Como começar o ano.

A Suave Arte Sueca da Limpeza da Morte, o minimalismo, a tradição do clutter clearing.

Novas tendências estão nos dizendo para reduzir o número de coisas que nós possuímos e para fazermos uma limpeza profunda na parte material da nossa vida (que sem dúvida tem impactos emocionais).

Radicalismos a parte, eu gosto de dar aquela limpeza geral e profunda na casa no início do ano. Janeiro e fevereiro são meses bastante estratégicos para realizar este tipo de faxina (eu geralmente realizo mais uma ou duas no ano, dependendo do meu estado de espírito e de quão turbulento estiver sendo o ano).

Como eu disse, esta tendência de limpar o ambiente e reduzir o número de pertences está na moda. Quem já experimentou vai provavelmente concordar comigo que dar essa atualizada nos seus pertences é super catártico e útil: você se livra do que está apenas ocupando espaço, você tem a oportunidade de doar peças de roupa ou pertences dos quais você pode abrir mão, e você ainda redescobre tesouros perdidos no fundo do armário.

Se essa limpeza se tornar um hábito em sua vida, você vai perceber que ela se tornará cada vez mais rápida e fácil de realizar. Quando isso acontecer, você já terá alcançado aquilo que é central em sua vida.

Nas primeiras vezes que eu fiz essa varredura completa em minha vida, não era nem sequer possível realizar essa tarefa em um só dia. Com o passar do tempo, o processo já era bem mais rápido, mas não menos significativo e gratificante.

Como há dez anos atrás, quando eu comecei a utilizar essa técnica de organização pessoal, esse assunto ainda não era muito comentado, eu cometi alguns erros. Eu comecei a vasculhar os meus pertences e me livras dos excessos quando eu já estava me sentindo completamente sufocada pelo acúmulo da tralha. Então eu fazia essa faxina com raiva. Eu acabei jogando muitas coisas fora que eu me arrependi de ter jogado. Cartas de ex-namorados, lembranças de eventos bobos com os amigos, agendas antigas, certas peças de roupa que tinham valor sentimental.

Eu teria guardado essas coisas, com moderação, mas teria guardado. Hoje em dia eu preservo esse tipo de pertence. Eu tenho uma caixa para roupas especiais, um scrapbook para cartas dos amigos, ingressos de cinema etc.

Você não precisa se desfazer de todo o seu passado. É importante manter aquilo que é especial para você. Caso você esteja na dúvida de algum item, mantenha-o entre os seus pertences e reavalie a necessidade de guardá-lo no próximo ano.

O importante é se livrar dos excessos.

Eu também já não sinto raiva durante o processo. Muito pelo contrário. Como eu disse, naquela época esse assunto não era muito debatido. No início eu sofria com o acúmulo de pertences e não tinha método para me livrar deles. Fui aprendendo aos poucos a diferenciar o que eu deveria guardar e o que era excesso. Também fui aprendendo aos poucos a valorizar mais os aspectos positivos do processo do que os negativos. Sim. Dá trabalho. Mas vale a pena.

Vale a pena experimentar.

E lembre-se, o objetivo é reduzir o número de pertences. Então não estamos falando de liberar um espaço para logo preenche-lo com mais um monte de bobagens. É para liberas um espaço que vai trazer mais e melhor circulação para sua vida (de energia, bons pensamentos, do seu olhar pela casa, ou mesmo apenas facilitar a manutenção da casa).

É claro que a bagunça diz algo sobre nós. Portanto, não apresse esse processo, principalmente se for a primeira vez que você vai coloca-lo em prática. Tenha o cuidado, principalmente, de tomar um tempo para entrar em contato com as suas experiências passadas a partir de seus pertences.

2 comentários em “Como começar o ano.

  1. Passei a fazer isso a cada um ou duas semanas, mas só com geladeira e despensa. Primeira vez tirei coisa que devia estar apodrecida a mais de 2 meses. Foi necessário porque nada me irrita mais do que desperdício de comida.

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    1. Engraçado porque dispensa e geladeira são duas coisa que eu tenho dificuldade em arrumar. Agora. Morando perto do mercado, eu tenho acumulado menos comida em casa. Compro o que vou consumir e armazeno pouca coisa.

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