O inferno são os outros?

Nós costumamos achar que existem vilões na vida real, bem perto de nós. Não falo do verdadeiro “psicopata que mora ao lado”, também não estou falando de pessoas que sofrem de uma patologia real e, por conta disso, acabam tendo imensos problemas de convivência ou até memso quebrando regras sociais. Falo daquela pessoa que você acha que levanta todo dia de manhã só para fazer da sua vida um inferno, daquela pessoa que subestima a sua inteligência destilando veneno disfarçado com açúcar na sua vida. Você não acha que tem pelo menos uma pessoa assim ao seu redor? Você não vive uma batalha emocional cotidiana com pessoas que você compara aos vilões de filmes, novelas ou livros? Aquela pessoa que é má até o último fio de cabelo, corrompida, que vive para espalhar a discórdia e fazer miséria na vida dos outros. Sabe? Pois eu sinto em te informar que você vem vivendo preso dentro de uma grande fantasia, pois essa pessoa que você tanto teme não existe.
Aliás, você já parou para imaginar que esse “vilão” pode ser você no olhar de quem está ao seu lado? Como eu disse, esses malvados da vida real não existem. Mas para quem se deixa levar por esse discurso, esse malvado poderia muito bem ser você. Apenas algo para refletir.
Eu sei que é emocionante achar que você tem essa grande batalha para lutar na sua vida contra esses seres humanos desprezíveis, mas precisamos abrir mão desse discurso inflamatório que divide as pessoas e precisamos nos unir e disseminar cada vez mais o amor.
Existem pessoas que são difíceis de se conviver e que não precisam ficar em nossas vidas? Sim. Infelizmente é verdade. Existem pessoas que estão em profundo sofrimento emocional, que não poderão ser ajudadas por nós. Isso está longe de significar que elas são malvadas. Que elas querem ver murchar tudo que tocam.
Enquanto nós tivermos esse olhar para o outro, somos nós que somos venenosos.