10 coisas que você tem que saber sobre relacionamentos interpessoais.

1- A gente nuca sabe o que é melhor para a vida do outro.
2- O que funcionou para você, não funciona para todo mundo.

3- Quando alguém precisa desabafar, não precisamos nos preocupar com o que vamos dizer, apenas nos concentrar em escutar.

4- O outro não é obrigado a aceitar suas sugestões ou compartilhar das suas opiniões. Se você quiser dizer o seu ponto de vista, saiba que o outro pode discordar.

5- Não mantenha relacionamentos cujo sucesso depende da mudança da outra pessoa. Pessoas mudam e melhoram sim, mas o desejo de mudar tem que partir delas mesmas.

6- Se você quer melhorar seus relacionamentos, comece melhorando a si mesmo.

7- Pessoas não mordem. Não tenha medo de se aproximar delas. Quer saber de um segredo? No fundo, no fundo, somo todos muito parecidos. Não existe ninguém tão diferente nessa Terra que nunca encontraria alguém que o compreendesse. Não desista de procurar. Você vai encontrar essa pessoa.

8- Se você gosta de uma pessoa, diga isso para ela (não só em termos românticos, diga isso aos amigos, familiares, professores…).

9- Seja autêntico. Assim como você deve respeitar as diferenças de outras pessoas, elas devem respeitar as suas.

10- Estar cercado de outras pessoas é fundamental, mas a sua felicidade não deve depender de ninguém que não você mesmo.

Cultivando relacionamentos.

Eu já falei para algumas pessoas que elas precisam ampliar e fortalecer seus laços sociais.

Não sou estranha a essas necessidades.

Eu já passei por forte necessidade de fazer novos amigos e cuidar dos laços já existentes.

Algumas pessoas são bastante sociáveis e, facilmente, vivem rodeadas de amigxs. Para outras, certo esforço é necessário para não acabar ficando mais tempo sozinha do que é saudável ficar.

Todo dia é dia de cuidar de relacionamentos; com xs amigxs, com companheirx, com a família, consigo mesmo.

Hoje foi dia de fazer coisas agradáveis com a minha mãe.

Temos a visão fortemente arraigada no senso comum de que os laços de afeto com a família são dados de realidade que não podem ser alterados; mas os laços familiares, assim como os laços de amizade, conjugais ou mesmo o nosso relacionamento com a gente mesmo, todos esses relacionamentos requerem cuidados.

Eu só consegui perceber isso depois que me mudei da casa de minha mãe.

Desde que passei a morar fora de casa, percebi que meu relacionamento com minha mãe precisava ser cultivado. Que os anos de rotina e convivência haviam feito se acumularem muitos momentos de brigas, cuja lembrança ofuscava momentos de atividades prazerosas em conjunto. Portanto, comecei a buscar mais momentos deste último tipo. Hoje passamos o dia replantando e cuidando das plantas do meu jardim (que está maravilhoso por sinal).

Esse tipo de cuidado deve ser dispensado a todos os relacionamentos que são importantes para nós e, por algum mistério (algum funcionamento equivocado da nossa psique), nós tendemos a não dar tanta atenção aos amigxs já conquistados, nossx companheirx, aos familiares que amamos. Deixamos mesmo de cultivar um bom relacionamento com a nossa mente e o nosso corpo. Deixamos de investir nos bons momentos que acabam ofuscados pelos desagrados.

Com companheirx nós só brigamos e já não partilhamos mais nada em comum além do tempo que passamos trancafiados juntos dentro de casa; procuramos xs amigxs quando precisamos desabafar e não nos preocupamos em saber da vida dx amigxs com interesse e profundidade; procuramos os familiares nas datas comemorativas ou quando precisamos de alguma coisa; desgostamos de nossos corpos e não investimos no autoconhecimento e nas atividades que recarregam nossas energias e nos dão prazer.

Com o tempo, essa dinâmica desgasta os relacionamentos.

Não é necessária uma DR para saber o que fazer para cultivar o relacionamento (embora eu não tenha nada contra discutir a relação de vez em quando), basta que você chame a pessoa para um café, para jogar conversa fora, ou que você a chame para fazer alguma atividade pela qual compartilhem interesse mútuo (ou, por que não, conhecer alguma atividade nova a qual a outra pessoa pode te apresentar? Pode ser que você goste. Eu, por exemplo, nunca tinha experimentado qualquer outra atividade artística além da escrita e da dança. Mas acabei me interessando pela pintura, recorte e colagem e muitas outras coisas por conta de algumas amigas que tinham esses interesses).

Se você estiver sem dinheiro, chame a pessoa para dar um pulo na sua casa ou se convide (isso, se convide mesmo) para ir na casa dela. Uma expressão sincera da vontade de estar junto, geralmente, é muito bem recebida.