“Por onde andam meus pés”? Dia 1.

Hoje meus pés tiveram um ótimo dia.

Trabalharam muito pela manhã. Eu saí de casa cedo e fui andando até o local do encontro que havia marcado numa padaria com uma amiga. Voltei andando também. Meus pés às vezes pagam caro pela economia da passagem de ônibus.

Pelo menos, o fato de ter sido um compromisso informal me permitiu sair de chinelo.

Depois de chegar em casa, passei o resto do dia descalça.

Na hierarquia de desconforto que os sapatos me trazem, os chinelos são os mais toleráveis. Mas ainda assim, prefiro os pés descalços.

Nunca gostei de sapatos.

Lembro que mesmo no quintal da casa da minha avó, ou no quintal dos meus tios em Cabo-Frio, eu andava descalça. Independentemente das formigas ou das pedrinhas. E quer saber? Era até meio que como uma massagenzinha masoquista de vez em quando.

Essa paixão por andar descalça não foi abalada nem mesmo quando, lá em Cabo-Frio, eu pisei em um marimbondo e o ferrão entrou no meu pé. Doeu horrores para retirá-lo. Eu me lembro até hoje dos adultos ao meu redor. A sola do meu pé sendo espremida e eu chorando.

De noite, antes de dormir, eu certamente terei de lavar os pés para não sujar a cama. É que a casa anda precisando de ser varrida…

Hoje foi um dia de liberdade pediosa.

Pedioso significa “referente aos pés” .

E, assim como para os meus pés, hoje foi, para mim, um dia agradável de liberdade, ainda que um pouquinho cansativo.

 pes dia 1.JPG

 

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