Libere sua imaginação com a gente!

Hoje eu e Natalia fizemos mais uma contação de histórias interativa no evento La Féria Princesas e Super-heróis, que aconteceu no Clube Militar, sede Lagoa.

Como são as contações interativas?

Essa contação funciona como uma espécie de teatro do improviso.
Eu e Natalia, as facilitadoras da capacidade imaginativa das crianças, recrutamos agentes da imaginação que irão nos ajudar a contar a história (todas as crianças ganham um distintivo de agente da imaginação). Nós levamos uma bolsa cheia de objetos encantados que vão sendo retirados pelas crianças durante a contação da história. O objeto retirado mais a interpretação que a criança dá ao objeto ditam o rumo da história.
As crianças também decidem quem são os personagens e onde se passa a história.

A história de hoje:

Era uma vez um parque de diversões que ficava dentro de uma floresta encantada. É essencial dizer que, neste parque, havia um piscina de bolinhas.
Quem estava neste parque era a Chapéuzinho Vermelho. E ela estava acompanhada da baleia Maracujazinha.
Chapéuzinho Vermelho e Maracujazinha começaram a cavar o chão da floresta e encontraram um esqueleto de dinossauro. Enquanto cavavam para desenterrar o esqueleto, elas acabaram encontrando a toca de uma bruxa.
Curiosas que só elas, Chapéuzinho e Maracujazinha entraram na toca da bruxa e encontraram lá dentro o chifre de um unicórnio. Nessa hora, percebemos que a bruxa não era má, se tratava de uma feiticeira boa que era amiga dos unicórnios.
Chapéuzinho e Maracujazinha resolveram então ir atrás do unicórnio. Mas por onde começar a procurar?
Elas começaram a andar pelo arco-íris procurando por ele. Foram andando, andando e acabaram indo parar no meio das estrelas. Foi aí que descobrimos que se tratava de um unicórnio alado, primo do cavalo Pégasus.
Mas, ao chegar lá nas estrelas, o que elas encontraram foi um sapo que pulou tão alto que ficou preso em uma nuvem.
Chapéuzinho e Maracujazinha logo tiveram uma idéia: ora, já temos um sapo, uma baleia e uma menina… Vamos fazer uma festa no céu!!!
E a festa começou com muita alegria e animação.
Mas, de repente, apareceu o dinossauro-esqueleto que elas haviam desenterrado para atacar a festa!
Foi bem nessa hora que a feiticeira apareceu e com a ajuda de todas as crianças foi possível concentrar muita energia no chifre do unicórnio e disparar um raio que derrotou o dinossauro.
Depois que o perigo passou a festa pode continuar para sempre.

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As crianças sempre ficam bastante entusiasmadas com a possibilidade de decidir os rumos da história.
Elas se voluntariam para tirar objetos da sacola e pensam em um milhão de locais para a história se passar.
O meu trabalho e o da Natalia é o de tentar conciliar a visão das crianças, condensando-as em uma única história.
Na história de hoje, essa questão apareceu logo no início. Três crianças queriam decidir onde a história se passava: uma floresta, um parque de diversões e uma piscina de bolinha. A nossa tarefa é mostrar que a imaginação é ilimitada, incentivando-os abertamente a pensar fora da caixinha, não limitadas pela lógica que o mundo começa a nos empurrar desde cedo.
Portanto, todos os lugares podem coexistir em harmonia na nossa história.
As histórias que contamos comportam o poder e a potência da imaginação de todas as crianças.
E elas vão se soltando e se libertando das amarras conforme a história vai se desenrolando.
As histórias também ajudam as crianças a dialogar e buscar a resolução saudável de conflitos, pois elas precisam aprender a aceitar que a história do amigo vai se cruzar e conviver pacificamente com a dela.
A colaboração que nasce entre os pequenos também é emocionante e pode ser observada hoje. Uma criança trouxe o perigo do ataque do dinossauro e todas se juntaram imediatamente para derrotá-lo.

É sempre um grande e prazeroso desafio, para nós, participar da história delas!