Elas andam por toda parte.
Essa é a resposta para uma pergunta que li num livro dia desses: “Por onde andam as pessoas interessantes”?
Por toda parte. É a resposta.
“Conversar com uma pessoa é como ler um livro”.
Sim. Todas as pessoas têm uma história interessante. Ou talvez seja apenas por acreditar nisso que eu seja psicóloga e escritora. Sinto uma imensa curiosidade pela vida das outras pessoas. Quero ouví-las, entendê-las, conseguir compreender o que estão sentindo. Nunca ouvi uma história chata. Se você ouvir por tempo suficiente, pérolas começam a brotar dos discursos das pessoas.
Nem sempre estamos dispostos a ouvir, é claro. Eu tenho meus dias nos quais estou tão submersa em meus próprios pensamentos que não tem espaço para mais ninguém dentro da minha cabeça. Mas isso não diz nada das outras pessoas e sim do meu momento.
Então esse papo de que “fulano é realmente interessante, Beltrano, não” (comentário que normalmente expressa um preconceito cultural que você ouve muito no meio de gente cult que se acha a cerejinha do bolo das capacidades intelectuais e artísticas) me irrita e desgosta muito.
Onde estão as pessoas interessantes? Olhe para o lado. Aí está ela.
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Não tente controlar sua ansiedade.
Você tenta controlar sua ansiedade
E ela escapa.
É como o amor…
Quanto mais forte você tentar prendê-lo,
Mais fora de controle ele se encontra.
A ansiedade se agrava com suas tentativas de controlá-la.
Não é para não fazer nada.
Trabalhe seu corpo e sua mente sempre.
Eu fui no ortopedista há uns tempo atrás.
Dor nos ombros e nas costas.
Ele não passou remédio,
Passou exercício físico:
Está doendo porque não está sendo exercitado adequadamente.
A ansiedade é a dor do seu cérebro quando você não está trabalhando certas crenças e regras de comportamento e pensamento que você tem.
Trabalhe sua mente e cuide do seu corpo. A ansiedade vai ceder.
A ciência na qual você acredita e os livros de autoajuda.
Hoje eu vi todo os livros da sessão de autoajuda de uma livraria no Centro da Cidade. Vocês não tem idéia da quantidade de livros que se chamam “Cure sua Vida”. Tinha uns dez, pelo menos. E também, toda a bancada dos mais vendidos das livrarias são Best Sellers do The New York Times!! Quantos Best Sellers o New York escolhe por ano?! Que coisa…!!!
Cara, que doideira. Eu comprei quatro livros sobre os quais pretendo comentar em breve. Todos os temas eram de Psicologia Positiva: Resiliência; Autoestima; Propósito; e Talentos.
Resiliência é a nossa capacidade de aprender lições positivas com as adversidades da vida.
Autoestima é a capacidade de nos sentirmos amados.
Propósito é aquilo que buscamos em nossa vida, que deixarmos depois como nosso legado.
E talentos são os nossos potenciais inatos que precisam ser desenvolvidos ao longo da vida.
Todos na seção de autoajuda, mas todos muito bons e importantes. Eu sei… Eu também tinha (talvez ainda tenha) um pouco de preconceito com a idéia de autoajuda. Mas eu tenho percebido que eu estava errada por ter esse preconceito (assim como todo preconceito, este se mostrou extremamente negativo). Temos que ter cuidado com toda informação que chega até nós. Temos que desenvolver capacidade crítica. Mas, no fundo, estamos fadados a consumir a ciência na qual acreditamos. Por exemplo, hoje eu vi um livro chamado (alguma coisa do tipo) “Porque diminuir o colesterol não reduz o risco de doenças cardíacas”. Isso vai contra tudo que o Bem Estar vem nos dizendo!! Mas tá lá na prateleira dos mais vendidos da livraria.
Acredite no que te faz feliz! No que te faz viver bem! Escolha aquilo no que você acredita a partir dos critérios que fazem sentido na sua vida!
O que você sabe sobre a vida do seu psicólogo?
“Eu sei mais da vida da minha psicóloga do que ela da minha”. “Dá vontade de pedir que ela me pague pela terapia”. “Eu não quero saber se meu psicológico come pasta de bebê com um copo de sangue nas refeições. Eu não quero saber nada dele, mas ele insiste em me falar da vida dele”. “Se eu não posso fazer terapia com a minha amiga, eu tenho que sair dessa psicóloga, porque eu já sei tudo da vida dela”.
Essas são frases que já escutei de algumas pessoas sobre seus psicólogos.
“Comigo isso não aconteceria”. “Sabe o que eu faço quando isso acontece comigo”? “Você já tentou encarar as coisas com mais leveza”?
Essas são frases que já foram ditas por alguns psicólogas que eu já frequentei.
Existe a prática de alguns profissionais psicólogos de dizer coisas da sua vida pessoal para os pacientes.
O que vocês acham? Já ouvi opiniões a favor e contrárias a esta prática.
Na minha experiência pessoal, foi sempre ruim saber da vida da psicóloga. E na de vocês?
Orai e vigiai
Ciúmes. Sentimento complicado que aflige muitos apaixonados por aí.
A tecnologia moderna disponibiliza uma série de ferramentas para apaziguar a angústia dos inseguros e possessivos.
Recentemente ouvi um sujeito comentando, depois de relatar estar espionando o celular da namorada: “Orai e vigiai”.
Ele falou que confia, mas também não vai dar mole.
Você espera que a pessoa não te traia, mas você também não dá bobeira – Não dorme no ponto – Não papa mosca. Você fica de olho.
Essa transgressão da intimidade alheia já é banal atualmente. Eu ainda não conheci ninguém que tenha dito: nós terminamos porque ele violou minha confiança olhando meu celular enquanto eu dormia.
Tudo bem que fomos acostumados a ter nossa intimidade violada quando nossos pais liam nossos diários, vasculhavam nossas coisas ou ouviam nossas conversas, mas isso justifica o fato de ser tão fácil assim perdoar esse tipo de violação na vida amorosa? Devemos nos acostumar com essa nova dinâmica nos relacionamentos?
Orai e vigiai. Como interpretar esta exortação?
Penso que talvez possamos entender da seguinte forma: orar pela otimização do nosso próprio comportamento e vigiar as nossas próprias inclinações.
Os preceitos cristão são voltados para dois fins: para aprimorarmos a nós mesmos moralmente e para ajudarmos o outro através da caridade e do amor.
Certamente Deus não está te falando para violar a privacidade de sua companheira ou companheiro. Ele certamente também não gosta quando você reage com agressividade ou violência em disputas domésticas.
Então, a dinâmica dos relacionamentos não deve ser menos baseada em confiança por conta das facilidades modernas de invasão de privacidade.
Então, você pode trocar o tempo que gasta estalqueando o mozão por terapia. Assim você analisa as raízes do seu ciúme e insegurança e trabalha para se tornar uma pessoa melhor e mais feliz no futuro.
Mentiram para você se te disseram que apertando o laço a pessoa não vai embora. Não vai cair nessa armadilha de achar que é possível controlar a vida do outro. Porque não é.