Esplêndidas excentricidades. 

Sentar no chão de uma livraria é uma das minhas atividades preferidas.
Sabe o prazer que algumas pessoas têm em experimentar e comprar roupas? Então, sentar no chão da livraria, ler a contracapa, a orelha, a primeira frase do livro… Eu gosto de experimentar e comprar roupas também, mas experimentar e comprar livros é ainda melhor.
Hoje eu tive esse prazer. Na livraria da Cultura no Centro da Cidade. Aquela livraria é tão maravilhosa que eu já levei currículo lá duas vezes. Eu trabalharia lá feliz da vida. Infelizmente nunca me chamaram, enfim…
Eu também devo admitir, e esse é o meu ponto aqui neste texto no fim as contas, que gosto de “ser diferente” das outras pessoas. Entre aspas porque eu acho que todo mundo, no fundo, no fundo, é bem igual. Alguns escondem suas estranhezas melhor do que outros. Só isso. Eu gosto de colocar minhas estranhezas para fora.
Que estranhezas você está escondendo do mundo? Bota para fora! Só assim os outros estranhos vão conseguir achar você.

Mindfulness de um olhar apaixonado. 

Não se trata de um complicado “adeus”, apenas de um “até logo”. E o meu olhar encontrou o seu. Como sempre. Não é novidade isso também. Eu olho nesses olhos um milhão de vezes ao longo do dia e estas pálpebras mais tantas ao longo da noite. Mas ao dizer “bye, bye, baby, vou para o curso e já volto”, se eu demoro um segundo a mais para virar o rosto, eu sinto uma dor aguda. Como uma pressão forte no esterno que ameaça esmagar o coração. Ao mesmo tempo eu sei que meu rosto se ilumina como se brilhasse ao sol. E, no lugar de me encolher, eu estufo o peito e abro os braços para mais um abraço demorado e é como se alguma música tocasse muito alto, música de boate, que faz a gente vibrar junto, mesmo sem querer. E eu respiro fundo para sentir seu cheiro e na minha imaginação eu vejo pequenas partículas de você entrando pelo meus nariz e fazendo cócegas no pulmão. A vontade que tenho é de prender o ar e nuca mais soltar. Eu me sinto como um balão voando no ar, preso à terra por uma linha invisível que me liga a você. E eu só vou morrer quando esse ar dentro de mim acabar. E eu ainda tenho mais outro três sentidos para completar essa experiência de amor intenso. É aí que eu ouço o som da sua voz dizendo “eu te amo. Volta logo”. Eu aperto mais forte e sinto o corpo todo encaixando. Crac, crac, crac. O som de quando algo vai para o seu devido lugar e o barulho quando se acomoda. Tudo que encaixa com barulho solta depois com mais dificuldade, porque entra na pressão em um espaço perfeito. Não desliza nem solta fácil. Desmontar essa peça de nós dois juntos é difícil. Gera a energia do rompimento no núcleo de uma bomba atômica e eu sou jogada para longe, ainda com o gosto do último beijo na boca.

Ele chegou!

Hoje ele chegou. O Tom já está aqui em casa. Ele é lindo e muito fofo.
Nós o pegamos na veterinária. Assim que saímos na rua, ele ficou agitado. Entrando no carro, tentou fugir. Deu um pulo! Eu consegui continuar segurando-o, mas levei um pequeno arranhão. Não dou, só percebi bem depois. Um pouco mais tarde ele me atacou propositalmente. Depois que ele começou a explorar a casa, horas depois, ele gostou de ficar debaixo da minha poltrona. Estou eu sentada, ele debaixo da poltrona, de repente, nha! Tom atacou meu pé. Brincado, é claro. Olhou e pensou: brinquedo! A casa toda parece agora um imenso playground. Bom, voltando…
Chegando na minha casa, ele ficou assustado, queria sair de qualquer jeito. Ficou miando e pulando perto da porta. Se escondeu em todos os lugares da casa que eu nunca varri. Ficou cheio de poeira, coitado. Como o padrinho dele falou, é só amarrar um pano no rabo dele que a casa vai ficar um brinco!
Interessante o fato de que ele encontrou um canto para ficar, onde ele pareceu se sentir seguro, e eu fiquei feliz por ter sido justamente no chão do lado da cama, perto de onde eu durmo. Fiquei imaginando que ele sentiu o meu cheiro e por isso ficou tranquilo nesse lugar. Levei comida e água para ele lá. Ele come muito graciosamente! Quando ele deitou para cochilar eu deitei também. Coloquei uma caixa de papelão com um lençol para ele no chão e deitei na cama.
Quando eu acordei ele acordou também. E quando saí do quarto ele me seguiu. Foi quando que ele começou a explorar a casa. Encontrou cada buraco para se enfiar. E eu fui atrás dele limpando os lugares onde parecia que ele estava gostando de ficar.
Eu já passei a semana cuidando da casa muito mais do que eu normalmente faço, mas aparentemente não foi o suficiente.
Como cuidar de gatos? Tópico das minhas próximas pesquisas!
Uma coisinha fofa, pequena, que precisa de cuidados e é muito amorosa. Tem como não se apaixonar?

A felicidade, calma e tranquilidade está nas coisas mais simples. 

Lista de coisas que gosto de fazer que me deixam feliz e relaxada:

Ler
Dançar
Escrever
Colorir mandalas
Caligrafia artística
Pintar (madeira, vidro, tela, basicamente qualquer tipo de material com qualquer tipo de tinta)
Correr
Cuidar das plantas
Gravar vídeos (que ainda não tenho coragem de postar)
Decorar a casa
Ver séries e filmes repetidos (só os que eu gosto muito)

Aí está. Uma lista de coisas que eu gosto de fazer e que fazem com que eu me sinta bem. Coisas que eu posso fazer por mim mesma sem depender de mais ninguém e que recarregam minha energia.
Você sabe qual é a sua lista? Quais são as coisas às quais recorrer quando você está dominadx por emoções negativas? Nervosx, confusx, ansiosx, triste…
A maioria das pessoas não sabe quais são as coisas que as fazem se sentir bem. Então, quando estão se senindo mal, não sabem nem mesmo como começar a fazerem algo por si mesmas, para sair do buraco. Se você é uma dessas pessoas, dedique um tempo para descobrir o que te faz bem.
Como fazer isso? Preste atenção ao seu dia a dia. Quais são as coisas que te fazem bem? Que te deixam feliz? Pense também no seu passado. Que coisas você fazia, na sua infância e adolescência, que te deixavam feliz?
Vale a pena investir em si mesmo e lembrar sempre que a nossa felicidade é constituída em grande parte pelas mais simples coisas do dia a dia.

Tom, o gato. 

Eu vou ter um gato! Um gato!
Nossa.
Que sensação essa de cuidar de um ser vivo que depende de você…
Acho que eu nunca me preocupei tanto com tomadas, papéis jogados pela casa, poeira, louça etc.
Eu nem peguei o gato ainda, mas já estou antecipando tudo que é tipo de problema e necessidade que ele possa ter. E estou nervosa também, com a responsabilidade. Mas quando é que estamos verdadeiramente preparados para esse tipo de coisa?
Acho que ele chegará em aproximadamente uma semana.
Meu tio o encontrou no quintal da casa da minha avó. Abandonado e maltratado. Dá uma dor no coração só de pensar.
Tom, você não vai mais sofrer desse jeito. Agora você já tem uma casa com gente que te ama!
Eu nuca tive um gato e eu sou muito alérgica. Vamos ver no que essa história vai dar. Mas acho que o amor vai nos fazer bem. Quem não fica bem com um pouco mais de amor na vida?