Conheça o Núcleo de Doenças da Beleza.

Estava de bobeira hoje navegando pela internet, quando descobri algo que vale a pena indicar.

O que eu estava fazendo de bobeira na internet? Lendo reportagens com potencial sensacionalista. A reportagem era do blog da revista Super Interessante (vale a pena ler aqui); afirmava-se no texto que os cientistas descobriram que a batata frita é mais saudável do que a batata cozida! Ora, ora… Enfim… Tudo bem que tinham algumas condições lá… Leia a reportagem para ver os pormenores. Recomendo.

Não quero nem me aprofundar neste momento na questão da loucura que está a nossa cultura alimentar… O caso é que, depois de ler esta reportagem (com sangue nos olhos) eu fiquei vendo aquelas chamadas para outros textos que a internet sempre acha que podem me interessar que eu vi outro texto intitulado “Por que achamos que ser magro é bonito?” (veja aqui). Pois é, cutuca que você acha, não é? Dê tempo à internet que você sempre vai achar algo que vai prender a sua atenção. Neste segundo texto foi citado o Núcleo de Doenças da Beleza, coordenado pela psicóloga Joana de Vilhena Novaes. Então, no fim das contas, essa peregrinação pela internet rendeu hoje frutos positivos.

O que eu quero indicar é justamente o canal do Núcleo de Doenças da Beleza no youtube.

 

“O sujeito que não investe tempo e dinheiro nesse projeto corporal é malvisto pelos seus pares”.

 

A ditadura da beleza levou o Brasil a ser o segundo país do mundo em número de cirurgias plásticas e o consumidor de metade dos medicamentos para o emagrecimento produzido no mundo. Como se explica isso?

Vale muito a pena dar uma olhada no canal (link) e se tornar mais consciente e crítico a respeito das questões contemporâneas sobre o corpo e a beleza.  

 

“Não cuidar do corpo é entendido como uma falha de caráter”.

 

Link do vídeo de onde foram retiradas as citações da psicóloga Joana de Vilhena Novaes: https://www.youtube.com/watch?v=PDS_MkvKih4&t=272s.

Isso é gordofobia?

Eu sempre me achei gorda. Mesmo quando eu era magrinha durante a adolescência. Hoje em dia, realmente estou com sobrepeso.
Felizmente, os diversos tipos de preconceito então ganhando cada vez mais espaço nos debates atuais. De machismo eu já entendo um pouquinho, pelo menos. Agora estou precisando entender um pouco mais sobre a gordofobia, pois acho que tenho sofrido com isso também.
Hoje entrei no ônibus às 20h voltando do trabalho. Ainda estava cheio.
Eu fiquei encostada na roleta até uma senhora me chamar e falar em alto e bom tom: “Senta aqui! Você está grávida!” Ok. Pensei: eu digo que não estou grávida e dou um golpe na minha autoestima (infelizmente seria isso que aconteceria) ou eu acaricio meu abdômen cheio de estrogonofe e tomo o lugar desta pessoa bem-intencionada?
Minha escolha foi sentar. Esfreguei a barriga, dei o nome de Alfredo ao estrogonofe semi-digerido e falei que Alfredo estava para nascer já daí a dois dias! A mulher ficou espantada! Se já estava de nove meses eu estava era magrinha. Pois é, moça. Alfredo vai nascer com todas as regalias a que tem direito. Parto de cócoras e dentro d’agua. Isso que eu chamo de parto humanizado.