O domingo do feriado. 

Recarregando as baterias no feriado? Sim.
Passeando com os amigos e arrumando a casa para a próxima semana. É uma espécie de ritual. Me faz procrastinar, mas não tem problema. Não o passeio com os amigos, mas a coisa de arrumar a casa. É um saco. Eu odeio. Fazer faxina…. Esse tipo de coisa. Ok. Não tem como argumentar que não é necessário. Mas o serviço doméstico é tão infrutífero. Quando você termina de faxinar a casa in-tei-ra e vai tomar banho, pronto, já suja o banheiro! Aí, tem que comer alguma coisa, porque depois do dia de limpeza e arrumação o estômago fica nas costas, bum! Sujou a cozinha, já tem louça na pia de novo. Você vai para a sala assistir um pouco de TV para descansar, o cheiro de Veja já se foi.
Certa vez o telefone fixo aqui de casa deu problema. Meu marido abriu para ver se identificava o problema e se dava para consertar. Dava. E eu acompanhei o processo. Ele pegou a solda que usava no técnico na época do CEFET e mãos à obra. Telefone funcionando novamente. E está funcionando até hoje! Isso é gratificante. No entanto, depois desse dia em que consertamos o telefone, nós já limpamos a casa umas cinquenta vezes e ela continua sujando (é óbvio, eu sei, mas é revoltante)!
Enfim, de qualquer modo, eu não vou negar, é bom ver a casa limpa. E isso me ajuda a recarregar as energias. Ainda mais porque eu geralmente potencializo a limpeza com a minha versão do minimalismo: toda vez que faxinamos a casa, reduzimos a quantidade de coisas acumuladas. Isso me dá um certo alívio. Menos tralha dentro de casa.
Eu considero muito importante essa preparação para a semana. Como tivemos feriado, a organização da casa foi mais profunda, mas todo final de semana, especialmente no domingo, eu gosto de me preparar para a semana seguinte. Em todos os sentidos: física (dormindo até meio dia), emocionalmente (fazendo apenas coisas agradáveis) e em termos da organização da casa também (que não tem que estar brilhando, tem apenas que estar do jeito que eu gosto).
Assim, todos os meus domingos são fantásticos, na verdade, o domingo é o meu dia preferido da semana. E as minhas segundas feiras sempre começam bem. Eu realmente não tenho aquela aversão ao início da semana. Pelo contrário, todo início de semana, para mim, tem cara de primeiro de janeiro. Eu sinto que eu posso iniciar novos projetos, combinar de finalmente encontrar aquela pessoa que eu não vejo há algum tempo, tentar trabalhar melhor do que na semana anterior etc.
Esta semana, em especial, eu vou comemorar o aniversário de um ano do blog e estou super empolgada!
É bom se sentir feliz domingo a noite. Funciona como uma espécie de termômetro para a vida. Se você chega no domingo temendo o que está por vir, é bom repensar um pouco as coisas.

Como eu coloco em prática o minimalismo. 

Na época em que essa filosofia do minimalismo chegou aos meus ouvidas, a idéia já estava famosinha e mal falada.
Desde o início eu ouvi dizer que o minimalismo é uma filosofia de rico, que pode se dar ao luxo de não fazer nada da vida e ficar dez anos viajando pelo mundo.
Se você for pensar no documentário do Netflix sobre o tema, eu concordo. Mas a idéia em si não é ruim. Temos que admitir.
Cara, eu tenho tanto papel em casa, mas tanto papel. Talvez se eu reciclasse esse papel todo eu teria dinheiro para ficar dez anos viajando (wow! Quem me dera. Se bobear não dá nem o valor de uma resma nova de papel resseciclado :P). Bom, é papel suficiente para bagunçar a minha casa toda semana. Papel de anotações, contas, notinhas de compras, dos meus textos e rascunhos, artigos da faculdade, livros do colégio, cadernos e mais livros. Isso tudo só na categoria dos papéis! Nem me pergunte sobre potes e meias e, pior ainda, tampas de potes perdidas e pés de meia solitários. Enfim, é muito entulho. E, por algum motivo, eu sou pegada a uma boa parte desse entulho. Por que? Nossa! Por que, meu deus?! São coisas que eu nem sei que eu tenho e que eu nunca mais vou usar na minha vida. (Pena de jogar tampa de pote fora é o cúmulo! Quando eu me peguei pensando: e se o pote aparecer? Ah! A que ponto chegamos! O que não falta na casa da gente é pote! E, convenhamos? O pote não vai reaparecer. Nunca!).
Às vezes, eu até penso que eu quero guardar uma determinada coisa como lembrança… E aí fica lá aquela lembrança que eu vejo uma vez a cada dez anos e tenho cinco minutos de felicidade olhando para ela. Sabe o que eu comecei a fazer? Tirar fotos dessas lembranças e jogá-las fora depois. 10.000 fotos em um HD ocupam menos espaço do que 10.000 convites de aniversário de crianças fofas, ou 10.000 ingressos de cinema. Assim, eu guardo uma ou outra coisa verdadeiramente muito especial (um convite do meu casamento, por exemplo) e registro as outras memórias de forma mais produtiva, versátil e acessível. Mais acessível sim, porque se você tem um convite especial, você pode até emoldurá-lo (como eu estou pensando em fazer com o convite do casamento), se você tem vinte…. Eles vão ter que ficar guardados na gaveta mesmo…
Então, não vamos dispensar a filosofia do minimalismo assim logo de cara sem nem tentar pensar em como essas idéias poderiam ser úteis em nossa vida. Sem radicalismos ela pode ser muito viável e interessante.
Eu tenho feito assim: A cada rodada de limpeza e arrumação profunda da casa eu me desfaço de mais coisas do que me desfaria normalmente, mas sem exageros e eu minimizei muito a minha aquisição de novas bugigangas (tudo que compramos sem necessidade), também sem ser a ferro e fogo. De vez em quando me permito…. Bem menos do que antigamente, contudo. Isso é bom para a harmonia da casa e para o bolso… Fica a dica.