Se liberte dessa culpa!

Domingo a noite e eu sem tempo para escrever no Blog. Sabe o porquê? Eu estou estudando.
Isso mesmo. Eu e meu marido estamos estudando. Ele porque está terminando de escrever a dissertação e eu porque tenho uma reunião para debater um texto com meu orientador do doutorado na quarta.
Durante o dia eu não tive tempo de estudar. Foi aniversário da minha prima (maravilhosaaaaaa) e nós ficamos pintando, desenhando e comendo o dia todo.
Amanhã? Não estou de folga não. Vou atender doze pacientes. São doze horas de trabalho. E eu não estou falando tudo isso para você me admirar ou ter pena de mim, sei lá.
É que recentemente eu estava conversando com uma amiga de infância e pensando: “Cara, os pais dessa pessoa achavam que eu era uma má influência. E olha nós hoje em dia… Na verdade, alguns pais achavam que eu era a má influência”. Por isso eu comecei a fazer uma lista mental das minhas conquistas.
Olha a má influência aqui, hoje em dia. A má influência que nunca repetiu de ano, que passou no seu primeiro vestibular para a UFRJ (e depois para o mestrado e o doutorado), que ganhou uma bolsa de estudos e foi para a Alemanha estudar, que trabalha e sustenta sua casa junto com seu marido, que tem um excelente relacionamento com a sua mãe.
Eu penso nisso tudo e fico irritada. Filhos da puta! Ouvir que você é uma má influência é uma merda! Isso já aconteceu com você? Você se sente errada de alguma forma. Errada é o caralho. Eu sou exemplo. Exemplo do que você deveria querer que o seu filho fosse. Não é porque eu não abaixava a cabeça para qualquer um que quisesse me dar ordens ou que dissesse que eu era inadequada que eu sou má em qualquer sentido que seja. O problema é o embate entre o seu conservadorismo a minha revolução.
Sinceramente? Não. Eu nuca fiz nenhuma merda terrível. Malcriações, birras, equívocos. Isso todos nós cometemos. Adultos inclusos. E olha que eu tenho propriedade para falar, como psicóloga que sou. E eu não fui diferente. O problema foi terem querido me fazer acreditar que os meus erros foram maiores do que o das outras pessoas, que as minhas posturas foram mais inaceitáveis, foram inadmissíveis. Hoje em dia eu é que acho inadmissível continuar carregando essa culpa. Me liberto.
Então se eu ainda te incomodo, tenha certeza absoluta de que isso expressa mais um problema com você do que comigo.

Essa era a minha culpa. Qual é a sua? Aproveita e se liberta junto comigo. Não gaste mais nem um segundo da sua existência se perguntando o que você fez de errado, o que você tem que mudar no seu jeito ou como você tem que agir. Se pergunte apenas o que você desteja da vida, o que você tem que fazer para ser feliz e como você tem que agir para alcançar seus objetivos. 

A culpa está fora de moda. 

O importante é que você faça aquilo que vai te fazer bem. 

Quantas pessoas estão me dizendo que têm vontade de criar um blog! Crie!!! É maravilhoso. Eu sei que a gente têm vergonha de se expor oi de não ter nada de interessante para dizer, mas hoje, novamente, uma pessoa me disse: “A vida é muito curta para a gente ter medo de fazer o que deseja”. E é verdade. Para se reprimir e não seguir os nossos sonhos e para não colocar os nossos desejos em prática a vida é muito curta mesmo. A gente não tem tempo para desperdiçar se privando de certas coisas com medo do que as outras pessoas vão pensar. E, sinceramente, sempre vai ter alguém reclamando da gente e alguém aplaudindo. Independentemente do que a gente faça, a gente vai sempre agradar algumas pessoas e desagradar a outras. É aquilo que o povo fala: “Se nem Jesus agradou todo mundo…” Pois, então.
Ok. Se você me dissesse: “Ah, não sei…. Hoje eu estou com vontade de ter um filho”. Eu te diria para segurar a onda e pensar um pouco melhor no assusto, porque filho a gente não deleta depois que tem, mas um blog? Pintar o cabelo? Essas coisas você pode fazer sem nem mesmo pensar duas vezes! Mergulha de cabeça e se não gostar corta ou deleta.

O que fazemos para não sofrer (e o que, de fato, deveríamos fazer).

O caminho do autoconhecimento é, em certa medida, uma passagem do egocentrismo para a aceitação do outro e do altruísmo.
No amor isso acontece quando abrimos mão da pessoa idealizada que sempre desejamos e nos empenhamos em construir uma boa convivência com a pessoa real que nós amamos.
Nós, mulheres, que crescemos com a imagem do príncipe encantado, evoluímos quando aceitamos o companheiro real por quem acabamos nos apaixonando. Isso não quer dizer que temos que aceitar que sejamos maltratadas ou violentadas por nossos companheiros, de maneira nenhuma.
Mas isso significa sim que vamos entendendo que amar alguém e viver feliz com essa pessoa é bastante diferente da fantasia que tínhamos quando crianças.
Quando resistimos a essa mudança do egocentrismo para a aceitação e compreensão do outro, achamos triste ter que abrir mão das nossas expectativas. Achamos que abrindo mão delas, estamos abrindo mão de algo realmente importante.
Na verdade, abrir mão da expectativa e lidar com as pessoas reais que estão ao nosso redor é a coisa mais saudável e sábia que podemos fazer. Quando abrimos mão das nossas expectativas em relação a pessoa amada, podemos começar a realmente conhecer essa outra pessoa. E é aí que se encontra qualquer possibilidade de mudança e evolução real no relacionamento.
Muitas vezes quando falamos em mudança, queremos apenas que o outro mude, enxergamos apenas a mudança pela qual o outro precisa passar, mas não há comunicação real entre as partes (novamente, não estou falando de casos que envolvem violência doméstica, nesses casos a violência deve acabar antes de qualquer outra discussão, pois a violência impede o diálogo e a compreensão entre os parceiros).
Quando abandonamos a expectativa e deixamos de estar centrados unicamente no nosso próprio ego, o outro consegue penetrar na nossa carne e nos fazer perceber nossas ações através de seus olhos. E nós, por outro lado, conseguimos ter empatia, uma compreensão muito mais profunda do outro. Ao contrário de nos descaracterizarmos nesse movimento, nos tornamos mais ainda o que verdadeiramente somos. Muitas vezes, inclusive, não enxergamos nossos próprios defeitos por estarmos sempre preocupados em apontar defeitos e falhas no outro. A visão que o outro tem de nós expande nossos horizontes.
Claro que nem sempre o outro está correto a nosso respeito, mas temos que saber ouvir e refletir sobre o que o outro pensa de nós, procurar enxergar nosso comportamento do jeito que o outro enxerga, para que possamos evoluir cada vez mais.
E se percebemos que o outro não está na mesma sintonia, provavelmente o relacionamento não terá uma vida muito longa, pois logo a discrepância entre os parceiros estará muito evidente. Uma pessoa estando muito mais evoluído em sua jornada existencial do que a outra. Quando essa discrepância existe, o relacionamento começa a nos fazer mal.
Quando somos egocêntricos, abrir mão de certos desejos é um sofrimento tremendo. Quando somos egocêntricos e o outro não faz o que queremos, nós esperneamos e gritamos até conseguir o queremos. Quando abandonamos esse lugar do egocentrismo, somos capazes de aceitar que o outro também tem desejos e limitações. Que as coisas não são sempre do jeito que nós queremos que elas sejam e nós não nos sentimos frustrados por isso. Se também, por outro lado, formos frustrados em nossos desejos e expectativas (porque ninguém é de ferro) saberemos lidar melhor com esse sentimento de frustração, entendendo que não se trata do fim do mundo. Procuraremos compreender o que levou o outro a agir (ou não agir) da maneira que esperávamos, saberemos se estávamos pedindo demais do outro naquele momento e, a parir daí, vamos tentar encontrar um terreno em comum que seja viável para os dois.
As pessoas que ainda estão agarradas ao seu ego e às suas expectativas acham triste ter que abandoná-las. Para algumas pessoas isso representa um sofrimento terrível. Elas perseguem alguém que seja o eco de seus desejos e idealizações achando que não encontrar essa pessoa significa não encontrar o amor verdadeiro. Essas pessoas estarão sempre infelizes em seus relacionamentos.
Só que não é triste abandonar idealizações e o apego absurdo ao próprio eu. Pelo contrário. É lindo e libertador e nos gera muito menos sofrimento.
Não crie novas idealizações, contudo. Isso não significa que você nunca mais vai sofrer. Os sentimentos negativos são parte essencial da vida. Mas você certamente vai sofrer menos e vai ser muito mais feliz. Vai ter relações amorosas mais profundas e significativas e vai ter um grande crescimento pessoal.
Temos que lutar, então, para nos livrarmos do mecanismo de defesa contra o sofrimento que muitas pessoas colocam em prática: fortalecer o egocentrismo e as expectativas, buscando um “amor verdadeiro” que seja o eco das próprias necessidades.
Muitas pessoas acreditam que têm que encontrar esse ser mágico para não sofrer nos relacionamentos amorosos. E elas não percebem que é justamente essa busca que as fazem sofrer muito mais do que sofreriam se abandonassem esse procedimento. Nesse sentido, é uma loucura o que fazemos para não sofrer, pois isso acaba nos fazendo sofrer mais.
Então, o que fazemos para sofrer menos? Abrimos mão das nossas convicções imaturas de que temos que achar um príncipe encantado em um cavalo branco que lê a nossa mente e não tem vontade própria, dando espaço para pessoas reais e relacionamentos reais, que são imensamente ricos e felizes mesmo com todos os seus defeitos.
(Eu escrevi o texto da perspectiva feminina, mas exatamente a mesma coisa vale para os homens. Eles também são muitas vezes egocêntricos e cheios de expectativas e idealizações a respeito das mulheres com quem se relacionam).

E, como o ser humano é muito complexo e não existe uma receita de bolo para todo mundo, temos que ressaltar que por outro lado, existem aquelas pessoas que aceitam qualquer coisa. 

Esse texto focou naquelas pessoas para as quais a balança pende para o egocentrismo e a idealização do outro. Mas existem aquelas pessoas para as quais a balança pende para o desprendimento de si mesmo e para a subjugação à vontade do outro. 

O caminho do meio é sempre o melhor.

Ser completamente desapegado também pode gerar muito sofrimento. O ponto é sempre encontrar um equilíbrio entre os companheiros. 

Quais são os seus valores?

Saber os nossos valores é algo fundamental no caminho do autoconhecimento e da felicidade. Acreditamos atualmente que quando a nossa vida está alinhada com nossos valores, vivemos de maneira muito mais completa e plena.

Existem inúmeros exercícios para nos ajudar a descobrir nossos valores fundamentais. Uma ferramenta que pode nos auxiliar nesta descoberta é a LISTA DE VALORES. A partir desta lista podemos realizar 1001 atividades. Um exercício simples consiste em escolher 10 valores da lista que você acha que te representam. Vocês encontram várias dessas listas pela internet. Esta que segue a baixo é uma que eu gosto muito. Ela trabalha com termos amplos, pouco específicos, por isso nos permite fazer um intenso trabalho de reflexão em cima do que ela traz de sugestão.

Os valores desta lista não são os únicos. De modo que ela serve mais como instrumento de inspiração do que como um guia fechado na descoberta dos nossos valores.

Você sabe quais são os seus valores?

 

1-                   Abundância

2-                   Aceitação

3-                   Acessibilidade

4-                   Realizações

5-                   Acurácia

6-                   Reconhecimento

7-                   Conhecimento

8-                   Conquistas

9-                   Adaptabilidade

10-               Ser ativo

11-               Adoração

12-               Habilidade

13-               Aventura

14-               Afeto

15-               Abundância

16-               Agressividade

17-               Agilidade

18-               Estar sempre alerta

19-               Altruísmo

20-               Ambição

21-               Antecipação (pensar no futuro procurando antecipar possíveis acontecimentos)

22-               Divertimento

23-               Apreciação

24-               Articulação

25-               Abordabilidade

26-               Assertividade

27-               Estar alerta

28-               Confiança

29-               Ser atencioso

30-               Atratividade

31-               Audácia

32-               Disponibilidade

33-               Estar consciente (awareness)

34-               Temor

35-               Equilíbrio

36-               Beleza

37-               Ser o melhor

38-               Pertencimento

39-               Benevolência

40-               Bem-aventurança

41-               Ousadia

42-               Bravura

43-               Brilhantismo

44-               Flutuabilidade

45-               Calma

46-               Camaradagem

47-               Candura

48-               Capacidade

49-               Cuidado

50-               Cautela

51-               Celebridade

52-               Certeza

53-               Desafio

54-               Caridade

55-               Charme

56-               Castidade

57-               Alegria

58-               Clareza

59-               Limpeza

60-               Lucidez

61-               Esperteza

62-               Proximidade

63-               Conforto

64-               Comprometimento

65-               Compaixão

66-               Compostura

67-               Fechamento

68-               Concentração

69-               Confiança

70-               Conformidade

71-               Congruência

72-               Conexão

73-               Ser consciencioso

74-               Consistência

75-               Contentamento

76-               Continuidade

77-               Contribuição

78-               Controle

79-               Convicção

80-               Sociabilidade

81-               Calma

82-               Frieza

83-               Indiferença

84-               Ser descolado

85-               Cooperação

86-               Cordialidade

87-               Justiça

88-               Estar certo

89-               Coragem

90-               Cortesia

91-               Criatividade

92-               Astúcia

93-               Malícia

94-               Credibilidade

95-               Sagacidade

96-               Curiosidade

97-               Atrevimento

98-               Decidido

99-               Decoro

100-           Deferência

101-           Prazer

102-           Deleite

103-           Segurança

104-           Confiabilidade

105-           Profundidade

106-           Desejo

107-           Determinação

108-           Devoção

109-           Adoração

110-           Destreza

111-           Dignidade

112-           Diligência

113-           Direção

114-           Direcionamento

115-           Disciplina

116-           Descoberta

117-           Discrição

118-           Critério

119-           Diversidade

120-           Dominação

121-           Domínio

122-           Ser sonhador

123-           Ser motivado

124-           Dever

125-           Dinamismo

126-           Economia

127-           Avidez

128-           Êxtase 

129-           Educação

130-           Efetividade

131-           Eficiência

132-           Elação

133-           Elegância

134-           Empatia

135-           Encorajamento

136-           Resistência

137-           Resiliência

138-           Energia

139-           Satisfação

140-           Entusiasmo

141-           Excelência

142-           Excitação

143-           Conveniência

144-           Exultação

145-           Expectativa

146-           Experiência

147-           Perícia

148-           Exploração

149-           Expressividade

150-           Extravagância

151-           Extroversão

152-           Introversão

153-           Exuberância

154-           Equidade

155-          

156-           Fama

157-           Família

158-           Fascinação

159-           Moda

160-           Destemor

161-           Ferocidade

162-           Fidelidade

163-           Violência

164-           Furor

165-           Independência financeira

166-           Firmeza

167-           Estabilidade

168-           Magreza

169-           Estar em forma

170-           Esbelta

171-           Flexibilidade

172-           Fluxo (estar imerso em uma atividade)

173-           Fluência

174-           Foco

175-           Fortitude

176-           Franqueza

177-           Liberdade

178-           Amistosidade

179-           Frugalidade

180-           Diversão

181-           Galanteria

182-           Generosidade

183-           Gentileza

184-           Doação

185-           Graça

186-           Gratidão

187-           Espírito gregário

188-           Crescimento

189-           Orientação

190-           Felicidade

191-           Harmonia

192-           Saúde

193-           Âmago

194-           Presteza

195-           Heroísmo

196-           Socralidade

197-           Santidade

198-           Honestidade

199-           Honra

200-           Esperança

201-           Hospitalidade

202-           Humildade

203-           Humor

204-           Higiene

205-           Imaginação

206-           Impacto

207-           Imparcialidade

208-           Independência

209-           Empreendedorismo

210-           Ingenuidade

211-           Inquirição

212-           Insight

213-           Inspiração

214-           Integridade

215-           Inteligência

216-           Intensidade

217-           Intimidade

218-           Intrepidez

219-           Intuição

220-           Dedução

221-           Inventividade

222-           Investimento

223-           Envolvimento

224-           Maravilha

225-           Sensibilidade

226-           Retidão

227-           Doçura

228-           Agudeza mental

229-           Cultura

230-           Liderança

231-           Aprendizagem

232-           Liberação

233-           Vivacidade

234-           Privilégio

235-           Lógica

236-           Longevidade

237-           Amor

238-           Lealdade

239-           Majestade

240-           Grandiosidade

241-           Fazer a diferença

242-           Maestria

243-           Maturidade

244-           Mansidão

245-           Suavidade

246-           Meticulosidade

247-           Atenção plena

248-           Modéstia

249-           Motivação

250-           Mistério

251-           Natureza

252-           Organização 

253-           Energia

254-           Obediência

255-           Ter a mente aberta

256-           Ser aberto

257-           Otimismo

258-           Ordem

259-           Originalidade

260-           Espanto

261-           Ser ultrajante

262-           Paixão

263-           Paz

264-           Perceptividade

265-           Perfeição

266-           Impertinência

267-           Perseverança 

268-           Persuasão

269-           Persistência

270-           Filantropia

271-           Piedade

272-           Ser brincalhão

273-           Ser agradável

274-           Gozo

275-           Erotismo

276-           Polimento

277-           Popularidade

278-           Potência

279-           Poder

280-           Praticidade

281-           Pragmatismo

282-           Precisão

283-           Prontidão

284-           Presença

285-           Privacidade

286-           Proatividade

287-           Profissionalismo

288-           Prosperidade

289-           Prudência

290-           Pontualidade

291-           Pureza

292-           Razão

293-           Razoabilidade    

294-           Realismo

295-           Ser reconhecido

296-           Refinamento

297-           Reflexão

298-           Meditação

299-           Relaxamento

300-           Religiosidade

301-           Desenvoltura

302-           Respeito

303-           Descanso

304-           Restrição

305-           Reverência

306-           Sacrifício

309-           Sanguíneo

310-           Autocontrole

311-           Egocentrismo

312-           Autoconfiança

313-           Sensitividade

314-           Redenção

315-           Autosacrifício

316-           Sensualidade

317-           Serenidade

318-           Serviço

319-           Subserviência

320-           Sexualidade

321-           Compartilhar

322-           Significado

323-           Perspicácia

324-           Propósito

325-           Silencia

326-           Simplicidade

327-           Sinceridade

328-           Inocência

329-           Solidariedade

330-           Solidão

331-           Sabedoria

332-           Velocidade

333-           Espiritualidade

334-           Espontaneidade

335-           Brio

336-           Discrição

337-           Quietude

338-           Força

339-           Estrutura

340-           Sucesso

341-           Suporte

342-           Supremacia

343-           Surpresa

344-           Simpatia

345-           Sinergia

346-           Trabalho em equipe

347-           Temperança

348-           Rigor

349-           Parcimônia

350-           Oportunidade

351-           Tradição

352-           Tradicionalismo

353-           Tranquilidade

354-           Transcendência

355-           Verdade

356-           Compreensão

357-           Ser único

358-           Unidade

359-           Utilidade

360-           Incapacidade

361-           Valentia

362-           Variedade

363-           Vitória

364-           Vigor

365-           Virtude

366-           Visão

367-           Vitalidade

368-           Calor

369-           Entusiasmo

370-           Vigilância

371-           Riqueza

372-           Obstinação

373-           Disposição

374-           Predisposição

375-           Deslumbramento

376-           Juventude

377-           Zelo

378-           Sutileza

 

 

  • Tive acesso a esta lista de Shelley Klammer em seu curso “100 Days of Art Journal Therapy” (link: https://www.expressiveartworkshops.com/expressive-art-e-courses/100-days-of-art-journal-therapy/), que eu super recomendo!

Guerra contra a felicidade.

Eu estou longe de poder ser parabenizada pelo meu amor aos clássicos da literatura (ou por ter lido uma boa quantidade destes), mas eu já passei tempo suficiente conversando com gente cult para saber que escritores clássicos e as tais pessoas cult não gostam muito de felicidade ou de gente feliz.

Portanto, a felicidade se tornou, já há muito tempo, coisa de gente simples e ignorante.

É um suposto fato cientificamente sustentado que as pessoas humildes, pouco educadas, geralmente pobres, sofrem menos, pois elas processam emoções de maneira menos complexa do que as pessoas que possuem mais recursos intelectuais.

O resultado histórico da mistura de todas essas opiniões é a de que a felicidade e as histórias de amor com finais felizes são malvistas, clichês, e feitas para o povão, para a massa, que “procura entretenimento rasteiro para se distrair”.

Eu até concordo que não abundam os filmes e as histórias românticas de boa qualidade, mas isso pode ser explicado pelo fato de os bons escritores, cineastas, poetas, dramaturgos etc., serem todos cult e nós já estabelecemos que gente cult odeia felicidade.

Essa guerra contra a felicidade e as pessoas felizes tem um viés acadêmico que se soma ao viés artístico.

Acadêmicos e intelectuais tendem a olhar com maus olhos esse papo de metas e de vida equilibrada, dos hábitos das pessoas altamente eficazes e da busca pela felicidade sustentável. Eles nos dizem que essas pessoas querem varrer as emoções negativas para debaixo do tapete. Afirmam que os estudos que comprovariam os benefícios e a eficácia deste novo estilo de vida e dos métodos que devemos empregar para alcançá-lo, não passam de pseudociência, de um discurso vazio e pouco profundo, que geraria, na verdade, um ideal de felicidade inatingível.

Isso tudo é realmente muito melancólico, pois é possível perceber, a partir desse discurso, o quanto as pessoas realmente se sentem tristes ou, não exatamente tristes, mas também não muito felizes de um modo geral; isso tudo a ponto do discurso da busca da felicidade parecer uma ameaça ou uma imposição insustentável, inatingível e dolorosa.

Na verdade, a gente já gastou grande parte dos recursos artísticos, intelectuais e culturais da humanidade relatando e estudando as trilhões de maneiras de sermos miseráveis. Os tratados e obras sobre a felicidade é que rareiam.

Mas o interessante é que elas sempre existiram. Desde a Antiguidade, passando pelo renascimento e chegando aos tempos atuais – nos quais elas se multiplicam – algumas mentes se arriscaram a proferir algumas palavras e a dar algumas pinceladas em homenagem à vida feliz.

Claro que existem os exagerados, aqueles que dizem que devemos ser felizes a qualquer custo e que têm horror das tais emoções negativas, mas generalizar essa postura é um grande preconceito.

O que algumas pessoas começam a buscar não é uma maneira de decepar o lado negativo, bastante rico e construtivo sim, da nossa vida emocional, mas apenas entortar a balança para o outro lado e falar mais de amor e esperança para variar.

O que queremos é, mesmo tendo consciência das mazelas da humanidade e sentindo dor e sofrimento em alguns momentos, reivindicar o direito de vivenciar o que há de verdadeiramente bom na vida e lutar para multiplicar os momentos de felicidade, aprendendo a valorizá-los.

A busca da felicidade é absolutamente legítima. E ela não é um desrespeito ao sofrimento.

A gente conhece muito mais meios de tortura, do que meios de fazer uma pessoa sorrir. E já é hora de mudar isso.

“Por onde andam meus pés”? Dia 7.

Bem assim, um pé dentro e um fora de casa. Simbólico do modo como eu passei meu dia.
Esse clima de fim de ano…
Eu tenho um amigo que disse que começa a sentir os ares mudando no início de dezembro. Eu só sinto isso agora, entre o Natal e o Ano Novo. Ainda bem. Porque eu acho esse clima um saco.
Por um lado a empolgação com o ano que começa, por outro a vontade de ficar de bobeira o dia todo, um pé no ano novo e um no ano velho.
Parece que fica tudo em suspenso. Como quando você espera o fim de semana acabar para começar uma dieta na segunda feira.
Eu tenho pensado nas minhas metas para o ano que vem.
Já tenho alguns planos esboçados, alguns desejos. Nada ainda muito decisivo.
Estabelecer metas não é algo leviano. Quando estabelecemos metas sem responsabilidade e determinação, acabamos não conseguindo cumprí-las e ficamos desmotivados.
Ao estabelecer metas devemos ter cuidado para manter o equilíbrio em nossa vida e para não irmos contra os nossos valores.
Não podemos estabelecer metas sem um período de reflexão antes, mas depois de estabelecida a meta, temos que estar com os dois pés dentro.

Então imagine o seguinte: imagine que você está em um campo minado. Há um caminho marcado nesse campo por onde dizem que é seguro atravessar. Mas, quem sabe? Você não tem certeza dessa informação. O que faria você atravessar esse campo?

Normalmente esse tipo de experimento mostra as áreas da sua vida que você mais valoriza. E dá muito certo estabelecer metas para essas áreas da vida.
O problema é que geralmente adotamos metas externas, sociais, e acabamos frustrados e se força de vontade para continuar buscando a sua realização.
Você por acaso viu do outro lado do campo minado você mesma, saradona, em roupa de banho? Não? Talvez emagrecer seja para você uma meta socialmente imposta. Confie em mim. Torne-se uma pessoa mais satisfeita com a sua vida e o seu corpo em primeiro lugar. E depois emagrecer vai ser mais fácil SE isso ainda for uma questão para você.
Assuma o compromisso de perseguir as suas próprias metas no ano que vem e seja mais feliz em 2018! Os dois pés dentro!

Se obrigue a fazer o que te faz bem.

Hoje eu não quero escrever. E aí? O que fazer?

Bom, estou eu aqui escrevendo, não é mesmo.

Muitas coisas na minha vida têm sido assim. Faço a despeito da vontade de não fazer.

O que faz com que a gente faça o que não tem vontade?

Na minha maneira de ver, existem dois modos diferentes de pensar a motivação para cumprir obrigações contra a nossa vontade.

Por um lado, existem as obrigações que estão continuamente importunando você. Depois que você termina de fazer o que tem de ser feito, você sente uma espécie de ressaca moral, como se tivesse perdido seu tempo. Você não quer nunca mais ter de fazer aquilo, mesmo sabendo que no dia seguinte estará fazendo tudo de novo. Por exemplo: ir para o trabalho todo dia quando você odeia o seu emprego.

Nesses casos, é bom que, na medida do possível, comecemos a analisar e correr atrás de novas oportunidades. Ou mesmo que procuremos realizar atividades, durante os nossos períodos de folga, que recarreguem as nossas baterias, nos deixem mais felizes e bem-dispostos para encarar as obrigações que devemos cumprir e das quais não podemos abrir mão.

Por outro lado, existem as atividades que nos fazem bem. Nem sempre estamos a fim, contudo, de realizar mesmo as atividades que nos fazem bem. Em alguns dias eu estou tão cansada do trabalho que acabo não indo à aula de dança. Mas, quando eu, a despeito do cansaço, consigo me determinar a ir para a aula de dança, eu acabo saindo bem melhor do que eu entrei.

Por isso, tenho tentado me obrigar a fazer as coisas que eu sei que me fazem bem.

Parece estranha esta afirmação, pois passamos a maior parte do tempo nos obrigando a fazer as coisas que não queremos fazer ou que nos fazem mal. As coisas que nos fazem bem, acabamos deixando-as de lado por qualquer motivo.

Eu simplesmente mudei um pouco minhas prioridades. Passei a levar muito a sério tudo que me faz bem e ser um pouco mais relaxada com todo o resto. Isso faz maravilhas para o bom humor, a autoestima e a realização pessoal.

15 perguntas para lidar com situações difíceis.

Tenho me interessado muito por escrita terapêutica.

Escrever pode ser um ato curador, além de ser algo muito prazeroso. Devo falar ainda muitas vezes sobre isso no futuro, pois tem sido um dos meus mais queridos temas de estudo.

Já falei aqui sobre journal therapy. O que eu quero compartilhar com vocês hoje são algumas perguntas, que funcionam como guias para a escrita de si, com o objetivo de trabalhar eventos traumáticos.

É importante, ressaltar, claro, que a escrita de si não substitui acompanhamento psicológico ou medicação. Trata-se apenas de uma forma alternativa de buscar autoconhecimento e alívio do sofrimento.

 

Procure um lugar calmo para se sentar com um caderno. Certifique-se de que você terá um tempo razoável para pensar e escrever sobre as suas experiências.

Se nada disso for possível, ou se você for interrompido, não fique alarmada! Apenas retorne à atividade em uma hora melhor.

 

Pense e escreva sobre as suas experiências passadas a partir das seguintes perguntas:

 

1-      Quem é você atualmente?

2-      Qual é a sua história favorita da infância?

3-      O que você aprendeu de bom com ela?

4-      Esses aprendizados positivos ainda te acompanham?

5-      Alguma coisa no seu passado já te causou dor ou sofrimento? Fale sobre essa experiência.

6-      O que você teve que aprender ou fazer para lidar com este sofrimento?

7-      O que você aprendeu e os comportamentos que você desenvolveu foram positivos ou negativos?

8-      Você ainda emprega estas estratégias em momentos adversos do presente?

9-      Estas estratégias ainda são úteis para você?

10-    O que é curador para você depois do sofrimento?

11-    Se a pessoa que você mais ama neste mundo passasse pela mesma situação que você passou, o que você diria a ela?

12-    Qual é a sua maior força depois de ter passado pelo sofrimento que você passou?

13-    Como o sofrimento que você experimentou contribuiu para o seu propósito de vida?

14-    Quem é você enquanto um ser humano completo e saudável, com experiências negativas e positivas em seu passado?

15-    Se você tivesse que resumir em uma frase a lição mais importante que você tem a deixar para o mundo e para aqueles que você ama, qual seria esta frase? Invente ou se aproprie de alguma citação que passe a mensagem que você gostaria de passar.

 

Sintam-se à vontade para compartilhar histórias comigo. Qualquer dia eu mesma posto as minhas respostas.

 

Sobre a desistência.

 

Desistir é a coisa mais prática que eu poderia fazer neste momento.

Prática. Note que eu não disse fácil.

Às vezes parece que desistir das coisas é a saída mais fácil. Eu não sei como essa ideia nasceu e se solidificou no imaginário popular. As pessoas tendem a dizer que desistir das coisas é fácil. De chamar as pessoas que desistem de fracas. Mas isso não é nem de longe uma verdade absoluta.

Essa ideia perniciosa mantém pessoas que já deveriam ter se separados há muito tempo em péssimas relações interpessoais, pois elas acham que desistir não é a saída. Desistir de fazer uma relação fracassada funcionar é, muitas vezes a melhor saída. Pode impedir que uma mulher apanhe de seu marido algumas vezes.

Desistir de uma graduação que não está te fazendo bem e que não é o que você deseja para o seu futuro para seguir outro rumo pode ser uma decisão muito saudável.

Pode ser que desistir, de fato, não seja uma opção viável em muitas situações (“Como eu vou alimentar meus filhos se eu me separar do meu marido?” ou “Eu não tenho dinheiro para pagar uma nova faculdade”), mas isso não quer dizer que desistir não seria a melhor saída em algumas situações.

Por outro lado, desistir pode sim ser muito ruim. Quando você desiste de perseguir um sonho porque você se sente incapaz de realizá-lo, quando você desiste de lutar pela sociedade que na qual você acredita por falta de esperança de que as coisas vão mudar, quando você desiste de si mesmo porque se acha uma merda.

É esse sentimento de impotência e de falta de confiança em nós mesmos e nas pessoas que temos que conseguir mudar. E não a desistência em si. Temos que continuar desistindo das coisas que nos fazem mal.

Quando desistimos das coisas que amamos, das coisas que nos são caras, o ato de desistir não causa alívio, causa dor. Causa muita dor.

Desistir de coisas que são realmente importantes para você deixa uma sensação de amargo no peito. É um peso enorme carregar a sensação de que você desistiu de uma coisa que era importante para você.

Você, contudo, não é um fracassado, ou fraco, por causa disso, você só nunca foi ensinado a confiar e acreditar em si mesmo. Quase nenhum de nós foi.

Portanto, se você vier me dizer que desistir é fácil; discordo. Mas quanto a ser prático… essa é a maior verdade.

Estou eu aqui, escrevendo, sábado à noite. Nada me impede de simplesmente não escrever.

Certamente seria muito mais prático do que ficar aqui sentada pensando no que escrever, me perguntando se alguém vai ler, me perguntando se as pessoas vão gostar, me perguntando se vão odiar, o que vão pensar de mim, será que isso pode afetar minha carreira profissional etc.

Mas será mesmo que isso é verdade? Será que é mais prático desistir?

Se eu não estivesse escrevendo eu estaria me perguntando que tipo de texto eu poderia estar escrevendo, que universos e personagens eu poderia ter criado, que tipo de escritora eu poderia ter sido.

Talvez essas inquietações e frustrações estivessem diminuindo muito mais a minha qualidade de vida e atrapalhando a execução das minhas tarefas cotidianas. Quando eu estou me sentindo deprimida e frustrada eu não funciono muito bem.

Eu já fiz isso de não escrever por muito tempo (como eu bem já contei para vocês aqui). Agora tenho a impressão de que não posso fazer outra coisa que não escrever. Mesmo quando eu não sei o que dizer, mesmo quando eu estou sem paciência, mesmo quando me dizem que escrever em blog não ajuda ninguém a se tornar um escritor (principalmente se você quiser ser “louvado na academia”).

A vida sem esses grandes propósitos de se tornar alguém admirável seria muito mais agradável e menos estressante.

Alguém que não desiste, alguém que consegue fazer tudo na vida funcionar, estudos, trabalho, família, amigos, yoga, salada, exercícios, lazer, cultura, vida emocional. Foda-se! Essa pessoa não existe.

E está tudo bem com o fato de ela não existir. Essa é a pessoa ideal de uma ideologia de merda. O jovem-adulto, geração saúde, bem-sucedido e inteligente no sentido tradicional e emocional. E, não se esqueça, o ponto fundamental é que você tem que livremente escolher ser todas essas coisas. Você precisa se conscientizar da importância de ser assim. É aí que começa o seu sucesso.

Nesse universo desistir é sinal de derrota.

Qual é a sua desculpa? Se lembra desse slogan?

Parece que “ser alguém na vida” e “ser notado” são os únicos propósitos contemporâneos. Os órgãos de fomento devem pensar assim para nos obrigar a colocar nossos nomes em tantos artigos.

Eu quero que a escrita ocupe outro lugar na minha vida.

Escrevo porque quero escrever e escolho fazer isso no lugar de fazer outra coisa. Essa é uma escolha que eu tenho tido que fazer todos os dias. Às vezes me pergunto no que isso vai dar, quando eu vou parar, em um ano? Dois? Às vezes eu relaxo e sigo o fluxo dos meus desejos.

Essa tem sido uma sensação cada vez mais recorrente para mim. Com o trabalho… Com o doutorado… Com as minhas pendências emocionais.

Resumindo, as únicas coisas que você precisa saber são as seguintes: você tem que desenvolver confiança em si mesmo (essa é, sem dúvida, a lição mais importante); você pode e deve desistir do que estiver te fazendo mal; e não tem problema nenhum no fato de você ser um jovem-adulto, geração saúde, bem-sucedido e inteligente no sentido tradicional e emocional, contanto que você saiba que o seu coleguinha do lado não está errado se ele não fizer essa mesma opção, porque você não é o dono da verdade, você apenas possui certos valores, que não são eternos nem imutáveis, dos quais nem todas as pessoas compartilham.