Novos hábitos vivem por um fio. 

Vai ser difícil passar um dia agora sem escrever sem ter a sensação de que estou fazendo alguma coisa errada ou deixando de fazer algo muito importante.
E a vida é cruel nesse sentido. Tem estudos que mostram que levamos, pelo menos, noventa dias para adquirir um novo hábito. Mas podemos perdê-lo em alguns poucos dias se ele não for exercitado sempre.
Então, manter a vida que desejamos tem que ser um objetivo constante. Não adianta apenas chegar onde queremos, temos que continuar trabalhando para nos mantermos nesse lugar.
Portanto, é diferente, por exemplo, de querer comprar uma casa. Nesse caso a gente trabalha, junta dinheiro, sofre um pouco na mão dos corretores, encontra aquele lugar especial que procuramos e compramos o imóvel. Aí está tudo resolvido. Com a maneira como organizamos nossa vida, temos que estar sempre em movimento no caminho do autoconhecimento e do crescimento pessoal. Não importa o que você considera como uma vida que valhe a ser vivida, ela está sempre em construção, só acaba na morte e, se você para de trabalhar nela, ela se deteriora. Mas não se assute. Esse não é um discurso derrotista, mas é sim um ultimato para que você se comprometa com o que quer.

Hospital. Parte III.

Acordei ainda no centro cirúrgico. Depois da cirurgia, ainda bem. Tremendo loucamente e me coçando inteira. Não lembro o que eu falei, mas lembro que comecei a falar sem parar. Me reasseguraram dizendo que eu podia me acalmar e eu respondi que, por favor, se não fosse incomodar, eu gostaria de continuar falando. A médica vinha e ia e falava alguma coisa comigo também, mas eu tampouco me lembro das coisas que ela disse. A primeira coisa que eu recordo especificamente foi de ter tomado uma injeção uma perna com um anti-alérgico. Depois, o medo de fazer xixi ali na mesa de operação. Correram para me pegar uma comadre. Difícil fazer xixi no meio de todo mundo, mas depois de um pouco de concentração eu consegui. Será que isso é normal? Todo mundo acorda ali assim naquela situação?
Com o tempo, tudo foi passando. Eu não sei dizer se eu estava realmente nervosa naquele momento, talvez sim, ou se eram só reações físicas. Eu acho que eu acordei com a sensação de que havia algo errado, embora eu não entendesse o que estava acontecendo. Foi tudo muito tenso e desagradável.
A anestesista me disse que eu havia sofrido uma reação alérgica, mas que já estava tudo bem. Ela foi embora, eu ainda estava no centro cirúrgico.
Tive que ficar a noite no hospital em observação por conta disso.
Eu acho que eu teria ficado no quarto refletindo sobre a vida e a morte se eu não tivesse dormido até o dia seguinte de manhã. Acordei para comer e fazer xixi e ponto. Sem ânimo para reflexões filosóficas.
Parece que em uma cirurgia passada eu devo ter tido alguma pequena reação alérgica que os médicos ou não me informaram ou nem sequer perceberam. Essas reações alérgicas são assim: a cada vez que você tem, acumula anticorpos e aí, da próxima vez a reação alérgica é pior. Então, dessa vez eu ainda não tive nada crítico, aparentemente, da próxima vez pode ser muito, muuuuito pior. Ela recomendou que eu procurasse um alergista para investigar melhor essa situação.
Agora, na parte da reflexão filosófica, sinceramente parece meio irreal que algo de errado tenha acontecido. É tudo muito pouco palpável, pouco concreto. Difícil refletir sobre essas coisas. Eu estava desacordada quando algo no meu corpo deu problema. O que pensar a respeito disso? Se não fosse por ter acordado daquele jeito, para o meu conhecimento, nada teria acontecido. Esquisito demais.
Não sei o que pensar a respeito. A cirurgia foi um sucesso? A situação foi ou não foi grave? Eu deveria sentir que voltei à vida?
Não sei de nada disso. A experiência parece escorrer pelo meio dos dedos quando eu tento pensar sobre ela.
A diferença que tudo isso fez e vai fazer ainda na minha vida é majoritariamente devida à dor original. A dor da bartolinite que me levou ao médico em primeiro lugar. A médica disse que era algo genético. Não foi nada que eu fiz que me levou a ter isso, não há nada que eu posso fazer para evitar ter de novo, mas eu certamente sinto que preciso fazer algumas mudanças na minha vida. Minha próxima tarefa é continuar dando passos nessa direção.
Saí do hospital apenas com essa certeza de que algo precisa ser feito. Alguma coisa precisa acontecer de diferente do que tme acontecido. Espero manter essa convicção por tempo suficiente para que as mudanças realmente aconteçam. O primeiro passo agora é descobrir o que e como eu tenho que reorganizar na minha vida. Depois, eu tenho que agir.

Pintando Mandalas.

 

Até os meus vinte anos, eu odiava beterraba. Cozida, ralada… Não fazia diferença.

Certa vez, eu, minha mãe, minha avó e meu avô fomos passar uma semana no Hotel Fazenda Raposo. Esse hotel fica em Raposo, uma cidade com fontes de água naturais no norte do estado do Rio de Janeiro. A minha família é de lá. De Cardoso Moreira. Quando minha avó era jovem, ela ficou hospedada nesse mesmo hotel com meu bisavô e a família. Nós fomos lá para reviver essa experiência com ela quase cinquenta anos depois.

Eu amei o hotel. Tinha sauna (estava friozinho na época), fontes com vários tipos de água diferentes para beber se banhar (umas águas com gosto amargo que eu gostava bastante), muita comida da fazendo, de interior.

Rotina simples.

Acordar, ir até a fonte beber um copo d’água em jejum, tomar aquele café da manhã farto, com queijo e leite frescos, pão macio com manteiga de fabricantes da região, doce de mamão. Depois uma caminhada para ver os bichos, ouvir as histórias de boi brabo que minha avó contava, as epopeias de caminhoneiro do meu avô e aí já era hora do almoço. Nas tardes, marasmávamos na beira da piscina, bebíamos mais água da fonte, cochilávamos na sauna. O café da tarde tinha bolo. Bolo bom. De cenoura de milho, de aipim. Aí era voltar para o quarto, tomar banho, porque de noite às vezes tinha música no hotel ou na cidade, a gente curtia um pouco e voltava para o jantar. De volta ao quarto eu lia até dormir. Eu poderia viver uma vida inteira nesse ritmo homogêneo e suave.

Foi uma experiência singular em muitos aspectos.

Eu me lembro muito bem das refeições. Parecia que estávamos em um rodízio. Os garçons passavam de mesa em mesa perguntando aos poucos gatos pingados hospedados naquela época do ano: Mais arroz? Um feijãozinho? Almeirão talvez? (Ou que é isso, moço? É bom e saudável. Quero!). Quer mais carne? Beterraba? E lá estava ela: a tal da beterraba cozida. Eu disse sim.

Sim e foi um sim bem dito mesmo, sabe? Sem pestanejar.

Olhando para trás, eu imagino que foi justamente a singularidade da experiência que me fez comer aquela beterraba. E eu comi e gostei.

Hoje em dia eu gosto bem de beterraba cozida. Amo aquela que é feita junto com o feijão preto.

Não acho que é uma questão de mudança de paladar; acho que foi realmente uma questão afetiva. Eu ainda não como beterraba ralada, por exemplo. Já experimentei depois dessa viagem e não rolou mesmo. Mas a beterraba cozida, que foi servida lá, já conquistou um espaço no meu estômago emocional. A força da experiência daquela viagem rompeu barreiras. Eu não pensei muito, só disse sim.

Essa experiência é libertadora, amplificadora de horizontes, mais precisamente, e pode ser replicada.

Eu tenho ficado atenta para perceber momentos de grande engajamento emocional e, quando eles acontecem, tenho procurado ficar aberta a novas experiências.

Aconteceu recentemente com isso de pintar Mandalas que estava na moda há pouco tempo. Como um fenômeno pop, eu já torci o nariz.

Mas, durante uma viagem para o spa Maria Bonita, no qual passei uma semana com minha mãe, tivemos uma oficina de pintura de Mandalas e eu resolvi me engajar na atividade. Gostei da experiência. No entanto, como eram Mandalas para colorir e não beterrabas no feijão, tratava-se de uma vivência menos cotidiana e eu teria que correr atrás disso ativamente para continuar tendo a experiência de pintar Mandalas. E eu não fiz isso. Pelo menos não até recentemente.

Nesse meu novo estado de engajamento com diferentes formas de expressão artística, eu lembrei das Mandalas e fui dominada por aquele sentimento bom da viagem. Fui na livraria Leonardo Da Vinci e comprei um livro com várias delas para colorir. Quando comecei a pintá-las com os lápis de cor aquareláveis nos quais investi também, não lembrei do antigo preconceito, mas da boa sensação do spa.

Então eu penso o seguinte: eu não vou mais dizer categoricamente como antes “disso eu não gosto”, “odeio sei lá o quê” ou “Argh”, eu vou pensar mais em termos de “por enquanto eu não gosto muito disso, mas quem sabe no futuro”?

Eu não vou sair correndo atrás de experimentar coisas das quais eu não gosto, me forçando a apreciá-las. O importante é perceber que, episódios que carregam intensidade emocional nos afetam ao longo de nossa vida inteira. Se ficarmos atentos, podemos tirar proveito disso para expandir nossos horizontes.

Você deve estar pensando e eu também pensei nisso; acho que este é justamente o mecanismo psicológica que está por trás daquela exortação popular: “Nunca diga que desta água você não beberá jamais, pois a vida pode te surpreender”. Surpreende mesmo e é bom que seja assim. A única diferença é justamente esta: no ditado popular, isso soa como algo negativo. Era sempre meio que: “Olha… Não fala isso porque você não sabe o que o futuro te reserva. Um dia você vai ser dobrado pela vida e pode acabar sendo obrigada a fazer o que não gosta”. Pode até ser que seja assim. Mas eu te garanto que se passarmos a ver a nossa rigidez emocional de modo menos positivo, se nos mantivermos abertos para a mudança e percebermos que ela é boa, então, quando a vida nos apresentar a oportunidade de beber dessa “água”, vamos tirar o máximo de proveito desta experiência e transformá-la em algo enriquecedor.

Do Renascimento ao Século XVII d.C. Parte II

Capítulo V (Vou dividir o capítulo, na verdade, em três partes, para tornar a leitura mais palatável).

 

Quanto ao quadro geral do número de suicídios encontrado na época, cabe apontar para o seu aumento significativo. No entanto, este fato deve ser tomado apenas como demonstrativo de uma maior eficiência dos relatos deste tipo de morte e não como um aumento de fato da ocorrência do suicídio. (Ou seja, a ideia então é que não houve um aumento real do número de pessoas que tiram suas vidas ao longo de diferentes períodos históricos. O número de suicídios sempre foi estável proporcionalmente em relação a população absoluta).

Os relatos de morte por suicídio feitos por volta e a partir do século XVI começam a ocorrer com considerável eficiência e em maior número. Para que isso fosse possível não se deve deixar de considerar o já mencionado surgimento da imprensa, o grande número de jornais e folhetos que passam a circular cotidianamente, a maior facilidade da circulação de informações e a maior frequência e disponibilidade das traduções.

Pode-se atentar também para o que Foucault observou: o fato de que, neste período, começa a ocorrer um maior interesse do Estado em manter um controle mais rigoroso de toda sorte de eventos (1998). Surge nesse período o que ele denominou poder disciplinar, que encarna o interesse pelo controle minucioso dos corpos de todos os cidadãos. O próprio surgimento da estatística é apontado pelo autor como um instrumento desse controle. Começam a ser controladas as taxas de natalidade e mortalidade, o número de suicídios e assim por diante. Enfim, o que se verifica é o surgimento de diversos índices que favorecem o conhecimento e o controle dos indivíduos. Quanto ao controle do número de suicídios, especificamente, Minois cita à exaustão exemplos de todo tipo de listas ou locais nos quais as relações de causa e morte eram apresentadas, salientando que haviam aquelas dedicadas exclusivamente à morte voluntária (Minois, 1998, p.229 e 230).

Chegamos então ao momento oportuno para a introdução dos debates filosóficos a respeito do tema. E, mesmo que não fossem em grande número, os filósofos que fizessem deste um de seus principais temas, a grande maioria deles deu a sua contribuição para o debate (op. cit.).

Em um primeiro momento, a loucura emerge como um foco para o pensamento, na medida em que se apresenta como “refúgio, fuga e explicação” da sociedade e de tempos tão conturbados como os séculos XV, XVI e XVII, nos quais inúmeras guerras, pestes, intensos conflitos religiosos, mudanças na configuração política e econômica dos Estados, colonização de novas terras e muitas outras mudanças perturbam a consciência da época e, misturado com ela, sendo obscuro o limite que dela o separa, se encontra o suicídio.

O entendimento da loucura passa por uma brusca mudança em um curto período. As posições de Sébastien Brant e Erasmo de Rotterdam, tal como demonstrado por Minois (op. cit., p.100), exemplificam muito bem essa mudança, que se daria entre o entendimento da sabedoria e da loucura. A exemplificação mencionada seria feita pela apreciação de duas sentenças, cada uma de um dos autores: “procurar a morte é uma loucura, pois a morte sempre nos encontrará” – enunciada por Sébastien Brant – e “Quem são aqueles que por desgosto da vida se entregam à morte? Não estarão eles mais próximos da sabedoria?” – enunciada por Erasmo de Rotterdam. (Disputas intelectuais da época. O suicida é são ou louco? Qual é o sentido atribuído ao ato de tirar a própria vida? Essa é uma pergunta com a qual nos debatemos até hoje. A distância entre o pensamento dos gregos e o atual é bastante evidente em certo sentido, no que diz respeito ao debate do suicídio no ocidente. Mas com as discussões que surgem já aqui no renascimento é bem fácil se identificar. Já existem muitas ressonâncias com o modo de pensamento atual). O primeiro afirma então que é necessário ser louco para querer se matar e o segundo que é necessário ser louco para querer ficar vivo. O último ainda completa:

 

Basta ver todas as calamidades a que está sujeita a vida dos homens, a miséria e obscenidade de seu nascimento, a dificuldade da educação, as violências a que está exposto na infância, os medos a que está submetido na idade madura, o fardo da velhice, a dura necessidade de morrer, porque sempre ao longo da vida sofrerá todas as doenças que o assaltam, os acidentes que o ameaçam, os males que lhe caem em cima, os rios de fel que envenenam todas as coisas, sem falar dos males que o homem inflige ao homem: pobreza, prisão, desonra, vergonha, torturas, armadilhas, traição, injúrias, velhacarias (…). Como vê, penso eu, o que se poderia esperar se os homens fossem mais sábios: seria preciso outro barro e um novo Prometeu para o modelar (ibidem).

 

Outros aspectos desse debate se encontram nos estudos feitos por Montaigne. Ele afirma que o suicídio não é uma questão de moral abstrata, não podendo ser pensado em absoluto e valorado por posições universais. (Amo esse filósofo)! Apenas o indivíduo por si mesmo, perante uma situação particular poderia avaliá-la e a todas as possibilidades que apresenta, chegando por tal avaliação à saída que lhe pareça mais razoável, sendo apenas neste nível o suicídio passível de valoração.

A razão desponta neste momento como aquilo que deve iluminar qualquer sorte de reflexões e o suicídio não será considerado por outro prisma por Descartes. O filósofo não se deterá no tema, mas esclarecerá seu posicionamento em algumas de suas correspondências pessoais (op. cit., p. 202). A razão não nos diz nada sobre a morte, se existe ou não algo depois dela. Cometer suicídio seria, então, trocar o certo pelo incerto, o que constitui um erro. O suicida não é, nesta perspectiva, um pecador, mas alguém que comete um erro de juízo; e aquele que erra pune a si mesmo. (Deu para ver muito isso com o meu estudo. A galera não necessariamente se debruçava sobre o tema do suicídio, mas tinha que dar um pitaco).

Cabe observar que esta posição não deve ser tomada como representativa da dos racionalistas de um modo geral, assim como a posição de Hume, a seguir apresentada, não reduzirá de modo algum a dos empiristas. Pelo contrário, o que se encontra comumente é uma intensa discordância entre os filósofos e uma ambiguidade muito grande das posições particulares. (Justamente porque era uma discussão muito viva. Poucos grandes tratados filosóficos foram produzidos sobre o tema da morte e do suicídio especificamente por esses filósofos pops, mas eles sempre tinham algo a dizer. Sobre tudo; na verdade, eles sempre tinham algo a dizer. Falo isso com um pouco de amargor e ressentimento porque a academia, tal como eu a experimento, é muito rigorosa quanto a quem pode dizer alguma coisa. Como se a senioridade ou o título assegurassem que tudo que sai da boca de alguém são pérolas de sabedoria. Esses filósofos falavam cada absurdo. Leia os textos do Kant sobre mulheres, por exemplo, e você vai saber do que estou falando. Observação: se você acompanha meus textos, sabe que eu não perdoo crueldade e babaquice por conta do período histórico em que uma pessoa viveu, então não venha me dizer que era outra época. A “vida” sempre foi a “vida” e o ser humano sempre apenas teve uma destas e muitas mulheres morreram por causa dessas ideias e práticas e não voltarão à vida nunca mais. A gente fica pagando pau para as ideias dos filósofos, tentando salvá-los de suas atrocidades intelectuais e morais, mas resiste em ouvir os jovens, vivos, que querem gritar e expressar suas ideias. Se é para ouvir babaquice eu prefiro ouvir de alguém com quem eu consiga gritar de volta e não das páginas de um livro reverenciado escrito por um velho morto. Essa é a ideia. Parece que o caminho da graduação para o pós- doutorado é o caminho do “rejuvenescimento” do autor que você estuda. Como assim? Na graduação, a maioria dos autores que eu estudei eram senhores veneráveis que morreram velhos já há muitos anos, no mestrado, eu já comecei a estudar uma galera mais atual, se não o autor principal, pelo menos os comentadores, um ou outro vivo ainda. Agora, no doutorado eu estudo muita gente que está viva ainda e produzindo e que está na casa dos cinquenta anos! No pós-doc eu devo conseguir conhecer e debater com algum intelectual que regule comigo. É isso. Você tem que ir galgando degraus para ser ouvido. O problema é que você aprendeu a calar por tanto tempo, que quando chega a sua hora de falar, o que te resta a dizer já não carrega a potência da revolta da juventude, que sempre foi o que fez avançar o mundo. Eu vou parar por aqui hoje, porque acho essa ideia muito importante e quero que você medite sobre ela. Qualquer coisa discuta comigo nos comentários. Para a sua sorte, eu estou viva e você não é obrigado a baixar a cabeça para falar comigo :P).

 

DIAS, O. M. K. Perspectiva Histórica sobre a Morte de Si Mesmo no Ocidente. Monografia de fim de curso de Formação de Psicólogo, Instituto de Psicologia. Rio de Janeiro: 2013.