Seismesversário.

Hoje é dia de comemoração!
Hoje fazem seis meses que eu venho publicando diariamente no Blog.
Sim, estou muito feliz.
Atualmente uso a experiência de sucesso do meu comprometimento com o Blog como um exemplo a ser seguido em outras áreas da minha vida.
Foi muito bom começar com algo que eu gosto. A minha motivação e a felicidade que essa experiência me proporciona é enorme. É mais fácil não falhar dadas essas condições.
Se eu tivesse começado com uma meta de ir à academia, ou de realizar uma mudança maior na alimentação (como eu já fiz no passado), eu acho que eu não teria sido tão bem sucedida (como eu disse, eu já havia tentado antes).
Mas a maneira como lidei com o Blog aumentou o meu senso de auto-eficácia, ou seja a minha confiança em mim mesma, na minha capacidade de fazer as coisas que eu me proponho a fazer.
Depois do blog eu já mexi na alimentação (para torná-la mais saudável) e comecei a retomar a atividade física (com as aulas de dança que eu amo).
Eu tinha essa idéia de que fazer um planejamento e seguir esse planejamento era algo negativo, limitante, rígido, pouco produtivo e pouco criativo.
Como eu estava enganada!
O planejamento é o caminho que te leva a alcançar o que você de fato deseja para a sua vida. Quem desenha o plano é você. Ele tem que ter a sua cara mesmo, mas sem ele a gente não realiza o que se propõe.
Portanto, tenho certeza de que foi o fato de eu ter feito um planejamento, de eu ter tido clareza do que eu queria com o Blog e de como eu iria fazer isso, que me fez ter passado por esses primeiros seis meses tendo publicado todo dia, trabalhado muito e dado conta do doutorado também.
Um brinde aos seis meses que faltam para completar o meu projeto inicial de escrever todo dia por um ano!
Obrigada a todos que vêm acompanhando o trabalho!

Escrita terapêutica de ano novo. 

Eu já falei algumas vezes no Blog sobre escrita terapêutica.
Hoje eu gostaria de trazer uma sugestão de exercício de escrita para começar o ano.
Eu sugiro que você construa alguns textos a partir dos motes que eu vou sugerir (claro que você pode trocá-los, fazer modificações ou substituí-los para que sejam mais adequados às suas experiências).
Ao escrever estes textos (que não possuem tamanho determinado, você escreve o quanto julga suficiente para relatar suas experiências, a maneira como se sentiu etc.) você vai elaborar um panorama de como está a sua vida nesse momento.
Esse exercício nos ajuda a não nos esquecermos, a mantermos em perspectiva, os acontecimentos que vêm constituindo nossa vida e influenciando o modo como vivemos. Tanto positiva quanto negativamente.
Separe um tempo para fazer esta reflexão.

Os motes são os seguintes:

*Os melhores momentos do ano de 2017 foram…
*As coisas mais importantes que aconteceram comigo em 2017 me ensinaram que….
*No ano de 2017 eu me senti frustrada por….
*Eu me senti triste por…
*Os momentos mais difíceis do ano foram….
*No ano de 2017, contudo, eu me senti feliz por….
*Os meus principais motivos de alegria e felicidade foram…
*De um modo geral o ano foi…
*Agora em 2018 eu gostaria de….
*Eu espero que 2018 seja um ano de/em que…
*Neste ano eu pretendo…
*A melhor coisa que pode acontecer comigo este ano é…

Boa reflexão e boa escrita!

Alquimia da Palavra. 2° Edição. 

Hoje aconteceu a segunda edição da oficina Alquimia da Palavra que ministro com a minha parceira na escrita, Natalia.
A oficina aconteceu na Casa D’Esquina, no Grajaú. A casa é super aconchegante e, quando saímos da nossa oficina, estava rolando uma feira maravilhosa com várias coisas lindas e deliciosas. Já fui para casa almoçada!
Eu me surpreendi com a diferença entre esta segunda edição e a primeira. A idéia era trazer o mesmo conteúdo, mas apesar de termos conseguido passar o que havíamos programada, a oficina foi totalmente particularizada, atendendo ao interesse dos participantes. Na verdade, o evento foi uma grande troca de conhecimentos e experiências.
O equilíbrio entre a prática e a teoria foi mantido.
Hoje fizemos exercícios com Blackout Poetry. Ficou show de bola! Confira!

Minha primeira aquarela (decente). 

Desde que voltei a escrever tenho sentido uma forte inclinação para diversas áreas artísticas. Tenho feito dança, estou com muita vontade de fazer teatro e tenho me aventurado na pintura com aquarela.
Escrevi um texto recentemente sobre uma pintura que eu gostaria de ter tido habilidade para realizar. Todas as pinturas que eu fiz nesses últimos tempos, infelizmente, me deixaram frustrada.
Com a caneta na mão eu me sinto livre. O pintor se sente livre com o pincel, imagino. Eu com o pincel na mão me sinto uma prisioneira.
Tenho uma imagem na cabeça, uma idéia, mas lá ela fica enclausurada, o pincel e as tintas não me deixam expressá-la.
Ontem, contudo, eu tive o primeiro sentimento de realização com a pintura. Fiz numa oficina com a artista Martha Guevara, a experiência foi maravilhosa!
Ela nos trouxe a proposta de um tema: liberdade. Perguntou o que cada um dos participantes pensava sobre a liberdade, que imagem representava este conceito. As respostas variaram: eu já sou livre, voar, vento, para mim, é andar à cavalo em um campo aberto.
Então, ela pediu que fizéssemos um desenho a partir do que tínhamos conversado. Nossa, meu estômago embrulhou pensando no desastre que seria o meu desenho de um cavalo.
Mas encontrei uma solução recorrendo a técnicas de escrita (que vale também para o cinema e a fotografia) que aprendi nos últimos tempos.
Eis o meu desenho:

A técnica diz respeito ao destaque que o escritor, diretor ou fotógrafo quer dar a um determinado objeto, para onde está voltado o olhar dele e para onde ele quer direcionar o olhar do leitor.

Se eu desenhasse o cavalo, bem aparente, com mais detalhes, no centro do meu desenho, que foi a primeira coisa que me ocorreu, você olharia para o cavalo. O que eu fiz foi simplesmente direcionar a sua atenção para outro ponto da cena. Eu quis te mostrar o cabelo rosa da menina que cavalga voando com o vento em contraste com o céu azul e a xuxinha amarela que o prende. Assim, eu te falo mais alguma coisa da liberdade dessa menina. Ora, ela tem o cabelo rosa. Não é pouca coisa. E, nesse cabelo rosa, ela coloca uma xuxinha amarela, o que chama bastante atenção. Se eu fosse abrindo a cena, você veria o cavalo. Se eu desse para você a cena como um todo, esses detalhes ficariam todos brigando entre si pela atenção do apreciador da obra, alguma coisa importante do que eu quero dizer talvez passasse despercebida.

Bom, mesmo que eu não execute isso tão bem na pintura, fica a dica em relação à narrativa. Quando você for descrever uma cena, é você que orienta o olhar do leitor, você tem que saber o que você quer que ele veja na cena que você está decrevendo.

Ou isso sou só eu racionalizando a minha incapacidade de pintar.