A felicidade, calma e tranquilidade está nas coisas mais simples. 

Lista de coisas que gosto de fazer que me deixam feliz e relaxada:

Ler
Dançar
Escrever
Colorir mandalas
Caligrafia artística
Pintar (madeira, vidro, tela, basicamente qualquer tipo de material com qualquer tipo de tinta)
Correr
Cuidar das plantas
Gravar vídeos (que ainda não tenho coragem de postar)
Decorar a casa
Ver séries e filmes repetidos (só os que eu gosto muito)

Aí está. Uma lista de coisas que eu gosto de fazer e que fazem com que eu me sinta bem. Coisas que eu posso fazer por mim mesma sem depender de mais ninguém e que recarregam minha energia.
Você sabe qual é a sua lista? Quais são as coisas às quais recorrer quando você está dominadx por emoções negativas? Nervosx, confusx, ansiosx, triste…
A maioria das pessoas não sabe quais são as coisas que as fazem se sentir bem. Então, quando estão se senindo mal, não sabem nem mesmo como começar a fazerem algo por si mesmas, para sair do buraco. Se você é uma dessas pessoas, dedique um tempo para descobrir o que te faz bem.
Como fazer isso? Preste atenção ao seu dia a dia. Quais são as coisas que te fazem bem? Que te deixam feliz? Pense também no seu passado. Que coisas você fazia, na sua infância e adolescência, que te deixavam feliz?
Vale a pena investir em si mesmo e lembrar sempre que a nossa felicidade é constituída em grande parte pelas mais simples coisas do dia a dia.

Dia de princesa.

Eu já tive alguns dias de rainha.
Um dia de massagem no corpo todo, hidratação de cabelo e limpeza de pele em um SPA no qual passei uma semana com minha mãe.
Meu dia de noiva antes do casamento. Banho de noiva, cabelo, maquiagem…
A sensação é a de ser importante, amada e bem cuidada.
Fomos condicionados a nos sentir dessa maneira em determinadas situaçõesque, que, geralmente, não fazem parte do nosso dia a dia.
O quê do auto-conhecimento e da saiafaçao pessoal é conseguir criar momentos como esses nos mais breves e simples instantes. Poder transformar qualquer dia em um dia de princesa.

Isso é gordofobia?

Eu sempre me achei gorda. Mesmo quando eu era magrinha durante a adolescência. Hoje em dia, realmente estou com sobrepeso.
Felizmente, os diversos tipos de preconceito então ganhando cada vez mais espaço nos debates atuais. De machismo eu já entendo um pouquinho, pelo menos. Agora estou precisando entender um pouco mais sobre a gordofobia, pois acho que tenho sofrido com isso também.
Hoje entrei no ônibus às 20h voltando do trabalho. Ainda estava cheio.
Eu fiquei encostada na roleta até uma senhora me chamar e falar em alto e bom tom: “Senta aqui! Você está grávida!” Ok. Pensei: eu digo que não estou grávida e dou um golpe na minha autoestima (infelizmente seria isso que aconteceria) ou eu acaricio meu abdômen cheio de estrogonofe e tomo o lugar desta pessoa bem-intencionada?
Minha escolha foi sentar. Esfreguei a barriga, dei o nome de Alfredo ao estrogonofe semi-digerido e falei que Alfredo estava para nascer já daí a dois dias! A mulher ficou espantada! Se já estava de nove meses eu estava era magrinha. Pois é, moça. Alfredo vai nascer com todas as regalias a que tem direito. Parto de cócoras e dentro d’agua. Isso que eu chamo de parto humanizado.

Se obrigue a fazer o que te faz bem.

Hoje eu não quero escrever. E aí? O que fazer?

Bom, estou eu aqui escrevendo, não é mesmo.

Muitas coisas na minha vida têm sido assim. Faço a despeito da vontade de não fazer.

O que faz com que a gente faça o que não tem vontade?

Na minha maneira de ver, existem dois modos diferentes de pensar a motivação para cumprir obrigações contra a nossa vontade.

Por um lado, existem as obrigações que estão continuamente importunando você. Depois que você termina de fazer o que tem de ser feito, você sente uma espécie de ressaca moral, como se tivesse perdido seu tempo. Você não quer nunca mais ter de fazer aquilo, mesmo sabendo que no dia seguinte estará fazendo tudo de novo. Por exemplo: ir para o trabalho todo dia quando você odeia o seu emprego.

Nesses casos, é bom que, na medida do possível, comecemos a analisar e correr atrás de novas oportunidades. Ou mesmo que procuremos realizar atividades, durante os nossos períodos de folga, que recarreguem as nossas baterias, nos deixem mais felizes e bem-dispostos para encarar as obrigações que devemos cumprir e das quais não podemos abrir mão.

Por outro lado, existem as atividades que nos fazem bem. Nem sempre estamos a fim, contudo, de realizar mesmo as atividades que nos fazem bem. Em alguns dias eu estou tão cansada do trabalho que acabo não indo à aula de dança. Mas, quando eu, a despeito do cansaço, consigo me determinar a ir para a aula de dança, eu acabo saindo bem melhor do que eu entrei.

Por isso, tenho tentado me obrigar a fazer as coisas que eu sei que me fazem bem.

Parece estranha esta afirmação, pois passamos a maior parte do tempo nos obrigando a fazer as coisas que não queremos fazer ou que nos fazem mal. As coisas que nos fazem bem, acabamos deixando-as de lado por qualquer motivo.

Eu simplesmente mudei um pouco minhas prioridades. Passei a levar muito a sério tudo que me faz bem e ser um pouco mais relaxada com todo o resto. Isso faz maravilhas para o bom humor, a autoestima e a realização pessoal.

O hábito de escrever diariamente. 

Quando decidi escrever diariamente no blog, um dos meus principais objetivos era criar o hábito da escrita.
O que eu queria com esse novo hábito, era conseguir ter a disciplina necessária para escrever um livro.
A princípio fiquei com medo do blog dominar toda a minha dedicação à escrita. Ou seja, eu temia que todo o tempo do qual eu dispunha para escrever seria necessário para produzir o material do blog.
E no início foi assim mesmo que aconteceu.
Tudo que eu escrevia no primeiro mês era para o blog. Não sobrava tempo para escrever nem no meu diário.
Mas esta situação já está começando a mudar.
Logo no segundo mês eu já estava escrevendo mais do que venho publicando diariamente.
Algumas vezes, atualmente, eu começo a escrever um texto e penso: este texto não é do blog, ele vai para o meu livro. Ou: este tema eu vou guardar e trabalhar um pouco mais.
Muito importante observar que eu era aquela pessoa que não estava tendo tempo para nada antes de começar o blog.
Eu vinha me virando em mil pra dar conta do meu trabalho no consultório, as aulas que eu dou de psicologia para a área da saúde, o doutorado e uma pós-graduação em TCC – terapia cognitivo-comportamenal.
Então, eu estava vendo a escrita escapar novamente pelo meio dos dedos no meio desse turbilhão de responsabilidades e compromissos.
Tomar a decisão de transformar a escrita em hábito foi, portanto, fundamental.
O hábito, de fato, tem um poder impressionante.
É difícil de criá-lo e de gerar adaptações na sua rotina, mas quando você decide se comprometer com algo que te faz bem a coisa funciona.
O segredo?
Tomada de decisão, planejamento, implementação e manutenção do novo hábito (e, os ingredientes mais importantes na minha opinião: tolerância consigo mesmo para aceitar suas dificuldades e limitações, uma boa dose de confiança, que você pode conquistar aos poucos, e apoio das pessoas que te amam).
Não afirmo que já passei da fase de ter crises com a escrita. Provavelmente muitas mais virão. Mas eu estarei preparada para enfrentá-las!
E aguardem meu livro!

Dança! E valores. 

Minha primeira apresentação de dança do ventre depois de muito tempo aconteceu hoje de noite.

Eu cheguei no teatro atrasada.

Pois é. Tinha um monte de coisas para fazer durante o dia e eu não queria (nem podia muuuuito também) abrir mão de nenhuma delas… Aí fui me enrolando… Senti que estava fazendo tudo meio que pela metade.

O ponto é que eu estava pegando o ônibus na hora em que deveria estar chegando no local da apresentação. Dinheiro para uber não tinha, então, fazer o que? Tinha que esperar o trânsito colaborar (porque o motorista a gente sabe que mete o pé).

Tô no ônibus, um calor da porra, brigando com o meu marido.

Trágico.

A gente cai nessas armadilhas, não é mesmo? De se estressar com coisas que não têm solução.

Eu sei que esse tipo de sensação é infrutífera e prejudicial. Mas fala comigo isso na hora que eu estou estressada! Sério. Fala memso.

Eu tenho feito o esforço super consciente de, quando alguém me fala que eu estou estressada, tentar me acalmar. Ou quando eu mesma percebo que estou repetindo o mesmo padrão, tento segurar a onda. E tenho conseguido bons resultados. Então, quando eu estiver estressada, me fala, que eu vou tentar me controlar.

Como fazer isso? A parte difícil não é ter consciência de que se estressar não faz bem e que devemos tentar nos manter calmos mesmo na adversidade. Isso todo muito sabe. O difícil é saber como fazer isso. E digo mais! É difícil encontrar motivação para colocar em prática aquela respiraçãozinha anti-estresse que a galera aprende por aí.

Qual é o segredo então? O que funciona para mim é pensar nos meus valores.

Quando você sabe o que é importante para você, tudo que cruza seu caminho aparece através da perspectiva dos seus valores.

O que são valores? Valores são características das pessoas que fundamentam o modo como elas interagem consigo mesmas, com os outros e com o mundo.

Quando a sua vida ou as suas atitudes não estão aliadas com os seus valores você sofre e sente que alguma coisa está errada com a sua vida.

Se uma pessoa tem como valor central a liberdade, é possível que ela fique muito mal em um emprego que exige que ela fique dez horas do seu dia dentro de um escritório sem ver a luz do sol.

Há pessoas que se submetem às maiores atrocidades para evitar o divórcio por terem o valor família como central.

Nem sempre é óbvio para nós quais são os nossos valores. Por isso, segue uma dica:

Se imagine no alto de um prédio bem bem bem alto que há dez metro de distância de outro tão alto quanto. Você está no telhado de um desses prédios e há uma ponte de madeira que leva ao telhado do prédio ao lado. Está vetando muito. O que faria com que você atravessasse a ponte?

Esse exercício pode te dar uma dica de quais são os seus valores.

Bom, dois dos meus principais valores são: amor e prazer.

Tendo isso em vista, tem cabimento brigar com meu marido e me estressar a caminho de uma apresentação de dança (que me dá muito prazer)?

Não!

Ao me dar conta disso eu comecei a tentar ficar clama. Hoje foi fácil. Mas sobre esse processo de como eu faço para ficar mais calma em situações estressantes eu falo em outro momento.

O mais importante é que eu cheguei a atrasada, mas deu tudo certo no fim das contas. Quando eu parei de me estressar pude recalcular o tempo que eu teria e me programar para fazer o que precisava nesse tempo.

E quer saber? Se não tivesse dado certo estaria tudo bem também. Eu apenas  teria que me desculpar com as minhas colegas e dançar em outra oportunidade!