Sob(re) todas essas máscaras. 

Esse papo de “usar máscaras” é bem batido.
Tem gente que acha que é falsidade e bate no peito para dizer que não usa máscaras, é sempre absolutamente honesto, sendo si mesmo, mesmo que doa (em quem doer).
Outros afirmam que o uso de máscaras no dia a dia é inevitável. Para cada ocasião, uma máscara diferente.
O uso de máscaras pressupõe algo que está por trás, algo de mais verdadeiro e íntimo que nós escondemos do mundo. Pois bem, se essa implicação é verdadeira, acredito que estou no grupo dos mais cínicos: a nossa primeira e única expressão verdadeira e original é um sorrisinho involuntário que damos ainda bebês e, a partir daí, são máscaras em cima de máscaras. Mas eu sou uma cínica otimista ao acreditar que não tem problema nenhum nisso. Temos é que nos apoderar e aproveitar mesmo todas as máscaras e personagens que vestimos. Temos que aproveitar os pontos fortes de todas as nossas “faces” e conhecer, lidar e cuidar bem de todos os nossos pontos fracos. Sinceramente, ser uma e única pessoa, rígida e inflexível em todas as ocasiões não é louvável, é bizarro. A diversidade de papéis é um parte muito importante da vida.