Vamos falar sobre tristeza e solidão na pós-graduação. 

Hoje eu pude conversar com os alunos da minha pós-graduação sobre tristeza, solidão e depressão nesse meio universitário.
Levei o assunto a uma reunião do corpo discente como proposta de pauta para a próxima reunião. Eu falei meio hesitante, achando que o assunto não ia ser bem recebido, que as pessoas iam se fechar, não iriam querer tocar nessa ferida ou acreditariam que esse não era um assunto assim tão importante.
Qual não foi a minha surpresa quando as pessoas não só se mostraram abertas para discutir o assunto, mas também super dispostas e interessadas em realizar algum tipo de ação para atacar esse problema. Na verdade, muitas pessoas admitiram passar por intenso sofrimento com o trabalho acadêmico. Não estamos sozinhos e todos os estudantes precisam saber disso!
Então, a boa notícia é que eu e os alunos interessados em participar do projeto (que podem ser de qualquer pós-graduação e universidade), iremos começar a trabalhar para promover um espaço aberto e seguro para que os estudantes falem sobre suas angústias! Se você quer participar ou conhece alguém que poderia estar interessado em participar da organização e planejamento desse projeto, peça para entrar em contato comigo!

“De S. a K.”.

Já escrevi alguns textos no blog sobre blackout poetry. Você pode vê-los  aqui e aqui.

Pois é… Hoje eu tive um dia bem tenso e estressante e não estava me sentindo muito bem quando cheguei em casa depois de passar o dia inteiro na rua cumprindo obrigações que eu ainda não sei muito bem a qual propósito vão servir na minha vida. Quando cheguei em casa, pensei no blog e eu ainda não tinha preparado o texto de hoje. O que melhor para se fazer, depois de um dia estressante, do que passar algum tempo fazendo algo que vai te fazer se sentir bem? (Lembra do texto de ontem? Eu realmente uso aquele modelo de tabela para pensar sobre a minha vida. Com o hábito, eu já nem sempre preciso desenhá-la no papel, eu apenas mantenho-a em mente para avaliar os meus dias). Tendo isso em visto, eu pensei que o texto de hoje deveria ser especialmente terapêutico para mim.  Neste momento tive um insight! Vou cutucar a minha dissertação!

Eu sei! Não parece nada terapêutico! Mas isso é porque você ainda não fez blackout poetry na sua dissertação. Foi libertador!

Eu ainda pretendo fazer nela inteira. Hoje foi só o primeiro passo.

E eis como ficou o resumo da minha dissertação… (Orientador, caso o senhor esteja lendo isso, saiba que a blackout poetry não é desrespeitosa com o texto, pelo contrário: é uma forma potente de apropriação da escrita do autor. E deus sabe que os estudantes universitários sofrem com o sentimento de desconexão em relação ao resultado dos seus trabalhos acadêmicos. Eu ainda vou realizar uma oficina com ex-estudantes de pós-graduação só para fazer trabalhos artísticos terapêuticos com as teses e dissertações. Quem tiver interesse… inbox!).

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de s a k