim, não dava nem para ficar milionária com os números que eu imaginei.
Depois, pensando no exercício, eu fiquei boba. Era uma exercício de imaginação! Eu poderia me imaginado ganhando dois bilhões de euros por semana. Mas eu estou tão presa à minha realidade, que mesmo na imaginação, é difícil me libertar.
Me pareceu que meu amigo estava sofrendo do mesmo sintoma.
A gente fica tão preso ao fato de que sofremos e muito ao longo de nossa vida amorosa, que fazemos essa extrapolação, e pensamos que é absolutamente necessário sofrer quando se ama uma pessoa. Não conseguimos conceber o amor sem sofrimento.
Isso é muito triste.
Eu prefiro dar asas à imaginação e pensar no melhor cenário possível. Tornarei esse um exercício constante em minha vida.
No fim das contas, minha mãe já me alertava para isso desde que eu era pequena.
Ela me contava a história da esponja e da estrela do mar, que era mais ou menos assim:
A esponja, que morava lá no fundo do mar, via a estrela do mar e pensava como deveria ser boa a vida da estrela do mar. Certo dia, Deus se voltou para a esponja do mar e disse: “Esponja, hoje é o seu dia. Você pode escolher qualquer ser no universo inteiro no qual você queria se transformar, que eu vou realizar seu desejo. Você pode escolher ser uma planta rara no deserto, um pássaro e voar livre junto com os quatro ventos do mundo ou ainda ser qualquer um dos astros do céu…” A esponja interrompeu o Senhor e falou: “Ok, ok, Deus. Eu já sei o que eu quero! Eu quero ser aquela estrada do mar ali”! E Deus transformou a esponja na estrela do mar.
Essa história mostra justamente como nossos desejos e sonhos são limitadas pelo que está bem diante do nosso nariz.
Esse não é aquele papo de que é só mentalizar que a coisa vai cair no seu colo. Eu nem estou falando realizações ou metas. Estou meramente falando de libertar a imaginação para pensar em coisas melhores e mais positivas. Só isso já causa um impacto maravilhoso em nossa vida.

Ursão. 

– Caraca, então quer dizer que ele saiu do armário lá na festa da empresa? Quando ele começou a falar eu não acreditei!
– Pois é. Mas você não sabe… Eu tenho um amigo de infância, eu já dormi na casa dele e tudo, nunca, nunca rolou nada, assim, o cara sempre tranquilo. Tinha um jeito, mas nunca fez nada, dormi na casa dele várias vezes, né. Ele casou, teve filho. Aí agora, com quarenta anos, o cara, ele falou para mim isso, ele me contou, que resolveu experimentar.
– Caraca, mano. Sério?
– Não, mas escuta só! Aí ele resolveu experimentar, acabou contratando um garoto de programa.
-Nossa, sério?
É, ele contratou um garoto de programa e gostou do negócio.
-Putz!
-Escuta, escuta! Ele gostou do negócio e tá nessa parada aí. Está indo a várias festas gays. E ele gosta da sacanagem mesmo. Sabe? Briga de espada – altas gargalhadas -. É! Não! Estou falando sério! Ele gosta da sacanagem mesmo! Sabe? Da sacanagem!
-E ele te contou, foi isso?
-Foi! Ele veio me contar.
-E a família dele não sabe!
-Sabe! Sabe sim! Ele contou. Ele falou para a mulher dele, a família toda sabe!
-Que isso, cara!
-E o cara gosta! Ele gosta da sacanagem! Briga de espada! Não! E ele é alto assim, grande. Um pouco acima do peso. E ele é bem peludo, sabe. Então o cara é grande, meio gordo e peludo. E tem nicho para isso. É o ursão! Então ele vai nessas festas e faz sucesso. Em site na internet… Aqui! Aqui! Aqui! Olha aqui uma foto dele! É ele aqui. Esse aí sem camisa.
-Ah… Sei… Mas e Marcinha, hein?
-Então, não vejo Marcinha desde antes do ursão.
-É, né. E aquela empresa lá que você trabalhou?
-Nessa época aí que eu via muito o ursão.
-Ok, cara. Entendi.
-É! Que escroto, né?! O cara, ursão, briga de espada – ri novamente, chacoalhando o corpo, com sorriso largo, enquanto o outro esboça um sorriso de canto de boca, dá os últimos goles no café e se despede.

#MarielleVive

A Marielle dói. Dói em todo mundo.
A Marielle vive também. Vive agora nas nossas ações.
Viva sim.
Vivendo as milhões de vidas que vivem aqueles que lutam.
Temos que seguir, de hoje em diante, com esta pergunta: o que eu posso fazer para mostrar que você vive em mim, Marielle?
Nós não somos responsáveis apenas pela nossa vida. Somos responsáveis por todo o impacto que as nossas ações têm no mundo. Como o impacto que você vai gerar no mundo daqui para a frente vai manter Marielle viva?

Eu não acredito que Stephen Hawking faleceu. 

É claro que desde hoje cedo estou pensando a respeito de como escrever sobre a morte de Hawking.
A verdade é que não sei da vida dele para além do que é mostrado no filme A Teoria de Tudo e que não sei de seus estudos ou teorias.
Mas certamente eu sempre soube da figura dele. Do físico brilhante que venceu inúmeras barreiras e que, contrariando todas as chances, se tornou mundialmente e eternamente famoso.
No fim das contas ele era a encarnação da vitória da mente humana sobre todas as adversidades. E a existência dele era um conforto e uma fonte de inspiração.
Talvez seja estranha a notícia de sua morte justamente por isso, porque ele é um imortal.
Assim como outras figuras das artes, da filosofia e da ciência, seu nome, sua vida e suas idéias serão comentadas e debatidas vivamente ainda por muito tempo.
E nós estamos acostumados com o fato de que a grande maioria das figuras famosas que veneramos, admiramos, estudamos, está morta.
Mas este gênio imortal, Stephen Hawking, estava vivo e, infelizmente, faleceu hoje. Ele compartilhou do nosso tempo. Eu respirando aqui na minha casa e ele lá na dele. Esse é um sentimento que que a gente não aprecia todo dia.
Ainda mais por esses motivos, sua morte é uma grande tristeza e um tremendo choque.

Mas, vamos aguardar, quem sabe ele realmente quebrou a barreira da viagem no tempo e a gente ainda esbarra com ele de novo no futuro…

Seismesversário.

Hoje é dia de comemoração!
Hoje fazem seis meses que eu venho publicando diariamente no Blog.
Sim, estou muito feliz.
Atualmente uso a experiência de sucesso do meu comprometimento com o Blog como um exemplo a ser seguido em outras áreas da minha vida.
Foi muito bom começar com algo que eu gosto. A minha motivação e a felicidade que essa experiência me proporciona é enorme. É mais fácil não falhar dadas essas condições.
Se eu tivesse começado com uma meta de ir à academia, ou de realizar uma mudança maior na alimentação (como eu já fiz no passado), eu acho que eu não teria sido tão bem sucedida (como eu disse, eu já havia tentado antes).
Mas a maneira como lidei com o Blog aumentou o meu senso de auto-eficácia, ou seja a minha confiança em mim mesma, na minha capacidade de fazer as coisas que eu me proponho a fazer.
Depois do blog eu já mexi na alimentação (para torná-la mais saudável) e comecei a retomar a atividade física (com as aulas de dança que eu amo).
Eu tinha essa idéia de que fazer um planejamento e seguir esse planejamento era algo negativo, limitante, rígido, pouco produtivo e pouco criativo.
Como eu estava enganada!
O planejamento é o caminho que te leva a alcançar o que você de fato deseja para a sua vida. Quem desenha o plano é você. Ele tem que ter a sua cara mesmo, mas sem ele a gente não realiza o que se propõe.
Portanto, tenho certeza de que foi o fato de eu ter feito um planejamento, de eu ter tido clareza do que eu queria com o Blog e de como eu iria fazer isso, que me fez ter passado por esses primeiros seis meses tendo publicado todo dia, trabalhado muito e dado conta do doutorado também.
Um brinde aos seis meses que faltam para completar o meu projeto inicial de escrever todo dia por um ano!
Obrigada a todos que vêm acompanhando o trabalho!

Pense direito. 

A maneira que nós pensamos influência a maneira como nos sentimos.
Albert Ellis, pai da Terapia Racional Emotiva nos fala da MUSTurbation (conceito em inglês difícil de ser traduzido, mas que significa algo como a “ditadura dos deveria”):
1- Eu devo me sair bem sempre ou eu não sou bom.
2- Você deve me tratar da maneira que eu quero, se não, você merece queimar no inferno.
3- O mundo deve me dar o que eu quero, quando eu quero, ou ele é um lugar terrível.
São esses pensamentos que alimentam nossa frustração quando as coisas não saem da maneira que nós demandados.
Por isso, o autor diz que temos que “pensar direito” e entender que não é o mundo que nos faz mal, mas sim a nossa maneira de encarar e de lidar com o mundo.
Se formos mais racionais ao pensar em nossas demandas, certamente aprenderemos a sofrer menos quando as coisas não saírem da maneira que desejamos. Isso nos dará inclusive forças para seguirmos em frente, para seguirmos buscando aquilo que desejamos.
Se você está em um relacionamento com alguém que trata você mal, e você pensa que esta pessoa é obrigada a te tratar bem, você insiste em um relacionamento fracassado com alguém que não vai mudar. Se você entende que a pessoa com quem você está não “tem que” coisa nenhuma, você termina o relacionamento e sai buscando o que você deseja.

“O seu dia começa aqui”.

Eu não fui geneticamente constituída para acordar cedo, como eu já falei para vocês.

Mas eu tenho tido que acordar bastante cedo nas ultimas semanas e eu não vejo isso mudando nos próximos meses. Vou estar ainda mais atarefada do que nas últimas semanas, com muitas atividades logo cedo.

Eu tenho sentido ao longo do dia aquele cansaço que eu não me lembro de sentir desde os tempos de faculdade.

Durante os tortuosos anos da escola e o início da faculdade, eu era obrigada a acordar cedo todos os dias. Eu vivia com uma funda olheira e um cansaço constante. Do meio da faculdade e diante, já fica bem mais fácil fazer o seu horário de modo que você não pegue matérias no período da manhã e os meus estágios em clínica e pesquisa também eram em horários favoráveis ao meu ritmo biológico.

Quando comecei a trabalhar em consultório particular e fazer o mestrado, meus horários continuaram sendo ajustados ao meu ritmo biológico. Eu tinha que acordar cedo uma ou duas vezes na semana, o trabalho e o estudo ficavam para os turnos da tarde e da noite.

Ultimamente, novas atividade profissionais têm me feito acordar cedo mais umas três vezes na semana. Este novo projeto vai durar ainda pelo menos três meses, portanto, tem muita barra para aguentar ainda (com o meu esforço para que isso renda bons frutos, claro).

Mas, enfim, estas são as minhas escolhas no momento.

O que tem me incomodado é que eu tenho tido que pegar o metro quando saio para trabalhar cedo. E o metro teve a horripilante ideia de colocar a frase O SEU DIA COMEÇA AQUI, assim mesmo, em letras garrafais nas estações. E eu fico muito irritada quando eu vejo essa frase. Não, Metrô Rio, o meu dia não começa aí, quando eu pego o metro para trabalhar.

O meu dia começa na minha casa quando o meu despertador toca pela primeira vez e eu, ainda zumbizando de tanto sono, aperto o botão da soneca no celular. Três ou sete minutos depois, soa o despertador do meu marido. Ele gosta de números quebrados e ímpares, então, enquanto eu ponho o meu despertador para 07h, ele põe o dele para 07h03 ou 07h07. Nesse momento eu já estou um pouco mais desperta. Quando o soa novamente o meu alarme, eu, geralmente, levanto da cama.

Então, dependendo do meu humor e do quão cansada eu estou, eu coloco uma série “aconchegante” para passar na TV (tipo Friends), ou eu coloco música para tocar. Nos dias em que eu estou mais cansada, música para dar um up, nos dias em que estou mais mal-humorada, uma série costuma me deixar mais felizinha (só uma curiosidade: o meu corretor quer que eu corrija “felizinha” por “feiazinha”. Onde esse mundo vai parar, meu deus?!), traz boas sensações.

Eu deixo o café passando enquanto tomo banho. Às vezes meu marido levanta para me ajudar com essas coisas. Ele prepara o café da manhã, separa algumas coisas que eu tenho que levar caso eu tenha esquecido de guarda-las na bolsa que deixo pronta da véspera, me dá uma opinião quanto à roupa.

Comemos falando sobre como vai ser o dia.

Últimos retoque e verificações e eu estou pronta para sair.

Eu moro a meio caminho entre duas estações de metrô. Ou eu ando 20 minutos até uma delas, ou pego um ônibus até a outra. 20 minutos de caminhada para pensar na vida, quando eu saio cedo e não estou de salto, essa costuma ser a minha opção; ou a aventura que é andar de ônibus no Rio de Janeiro, quase sempre, uma aventura.

Aí, enfim, eu chego até o metrô.

A gente não pode menosprezar nenhum momento das nossas vidas. Mesmo na correria da manhã, eu passo ótimos momentos e isso me dá energia e felicidade para passar o dia. Se o metrô me convence de que o meu dia começa ali, naquela lata de sardinha com o trabalho como a próxima parada, por mais que eu goste do meu trabalho, eu piro.

Só o que me falta é eles começarem a colocar esses letreiros, que atualmente são tipo cartazes, por painéis tecnológicos que, às quatro horas da tarde vão mudar para SEU DIA TERMINA AQUI.