A felicidade, calma e tranquilidade está nas coisas mais simples. 

Lista de coisas que gosto de fazer que me deixam feliz e relaxada:

Ler
Dançar
Escrever
Colorir mandalas
Caligrafia artística
Pintar (madeira, vidro, tela, basicamente qualquer tipo de material com qualquer tipo de tinta)
Correr
Cuidar das plantas
Gravar vídeos (que ainda não tenho coragem de postar)
Decorar a casa
Ver séries e filmes repetidos (só os que eu gosto muito)

Aí está. Uma lista de coisas que eu gosto de fazer e que fazem com que eu me sinta bem. Coisas que eu posso fazer por mim mesma sem depender de mais ninguém e que recarregam minha energia.
Você sabe qual é a sua lista? Quais são as coisas às quais recorrer quando você está dominadx por emoções negativas? Nervosx, confusx, ansiosx, triste…
A maioria das pessoas não sabe quais são as coisas que as fazem se sentir bem. Então, quando estão se senindo mal, não sabem nem mesmo como começar a fazerem algo por si mesmas, para sair do buraco. Se você é uma dessas pessoas, dedique um tempo para descobrir o que te faz bem.
Como fazer isso? Preste atenção ao seu dia a dia. Quais são as coisas que te fazem bem? Que te deixam feliz? Pense também no seu passado. Que coisas você fazia, na sua infância e adolescência, que te deixavam feliz?
Vale a pena investir em si mesmo e lembrar sempre que a nossa felicidade é constituída em grande parte pelas mais simples coisas do dia a dia.

Outras violências.

Ainda no pescoço! Direto no pescoço. Era sempre onde você me atacava. Mas agora tem gente para ver e essas pessoas, essas testemunhas não vão permitir que você me convença, como você fazia quando éramos só você e eu, de que os enforcamentos, os chutes nas costas, os roxos no braço, não eram sinais de violência e agressão física. Você fez muito bem mesmo. Nunca me deu um tapa na cara e por isso conseguiu me fazer acreditar por muito tempo que eu não sofria de violência doméstica. Você se recusou a acreditar. Lá no fundo, eu sempre desconfiei. Você fingia que não existia essa minha desconfiança. Como é para você? Saber que, no fim das contas, você foi traído? Que eu te enganei e te enganei bonito? Que eu aprendi a jogar tão bem o seu jogo que eu pude me mover por entre o pântano que você criou ao meu redor e escapar e esconder um amante bem debaixo do seu nariz? Eu aposto que você se sente completamente estúpido agora. Como é para você saber que eu sou mais inteligente? Que eu tenho mais desejo? Que eu estou mais viva do que você? E, quando por tristeza eu minguava, você adorava. Adorava que eu fosse preguiçosa, adorava que eu estivesse semidesfalecida, jogada na cama enquanto você cuidava da sua vida. Você adorava ter que cuidar de mim, tão fraca, para poder reclamar depois, me punir e se sentir superior. Mas mesmo com a sua presença nociva, seus comentários devastadores, mesmo com o meu mal-estar e seu narcisismo, eu consigo ver agora que você era fraco desde o início. Tão fraco. Fraco, sozinho e amedrontado. A única força que você tinha mesmo era a força bruta dos membros masculinos. Nas pernas e nos braços, no caso, em outros departamentos você tinha a maciez de um marshmallow.

Recolhimento. 

Olá! Tudo bem? Então, me desculpe, mas eu não vou poder cumprir o que combinamos. Sinto muito. Eu sei que era importante. Eu não quero que você fique chateada comigo. Isso não significa que eu não quero estar presente, ou que você não é importante para mim. Você é muito importante para mim. Mas a vida está tão louca, tudo tão corrido. Eu inclusive preciso desabafar também. E quero ouvir os seus desabafos, mas não vai dar para ser nesse momento. Você acha que a nossa amizade resiste a esse imprevisto? Eu espero que sim. Eu queria me desdobrar e ir até você, só que eu estaria cometendo uma violência comigo mesma se eu seguisse em frente com esse plano. Talvez no final de semana que vem role da gente tomar um café. Mas, nesse momento, eu preciso de um tempo de recolhimento. Suspendi todos os meus compromissos, inclusive, não só com você. Liguei para o trabalho e disse que só voltaria depois do feriado, vou ficar sem ir à academia, olhei a geladeira agora para confirmar que não vou precisar sair de casa nem para ir ao mercado. Qualquer coisa eu peço comida. Para você ver. É de um tempo mesmo que estou precisando. Quem me dera eu tivesse respeitado esses momentos mais vezes ao longo da vida. Você também poderia fazer isso de vez em quando, sabe? Eu sei que você sofre assim como eu com essa loucura que é a vida cotidiana. Eu compreenderia se você tivesse essa mesma demanda e estivesse desmarcando comigo para passar um tempo consigo mesma. Enfim, estarei fora de alcance nos próximos dias. Acho que até que o celular vai ficar desligado. Assim que eu encerrar esse meu momento, sair do meu recolhimento, eu entro em contato ou você. Beijos e até!

Será que eu dou conta?

Sim.
Não foi sempre que eu consegui dar essa resposta.
Precisei trabalhar muito para conseguir responder afirmativamente a um desafio.
A gente sempre se preocupa com uma possível traição do amigo, do namorado, do colega de trabalho. E eu entendo. Ser traído por aqueles que estão ao nosso redor é horrível mesmo.
Mas não nos preocupamos muito com o fato de que constantemente traímos a nós mesmos. Nos enganamos, mentimos para nós mesmo e nos subvalorizamos em relação às outras pessoas.
Não mais.
Chega de sermos traídos pelos nossos próprios comportamentos e sentimentos.
Aquele embrulho no estômago que aparece quando estamos diante das dificuldades, os pensamos de que não seremos capazes, de que as coisas simplesmente não vão dar certo para nós.
E por isso nem tentamos. Traição. Traição dos nossos desejos e do nosso potencial. A traição mais traiçoeira que existe. Porque de namorado, amigo e trabalho a gente se livra, mas de pele, de alma e sangue, não. Se traímos a nós mesmos, passaremos a vida inteira sendo enganados e miseráveis.

Portanto a minha resposta é: sim, eu consigo. No presente. Sem mais.